segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feliz Natal!



A equipa da BE/CRE deseja a todo(a)s Boas Festas e boas leituras.

.

Guilherme d' Oliveira Martins





Neste inesperado livro de viagens relatam-se diversas peregrinações de «Os Portugueses ao Encontro da Sua História» do Centro Nacional de Cultura, em todos os continentes. Trata-se de um caminho fantástico de múltiplos encontros em que a literatura e a aventura se misturam. 

Na História portuguesa, temos vários símbolos da viagem, desde D. Pedro das Sete Partidas aos novos Argonautas, os Lusíadas, que foram à Índia e acharam os múltiplos caminhos do mundo...
É apaixonante ver como os portugueses e Portugal se encontram em todos os continentes. Sente-se a cada passo, o humanismo universalista. [...]
Sophia define que vivemos «de pouco pão e de luar», porque a viagem nos anima, para que possamos combater a mediocridade e  a indiferença! Almada Negreiros ensinou-nos: «Nós somos do século de inventar outras vez as palavras que já foram inventadas».
Viajar é inventar de novo.

Ibidem.

Cota: 94 (469) MAR

Dia internacional contra a corrupção




Dia Internacional Contra a Corrupção

90% dos portugueses concorda que a corrupção é generalizada no país; porém menos de 1% afirma que lhes foi solicitado ou que deles foi esperado o pagamento de um suborno no ano passado: esta é a conclusão do Relatório Anticorrupção da União Europeia publicado em fevereiro de 2014, indiciando parecer haver uma certa tolerância ou mesmo falta de consciência dos portugueses em relação ao fenómeno da corrupção. Atos como os de puxar os cordelinhos, cunhas, oferecer presentes em troca de favores parecem não ser moralmente condenáveis, mas antes fazer parte da arte do desenrascanço tão útil quando é difícil o acesso aos serviços públicos em Portugal.

Outro dos fatores que contribui para esta indiferença dos portugueses em relação ao fenómeno da corrupção decorre da impunidade daqueles que praticam este crime. O estudo da OCDE, publicado a 2 de dezembro de 2014 e que abrange os 41 países que em 1999 assinaram a Convenção Anticorrupção, revela que dos 427 casos comprovados de suborno em negócios internacionais, no período entre 1999 e 2014, poucos foram os países que sancionaram os esquemas de suborno operados, sendo que em Portugal se registaram zero sanções.[aqui e aqui]. Será útil denunciar situações de corrupção, tanto mais que parece não haver proteção adequada das testemunhas?

Estas e outras questões serviram de ponto de partida para análise e discussão do tema da corrupção com 5 turmas reunidas no auditório durante a manhã do dia 9 de dezembro. A sessão, orientada pelas professoras Guadalupe Gomes e Liliana Silva, tomou ainda como referência a leitura de dois textos: o de Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno (excerto do Juíz e do Procurador) – haverá maior inferno do que o da falta de justiça? As razões da condenação moral da justiça no século XVI não serão semelhantes às da atualidade? - e o de José Rodrigues dos Santos, redigido na sequência da sua tese de doutoramento, A Verdade da Guerra – não será a regra do jornalismo e, do discurso humano em geral, a reconstrução - e não a reprodução - da realidade? Será que temos consciência de que a perceção sobre a corrução que formamos, privilegiadamente com base nas notícias, é parcial e subjetiva?

Apesar do debate no auditório ter sido muito animado, o momento alto do dia foi, sem dúvida, a vinda do Senhor Presidente do Tribunal de Contas e do de Conselho de Prevenção Contra a Corrupção, Guilherme Oliveira Martins, para uma aula consagrada ao tema Prevenir o Futuro. Transmitida em direto online pelos alunos do Centro de Produção Audivisual/TVLC esta aula foi visualizada silmultaneamente na biblioteca, onde os alunos e professores aí reunidos comentavam online, via Twitter, o discurso do Senhor Presidente; os twittes digitados eram visualizados de forma agrupada e em direto no ecrã do auditório. Neste cenário em que o uso das tecnologias pareceu quebrar os limites do espaço e do tempo as turmas envolvidas aderiram com grande entusiasmo ao discurso do orador intervindo com comentários e questões. Esta sessão contou ainda com a participação do Diretor-Geral do Tribunal de Contas e Secretário Geral do Conselho de Prevenção da Corrupção, José Tavares, do Comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto do Amaral, do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta e do Diretor do Agrupamento, Jorge Lemos. 
Na assistência tivemos a honra de poder contar com o Presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, Bruno Parreira, a coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares, Manuela Silva, a  coordenadora interconcelhia de bibliotecas escolares de Sintra, Isabel Mendinhos, a assessora de imprensa do Senhor Presidente, Edite Coelho, para além de outros conselheiros e membros do Tribunal de Contas. A sessão no auditório terminou com a visita do Senhor Presidente à biblioteca para autografar o seu mais recente livro, desta vez consagrado ao tema das viagens, Na Senda de Fernão Mendes. A visita dos nossos ilustres convidados foi apoiada pelos alunos do Curso Profissional de Técnico de Secretariado da Escola Secundária de Mem-Martins que, orientados pela professora Ofélia Santos, tiveram um excelente desempenho.

Para além destas iniciativas o Dia foi assinalado com a passagem de filmes realizados no âmbito do concurso promovido pelo Conselho de Prevenção Contra a Corrupção, Imagens Contra a Corrupção, da entrevista filmada ao Senhor Presidente realizada na sede do Conselho pelos alunos Ana Maria Silva, Bárbara Dias e Frederico Conde e de outros trabalhos realizados pelos alunos das turmas do professor António Narciso que, durante duas semanas, trabalhou o tema da Corrupção com os seus alunos; a professora Lúcia Carvalhas criou um grande painel que lembrava aos mais distraídos o significado do Dia.

professora Liliana Silva



na BE


Os crimes económico-financeiros organizados, neles incluindo a corrupção e a fraude, não fazem, aparentemente, vítimas. No entanto, como se tenta demonstrar ao longo destas páginas, são provavelmente aqueles que maiores danos causam aos Estados e aos seus cidadãos. Geram pobreza, impedem o desenvolvimento económico, provocam injustiça social e são responsáveis pela degradação do sistema político e das instituições públicas.

Neste livro, onde se procura escrever sobre questões extremamente complexas e delicadas de um modo simples, pretende-se fazer uma análise, tão fundamentada quanto possível, da dimensão real desta criminalidade em Portugal. Por outro lado, sendo este um tema que continua arredado da agenda política, o que provoca dificuldades acrescidas a polícias e  magistrados no terreno, defende-se um modelo de combate ao fenómeno que tarda em ser aplicado.

Cota: 343.35 MOR




A corrupção enquanto forma de influência ou compra de decisões, permaneceu invariável ao longo dos séculos, mas o modo como o poder se estrutura e é exercido em sociedade tem evoluído, criando novas oportunidades e incentivos para este tipo de prática.
O que é a corrupção? Como se estrutura e processa? Que tipos de corrupção são vistos com tolerância e que tipos são considerados danosos para o funcionamento das instituições? Quais as causas que explicam a prevalência da corrupção em determinada sociedade ou contexto histórico? Que fatores de risco potenciam a sua ocorrência? Como se tem desenvolvido o combate à corrupção em Portugal? Que papel compete à política, à justiça, aos media e à sociedade civil?

Esta outras questões são objeto de reflexão neste livro.

Cota: 343.35 SOU


Weihnachtsparty



As professoras de Alemão, Frau Aparício e Frau Oliveira, e os alunos das turmas 10ºH4, 11ºH1 e 11ºH2 organizaram uma Weihnachtsparty (Festa de Natal), para que todos pudessem provar as especialidades alemãs próprias desta época de Natal: Stollen, Plätzchen, Kekse e Lebkuchen.
Alunos e professores gostaram do que saborearam e alguns pediram mesmo as receitas!

Die Deutschlehrerinnen, Frau Aparício und Frau Oliveira, und die Schüler der Klassen 10ºH4, 11ºH1 e 11ºH2 haben eine Weihnachtsparty organisiert, damit alle die Möglichkeit hätten, Weihnachtskuchen - Stollen, Plätzchen, Kekse und Lebkuchen – zu schmecken.
Alles hat den Schülern und den Lehrern sehr gut geschmeckt. Einige haben dann um die  Rezepte gebeten!

História e receita do Stollen, aqui e aqui.


professora Conceição Oliveira


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

David Marçal




Enquanto a ciência tiver credibilidade, haverá sempre quem queira vender as suas ideias, produtos e serviços, alegando que estes têm validade científica, sem que isso seja verdade. A pseudociência está em todo o lado e recorre a um conjunto de estratégias reconhecíveis, na tentativa de se validar.

Neste ensaio são apresentadas algumas dessas estratégias, como o uso abusivo da linguagem aparentemente científica e a evocação de figuras de autoridade, como autoproclamados especialistas ou médicos.

A ciência não se baseia em nada disso, mas sim em provas, passíveis de confirmação. São propostas algumas ferramentas para ajudar a distinguir ciência de pseudociência, mas o único antídoto para a pseudociência é a cultura científica.


O ensaio nº 48  da FFMS está disponível na biblioteca.
Cota:  165 MAR


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Obra completa



Concluída a edição da obra integral do Padre António Vieira


Dois anos  e cerca de 15 mil páginas depois, reunidas em 30 volumes preparados por uma equipa de mais de 72 especialistas e consultores internacionais, (...), está finalmente concluída "Obra Completa do Padre António Vieira". (...)
A edição da obra integral do padre António Vieira, o «maior orador português de todos os tempos», assim descreve a nota de imprensa, pretendia «colmatar uma grave lacuna na nossa cultura» e disponibilizar ao grande público a obra de um pensador «cujos textos revelam uma grande atualidade no plano da sua reflexão sobre os Direitos Humanos, a paz, a crítica à corrupção, o diagnóstico que faz aos problemas estruturais perenes de  Portugal e as soluções que apresenta para tornar o nosso país mais empreendedor."

Notícia completa: aqui.

Sob a égide da Universidade de Lisboa, o projeto  conta com o patrocínio principal da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e é uma publicação exclusiva do Círculo de Leitores.

A cerimónia de apresentação decorre hoje, 3 de dezembro, pelas 18:30 na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.
São oradores convidados os Professores Carlos Reis, Eduardo Lourenço e Viriato Soromenho-Marques.





sexta-feira, 28 de novembro de 2014

GoodPlanet/EDP





A fórmula é simples, o resultado surpreendente!

Uma viagem pelos cinco continentes à descoberta do Outro que, como cada um de nós, se interroga e cria respostas para questões sempre em aberto: o que é a felicidade? o que é o amor? o que é a família? quais os nossos maiores medos, sonhos e desafios? qual o sentido da vida e da morte? o que nos faz chorar, rir, acreditar?...

Num plano fechado, com fundo neutro, a câmara de filmar mostra-nos os rostos que dão expressão ao pensamento, às emoções e aos sentimentos que, por si só, a palavra é incapaz de dizer.
O resultado é surpreendente: 6000 entrevistas, 45 perguntas, 84 países visitados, 7 anos de filmagens, 5000 horas de gravações, mais de 50 línguas diferentes, num caleidoscópio de testemunhos que nos emociona, interpela e dá a pensar.

Depois de partilharmos com estes “7 mil milhões de Outros”, uma mundividência una na sua diversidade, compreendemos melhor as palavras de Yann Arthus-Bertrand:
 «Hoje, o único caminho é descobrirmos o Outro para o entendermos: em todos os desafios que enfrentamos, sejam relativos à pobreza ou às alterações climáticas, não podemos agir de forma isolada.»

Concordo com esta ideia e também acredito que só trabalhando juntos, podemos contribuir para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, em direção a um Mundo melhor!


A vídeo-exposição é um  projeto da Fondation GoodPlanet e pode ser visitada, de 8 de novembro de 2014 a 8 de fevereiro de 2015, das 10 às 18h, no Museu da Eletricidade, em Belém, com o apoio da Fundação EDP.

Imperdível!              

professora  Manuela Martins



Página oficial da exposição: aqui.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sónia Louro



Fernando Pessoa, o «náufrago das suas próprias memória», é resgatado nesta biografia subjetiva por uma escritora que o quer reter no nosso lado, do lado dos vivos, com toda a força do romamce.
Sinto que todos nós, leitores, gostávamos de ter escrito esta obra. Sónia Louro escreveu-a por nós e dilatou assim, ainda mais, o Sonho Pessoa, esse sonho que hoje, dentro ou fora de Portugal, sonhamos acordados.

Jeronimo Pizarro


Este é o romance de Fernando Pessoa, o poeta que foi muitos poetas. Órfão de pai aos cinco anos, cedo perde a atenção da mãe quando volta a casar. Forçado a partir para a distante África do Sul, onde o nascimento de irmãos o isolam ainda mais, refugia-se em si mesmo e aí cria novos mundos.

No fim da adolescência regressa a Lisboa, na vã tentativa de resgatar os poucos momentos da vida em que fora feliz. Aí conhece personalidades do mundo das artes e da literatura, como Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro ou Adolfo Casais Monteiro. É um dos fundadores da Orpheu, uma revista artística que foi recebida com escândalo pela crítica. Correspondente comercial, inventor, tradutor, editor, publicitário e astrólogo, Fernando Pessoa procurou várias formas de ganhar a vida. E até o amor lhe bateu à porta quando conheceu Ophélia Queiroz.

Fernando Pessoa, O Romance é uma obra magnífica, fruto de uma pesquisa meticulosa, e uma verdadeira homenagem ao poeta. Um poeta que Sónia Louro consegue dissecar, desvendando os seus segredos, medos, sonhos e humanidade.


Entrevista da Editora Saída de Emergência à autora:  aqui.



O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 821.134.3  LOU

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ETerna Biblioteca (4)



A Câmara Municipal de Sinta promove a iniciativa «ETerna Biblioteca - 12º Encontro de Professores e Educadores de Sintra sobre Bibliotecas Escolares», que se realiza no Centro Cultural Olga Cadaval e no MU.SA, nos dias 28 e 29 de novembro

Da programação da iniciativa - conferências, painéis, inauguração de uma biblioteca escolar e várias oficinas a decorrer em simultâneo em diversos espaços sintrenses - destacam-se a exibição do filme Os Maias, Cenas da Vida Romântica, com a presença do realizador João Botelho e o lançamento do Livro Zé dos Bichos, de Luísa Ducla Soares  e ilustrado por Danuta Wojciechowska.

Programa e inscrições: aqui. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Contos e ensaios



Estão abertas as inscrições para os concursos Conta um Conto (14º edição) e Escreve um Ensaio (2º edição).

O regulamento e a calendarização podem ser consultados aqui e aqui, respetivamente, bem como  na biblioteca e na página web do Agrupamento.

Encontram-se  à entrada da biblioteca alguns  livros de contos e ensaios que os professores poderão levar para a aula como estratégia para sensibilizar os alunos a participarem nestas iniciativas.

A biblioteca fica na expetativa de descobrir jovens escritores!


professora Liliana Silva


Edição especial



O muro de Berlim confundiu o mundo logo que os primeiros metros de ergueram na madrugada de 13 de agosto de 1961. Durante 28 anos, a linha branca de 155 km que isolava Berlim Ocidental separou ideologias, desagregou famílias, dividiu o Mundo. Quando caiu, em 1989, os berlinenses foram apenas os primeiros a ficarem livres, porque com eles milhões de outros se libertaram. (...)

Mas a Alemanha renasce, unida e tão determinada quanto antes. Os alemães só descansam quando devolvem a si próprios, e aos seus filhos, um país capaz de continuar a marcar o andamento do mundo ocidental e da Europa, em particular. Até hoje.

É esse hoje que, nos 25 anos da queda do Muro de Berlim, a SÁBADO quer ajudar a compreender, através desta grande retrospetiva sobre o que foi, o que representou e o que ficou do maior símbolo da Guerra Fria.

Rui Hortelão, in Editorial.



A  Revista SÁBADO (especial História) de 25 de outubro está disponível na biblioteca

Aconteceu





O desastre que assolou a Europa há apenas escassas décadas encontra-se agora espalhado pelos quatro cantos do mundo. Pedaços do muro de Berlim estão difundidos em diversas cidades por todo o globo, incluindo a nossa Nazaré. No entanto, foi necessária muita determinação e coragem até sentirmos o toque desta nova realidade.

No passado dia 3 de novembro, as turmas de alemão, história e seus respetivos professores reuniram-se no auditório da nossa escola para assistir a uma conferência relativa à queda e história do muro de Berlim, que celebrou, dia 9 do corrente mês, 25 anos. Este encontro foi proporcionado pela escola e professores responsabilizados pela tarefa, através de fotografias disponibilizadas pelo Instituto Alemão, de modo a recordarmos as tragédias e vitórias que tiveram como palco a Alemanha, no século XX. As memórias, estragos e réstias do conflito dissolvem-se ainda por entre os murmúrios do povo alemão, que celebra a reunificação do seu “império” todos os anos, já que tanto as torturas, como os triunfos não devem ser esquecidos.

Queríamos deixar um grande agradecimento aos professores que se deram ao trabalho de nos proporcionar uma sessão tão agradável e ao auditório pelo entusiasmo com que os recebeu.


Mariana Carvalho, 11ºH1

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

LEFFEST 2014



O Lisbon & Estoril Film Festival está de volta, reafirmando a sua identidade enquanto festival de referência internacional da 7ª Arte, construída a partir do diálogo criativo com outras áreas artísticas, como a litografia, o teatro, a literatura e a música.

A sua oitava edição, decorre de 7 a 16 de Novembro, em vários espaços associados ao evento (Centro de Congressos do Estoril, Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Espaço Nimas e Cinema Monumental).

Destacamos a realização do Simpósio Ficção e Realidade: para além do Big Brother, com a participação de Julian Assange (por videoconferência), Roberto Saviano, Noam Chomsky, Juan Luis Cébrian, Baltasar Garzón, Eben Moglen, Philippe Aigrain e Jérémie Zimmermann, entre muitos outros.
John Malkovich é o ator homenageado na edição deste ano. Para além da antestreia da produção internacional Variações de Casanova, de Michael Sturminger, a sua obra enquanto ator, realizador e produtor será objeto de reflexão e tributo.

David Lynch e Jean-Michel Alberola apresentam uma exposição de litografias inéditas, intitulada “Here & Now” e que estará patente no Centro de Congressos do Estoril durante o Lisbon & Estoril Film Festival 2014.
 Maria de Medeiros é também homenageada pelo festival, que exibirá um conjunto de filmes que têm a sua assinatura como realizadora e outros, bem conhecidos, em que colaborou como atriz, escolhidos pela própria.

A cerimónia de encerramento do Lisbon & Estoril FilmFestival 2014, apresenta o concerto de Arto Lindsay & Band há muito aguardado pelo público português e que fechará a digressão europeia do músico norte-americano.

Razões não faltam para consultar  aqui  o programa do festival e partir à sua descoberta, de alma aberta, como tem que ser!


professora Manuela Martins



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

1º Congresso de Leitura Digital








Dias 24 e 25 de outubro realizou-se no Centro Cultural Olga Cadaval o Congresso de Leitura Digital promovido pelo Agrupamento de Escolas Leal da Câmara, em parceria com o Centro de Formação da Associação de Escolas de Sintra e a Rede de Bibliotecas Escolares.

Tratou-se de uma iniciativa que pretendeu analisar e discutir a importância do livro digital na atual sociedade da informação e comunicação sob diversos pontos de vista: funcionalidades que facilitam e tornam mais envolvente a leitura, vantagens e desvantagens face à leitura em suporte papel, respeito pelos direitos de autor e segurança nos ambientes digitais, ebooks passíveis de serem lidos em qualquer dispositivo informático e nas bibliotecas, projetos das escolas e das empresas e estudos avaliativos sobre leitura de conteúdos digitais e utilização de equipamentos móveis.
A atualidade e a qualidade das comunicações e workshops do Congresso levaram as pessoas inscritas a avalia-lo entre o Muito Bom e o Excelente. A mesma avaliação foi atribuída à organização da iniciativa.

Para esta avaliação muito contribuíram os apoios concedidos pelas seguintes empresas: Centro de Formação da Associação de Escolas de Sintra, Câmara Municipal de Sintra, Porto Editora, Casa Museu Leal da Câmara, Adega Cooperativa de Colares, Delta Cafés e FNAC. Também o apoio prestado pelos alunos do Curso Profissional de Técnico de Secretariado da Escola Secundária de Mem Martins, no âmbito do secretariado e do Centro de Produção Audiovisual da Escola Secundária Leal da Câmara, no âmbito da transmissão em direto online da iniciativa, merece ser distinguido.

Pode consultar-se o programa, as comunicações e a avaliação do Congresso na página web criada para o efeito, aqui. 

A dimensão e o impacto da iniciativa constituem um marco na história do Agrupamento para o qual a biblioteca julga ter contribuído da melhor forma. 


professora Liliana Silva


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Milan Kundera



Autor de A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera volta ao romance depois de treze anos.

Lançar luz sobre os problemas mais sérios e, ao mesmo tempo, não proferir uma única frase séria, estar fascinado pela realidade do mundo contemporâneo e, ao mesmo tempo, evitar qualquer realismo, eis A Festa da Insignificância.

Os que conhecem os livros anteriores de Kundera sabem que a intenção de incorporar uma parte de «não-sério» num romance não é de todo inesperada. Em A Imortalidade, Goethe e Hemingway passeiam juntos por vários capítulos, conversando e divertindo-se. E, em A Lentidão, Vera, a esposa do autor, diz a seu marido: «Sempre me disseste que um dia querias escrever um romance em que nenhuma palavra fosse a sério... Só quero avisar-te: cuidado, os teus inimigos esperam-te.» No entanto, em vez de prestar atenção, Kundera realiza finalmente na plenitude o seu velho sonho estético neste romance, que pode ser visto como um resumo surpreendente de toda a sua obra.

Resumo peculiar. Epílogo peculiar. Riso peculiar inspirado na nossa época, que é cómica porque perdeu todo o sentido de humor.
O que mais se pode dizer?
Nada. Leia!


O livro está disponível na biblioteca.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Parabéns EB2







EB nº2 de Rio de Mouro - 50 anos de História

Foi a 7 de outubro de 1964 que a Escola Básica n.º 2 de Rio de Mouro abriu as suas portas!

A ideia de construção desta escola inscreve-se num plano de alfabetização e educação em massa levado a cabo por parte do então Chefe de Estado, Oliveira Salazar. Este plano teve início em 1940 e designa-se por Plano dos Centenários porque, nesse ano, se comemoravam dois centenários: o da fundação da nacionalidade (1140) e o da Restauração (1640).
Trata-se de um plano geral da rede escolar para o ensino primário elementar – atual 1.º ciclo do ensino básico – que visava a construção e apetrechamento de escolas do ensino primário e era da responsabilidade do Ministério da Educação Nacional/Direção Geral do Ensino Primário e da recém-criada Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias.

Ao contrário dos edifícios escolares construídos na I República (1910-1926) que incluíam ginásio e balneários, biblioteca, gabinete para o professor, sala de trabalhos manuais/lavores, cantina, cozinha e habitação para o professor, as escolas dos centenários eram simples, minimalistas e económicas.
Edifícios de planta simétrica que asseguram a total separação entre os sexos, tinham até 4 salas de aula/género, 3 casas de banho (rapazes, raparigas e professor), hall, alpendre coberto, grande recreio ao ar livre e portão de acesso. O arranjo do espaço exterior e a limpeza das salas dependia da boa vontade dos professores e do contributo da Junta de Freguesia cujo lugar era então exercido pela professora Alice Monteiro. A sala de aula era o lugar central de desenvolvimento do currículo. Na parte da frente da escola era colocada uma placa com o ano em que a escola foi construída, o Ministério que a construiu e a direção à qual a escola pertence.

Porque representam uma conceção de ensino específica e uma referência da memória coletiva, estes edifícios são considerados, desde 1977, de Interesse Histórico.
50 anos depois da sua inauguração a Escola reabre as suas portas em clima de festa com a recriação de uma sala de aula à época da sua fundação, a passagem de um filme que conta histórias dos que aqui trabalharam e viveram e uma atuação do Conservatório de Música de Sintra.

Participaram desta festa antigos alunos, professores e funcionários da Escola, representantes da Câmara Municipal de Sintra, o presidente da Junta de Freguesia, a diretora do Conservatório de Música de Sintra, o presidente do Centro de Formação da Associação de Escolas e professores e funcionários do Agrupamento de Escolas Leal da Câmara.


A biblioteca da ES Leal da Câmara colaborou, com muita dedicação e carinho, na organização desta festa que, creio, sensibilizou todos os presentes. 


professora Liliana Silva



Na BE



Um horizonte carregado de esperança que faz deste romance belíssimo uma obra peculiar dentro do universo hipnótico de Patrick Modiano.

Jean Bosmans, um homem frágil perseguido pelo fantasma da mãe, recorda a sua juventude e as pessoas que entretanto perdeu. Sobretudo a enigmática Margaret Le Coz, a jovem mulher por quem se apaixonou nos longínquos anos 60 e que um dia misteriosamente desapareceu.
Quarenta anos depois, Bosmans partiu à procura desse amor que a memória teimosamente conservou.


«Melhor que um volume de Pléiade, que um lugar no Panteón, que uma reserva no Flore - o que consagrou Modiano foi o neologismo que a sua obra suscitou:  modianesco.»

Le Monde



O livro está disponível na biblioteca.

Patrick Modiano


O escritor francês Patrick Modiano, considerado um mestre da literatura francesa contemporânea, autor de mais de 30 títulos, é o galardoado com o Prémio Nobel da Literatura 2014.
"Através da arte da memória, ele evocou os mais inapreensíveis destinos da Humanidade”, afirmou a 9 de outubro de 2014 o secretário permanente do Comité do Nobel, Peter Englund, ao anunciar o nome do escritor.
Modiano, de 69 anos, recebeu já alguns dos mais importantes galardões franceses como o Prémio Goncourt em 1978, o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa, em 1972, e o Grande Prémio Nacional das Letras de França, em 1996.
Patrick Modiano é o 15º autor francês distinguido com o Nobel da Literatura.
Autor de mais de três dezenas de títulos, muitos marcados pela experiência da II Guerra Mundial e as sequelas da ocupação nazi, tem publicados em Portugal “A Rua das Lojas Escuras”, pela Relógio d’Água, em 1987, “Domingos de Agosto", pelas Publicações Dom Quixote, em 1988, “Um Circo que Passa”, também pela Dom Quixote, em 1994, “Dora Bruder”, pelas Edições Asa, em 1998, e “No Café da Juventude Perdida”, também pela ASA, em 2009.

Fonte: Agência LUSA


Clube Manga






Otaku

O Japão é uma das maiores e mais prósperas potências económicas do mundo e possui um nível de bem-estar e um padrão de vida muito exigente em questões tão essenciais como a alfabetização/educação e a saúde (natalidade e esperança média de vida), apresentando um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano mundiais. Muitíssimo conservadora, competitiva e organizada, a sociedade nipónica valoriza o indivíduo em função da qualidade do seu desempenho e da sua proximidade à academia desenvolvendo expetativas de sucesso muito elevadas
É numa  sociedade  com estas  características  que  surge o otaku (おたく): figura  popularizada na década de 80 pelo jornalista Akio Nakamori e que designa aquele que é fanático de algo/alguém, tratando-o com reverência quase religiosa, sem admitir questiona-lo ou critica-lo e, por isso, vivendo num mundo imaginário isolado da sociedade como estratégia de consolo para as suas angústias.
Faz parte do fenómeno social urbano japonês o otaku de manga (história/s aos quadradinhos ao estilo japonês impressas) e de anime (conjunto de mangas para exibição em suporte audiovisual  na televisão ou numa sala de cinema) que, numa sociedade opressiva como esta, é alvo de discriminação e censura porque se opõe ao modelo socialmente valorizado.
Em Portugal este estereótipo possui o mesmo tom depreceativo que os nerds e outras tribos urbanas (ver Dicionário de Tribos Urbanas em língua inglesa, http://www.urbandictionary.com/), sendo habitualmente alvo de riso e de troça.
Os membros do Clube de Ilustração Manga e de Cultura Pop Japonesa, constituído este ano letivo na biblioteca da ES Leal da Câmara, não se reconhecem na figura do otaku, apesar de considerarem que esta forma de ilustração traduz estados de alma intensos e comoventes e que os animes de ritmo lento exprimem uma interioridade que não se compadece com o materialismo da sociedade moderna em que vivemos. Da visão do mundo alternativa que este grupo toma por referência todas as justificações são difíceis e, por isso, lança o apelo de que é preciso senti-lo, experimenta-lo para se poder julga-lo com justiça. 

O desafio está lançado!



Este artigo é da autoria dos alunos do Clube Manga recém criado na biblioteca: Danieal Fernandes, Kathy Seibert, Luís Cerqueira, Luís Basto, Ricardo Santana e professora Liliana Silva.

Correio eletrónico do Clube: eslcclubedemangaeanime@gmail.com

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Trilogia




Após Um Mundo sem Fim, Ken Follet publica uma nova obra de grande alcance histórico, a trilogia O Século, que atravessará o período conturbado que foi o século XX.

Neste primeiro volume, que começa em 1911 e termina em 1925, travamos conhecimento com cinco famílias que nas suas sucessivas gerações virão a ser as grandes protagonistas desta trilogia.
Os membros destas famílias - americana, alemã, inglesa, russa e galesa -, não esgotam porém a vasta galeria de personagens, incluindo mesmo figuras reais como Winston Churchill, Lenine e Trotsky, o gereral Joffre ou Arthur Zimmermann, e irão entretecer uma complexidade de relações entre paixões contrariadas, rivalidades e intrigas, jogos de poder, traições, no agitado quadro da Primeira Guerra Mundial, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino.

Entre saga histórica e romance de espionagem, casos amorosos e luta de classes, Ken Follett oferece-nos um extraordinário fresco, excepcional no rigor da investigação e brilhante na reconstrução dos tempos e das mentalidades, denotando o seu domínio de mestre na arte do romance.


Os dois primeiros volumes da trilogia O Século estão estão disponíveis na biblioteca.

Livro I - A Queda dos Gigantes
Livro II - O Inverno do Mundo

Cota: 82 -3 FOL



Visão História (*)



Passam agora cem anos sobre o início da Primeira Guerra Mundial.
Foi no dia 28 de junho de 1914 que, com o assassínio, em Sarajevo, do herdeiro do trono austro-húngaro, a Europa mergulhou numa vertigem de acusações e recriminações mútuas que redundaria, passado um mês e alguns dias, no desencadear das hostilidades. Essa «guerra para acabar com a guerra», como lhe chamou H. G. Wells numa expressão que chegou a ter sucesso, revelar-se-ia afinal, ao longo dos quatro anos de pesadelo que durou, um longo calvário de horrores e perplexidades. Mas nada ficou resolvido em 1918, a não ser que a Europa cometera uma espécie de suicídio lento.
Passados vinte anos as chamas reacender-se-iam, ainda mais alterosas e destruidoras.

A participação direta de Portugal nesse conflito absurdo foi já tema de um número da VISÃO História , publicado em fevereiro de 2009.
A VISÃO opta agora por organizar uma panorâmica fotográfica dos múltiplos aspetos da conflagração, acompanhada dos necessários textos de enquadramento, de cronologias e mapas.

Sem memória, viveríamos entre as quatro paredes de um pequeno quarto sem vista chamado presente.

in, Editorial.


Os números 24 (junho/agosto) e 25(setembro/novembro) da VH estão disponíveis na biblioteca.

____________________

(*) A Visão História é uma revista dedicada integralmente aos temas históricos, que pretende aprofundar e divulgar, através do texto, da imagem e de recursos gráficos e infográficos, os mais interessantes acontecimentos históricos nacionais e internacionais.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Romance inacabado





Aquando do seu falecimento, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências.

Saramago escreve a história de Artur Paz Semedo, um homem fascinado por peças de artilharia, empregado numa fábrica de armamento, que leva a cabo uma investigação na sua própria empresa, incitado pela ex-mulher, uma mulher com carácter, pacifista e inteligente. A evolução do pensamento do protagonista permite-nos refletir sobre o lado mais sujo da política internacional, um mundo de interesses ocultos que subjaz à maior parte dos conflitos bélicos do séc. XX.

Dois outros textos - de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Seviano - situam e comentam as últimas palavras do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um  outro Nobel, Günter Grass, sublinham.


O livro está disponível na biblioteca.





7ª edição


Decorre de 22 de setembro a 17 de outubro, na biblioteca,  a 7ª edição da Feira do Livro Usado.


Trata-se de uma iniciativa na qual alunos, encarregados de educação, pessoal docente e não docente podem doar ou comprar e vender livros escolares - manuais ADOTADOS, gramáticas e dicionários - e outros recursos - romances, contos, poesia, bandas desenhada, DVD, CD e máquinas de calcular.

Esta iniciativa visa a reciclagem de bens culturais e tem por objetivos a promoção da leitura, o apoio à educação e ensino, o combate ao consumismo, a defesa do ambiente e o enriquecimento do fundo documental da biblioteca da Escola. 
A Feira é da responsabilidade da equipa da biblioteca.



Bom Ano Escolar



A equipa da Biblioteca deseja a toda a comunidade escolar um bom ano letivo.

Sejam bem vindos.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ilustração Manga e Cultura Pop Japonesa





I Festival de Ilustração Manga e Cultura Pop Japonesa 
- O Mundo Mora Aqui -

Na sequência do Acordo de Cooperação que a Rede de Bibliotecas Escolares celebrou com a NCreatures em fevereiro de 2014, realizou-se, dia 13 de junho, na Escola Secundária Leal da Câmara, o I Festival de Ilustração Manga e Cultura Pop Japonesa de Sintra. Tratou-se de uma iniciativa que associou a ilustração manga à aprendizagem da língua japonesa e à construção de maquetas de mechas.

A sessão sobre ilustração dinamizada por Ricardo Andrade, em colaboração com a ilustradora Irís Loureiro, descreveu o processo de escrita e desenho manga tomando como base a história e a cultura do Japão, país no qual esta forma de contar histórias teve origem. O manga constitui um desenho em quadradinhos, de traço simplificado e com figuras cujas emoções são expressas principalmente através dos olhos grandes (redondos ou rasgados) e brilhantes. A última parte da sessão foi dedicada a desenhar: partindo de uma oval todos desenhamos um rosto ensaiando as técnicas que durante a sessão – 3 horas! - foram sendo explicadas e exemplificadas juntamente com orientações sobre anatomia e física.

A aula livre de iniciação à língua japonesa foi dada pela professora Hisako da Escola de Línguas, Artes e Cultura LanguageCraft que, começando por mostrar as semelhanças entre a cultura japonesa e a portuguesa, expressa em palavras como pan (pão), koppu (copo), tabako (tabaco), kappa (capa), esu (Jesus) e muitas outras, acabou por ensinar algumas palavras japonesas do dia-a-dia, como Ohayoo (bom-dia), Sayoonara (adeus), Arigatoo (obrigado) e Hajimemashite (como está). Desta forma, aprender japonês não pareceu assim tão difícil como se esperaria. A sessão terminou com a professora a escrever o nome de todos aqueles que participaram na sessão.

O AstrayGamer, cujo principal mentor é Ricardo Silva, expôs um conjunto de magníficos modelos construídos pelo grupo e explicou o processo da sua construção utilizando um conjunto de instrumentos e de recursos apropriados a este passatempo que exige uma observação rigorosa e uma precisão de movimentos que só os espíritos pacientes podem desenvolver.

Para muitos jovens a cultura pop japonesa representa uma forma alternativa, irreverente e criativa de se assumirem numa sociedade cada vez mais massificada como é a ocidental.

Marcou presença no Festival o presidente da Junta de Freguesia, Dr. Bruno Parreira, a coordenadora interconcelhia de bibliotecas escolares, Isabel Mendinhos e a Direção do Agrupamento.

A todos agradecemos as colaborações e participações.
Num ano de atividades consagradas ao tema do Agruapamento, O Mundo Mora Aqui, a biblioteca fecha desta forma o seu plano de atividades.
 Para o próximo ano letivo cá nos encontraremos com novas propostas de leituras e de atividades.
 A todos votos de muito boas férias. Descansem e divirtam-se!



professora Liliana Silva e alunos Luís Basto e Sarah Prates



sexta-feira, 30 de maio de 2014

Augusto Raposeiro


Dia 5 de maio, às 10 horas, na biblioteca da Escola, tivemos a honra e o privilégio de receber o capitão de abril Augusto Raposeiro. Conhecido na vila de Algueirão–Mem Martins por ter aberto a primeira livraria da região, a Astrolábio (atual Dharma), ponto de encontro de escritores, lugar de tertúlias culturais e apresentação de livros, Augusto Raposeiro foi também um dos homens que integrava a coluna militar comandada por Salgueiro Maia e que, a 25 de abril de 1974, marchou da Escola Prática de Cavalaria de Santarém para Lisboa. A missão deste golpe de estado militar era acabar com a guerra colonial que, desde 1961, matou 10 000 portugueses e acabar com a ditadura e a censura que duravam há 48 longos anos.
Tomando como recurso as fotografias e os objetos da exposição sobre o 25 de abril patentes na biblioteca, Augusto Raposeiro foi descrevendo, em pormenor, as peripécias de um dos dias mais longos da história de Portugal cativando alunos e professores que, mesmo depois de terminada a sessão, continuaram, de forma entusiástica, a conversa sobre os acontecimentos deste dia.
No final da sessão exprimimos a nossa infinita gratidão a este herói pela sua e, dos seus companheiros, espantosa capacidade de acreditar e de fazer o que, até então, parecia impossível, criando as condições para que os portugueses pudessem passar a viver em paz,  democracia e liberdade. A escola e, a biblioteca em particular, têm este dever de memória.


professora Liliana Silva



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Festa de abril





Dia 28 do passado mês a Escola teve o grato prazer de receber a Dra. Marília Afonso, representante da Associação 25 de Abril, o Senhor Coronel Aniceto Afonso e o Senhor Coronel Rodrigo de Sousa e Castro, Capitães de Abril, para a comemoração dos 40 anos do 25 de abril de 1974.

A sessão combinou uma descrição dos principais acontecimentos desse dia – a saída das principais unidades militares do país dos seus quarteis à hora da 2.ª senha (Grândola, Vila Morena, a canção de Zeca Afonso) para ocupar lugares estratégicos do poder com viaturas blindadas e o comando das operações do Movimento das Forças Armadas por Otelo Saraiva de Carvalho a partir do quartel da Pontinha – com uma reflexão sobre o efeito dos mesmos: a liberdade, os direitos dos trabalhadores e das mulheres, o serviço nacional de saúde, a escola pública, o direito à justiça e a constituição de um estado social que a todos serve.

Teve ainda a felicidade de poder contar com armas maiores da Revolução como foram a canção e o poema. Na sessão estas estiveram a cargo do Conservatório de Música de Sintra nas vozes do Coro Leal da Câmara dirigido por Humberto Castanheira e do ator Paulo Campos dos Reis que a todos maravilharam. Fica aqui uma palavra de agradecimento a todos eles e à Dra. Raquel Coelho, diretora do Conservatório que, de imediato, aceitou o nosso convite em participar nesta sessão.

48 anos longos de ditadura só foram possíveis devido ao baixo nível de instrução da população portuguesa. Pessoas pouco instruídas e com um baixo nível de literacia são pessoas acríticas, fáceis de iludir e de controlar, corpos dóceis e submissos face ao poder.

Celebrar 40 anos de liberdade foi ainda oportunidade de abrir oficialmente a biblioteca da Escola à comunidade através de um projeto que ela desenvolve, desde o início deste ano letivo, com a Junta de Freguesia de Rio de Mouro, Ler+ com a comunidade e que só foi tonado possível graças à doação da coleção pessoal de livros e cartazes do Dr. José Moreira. A este e ao presidente da Junta de freguesia, Dr. Bruno Parreira, gostaríamos de deixar aqui uma palavra de gratidão.

Na Escola festejar esta data é sempre lembrar um amigo, um amigo que já partiu e que conduziu a sua ação pelo sonho de Abril: Fernando José Grave Moreira, filho do Dr. José Moreira e que dá nome à coleção doada por seu pai à biblioteca.

O contexto da iniciativa foi marcado por uma exposição construída pela biblioteca com o apoio da Fundação Portuguesa das Comunicações e das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e para a qual contribuiram a Direção, a Associação de Pais e Encarregados de Educação e vários professores (Maria João Gomes, Lurdes Gonçalves, João Freitas, entre outros).

Associaram-se à nossa festa os Correios de Rio de Mouro e a Pastelaria Arca de Noé que ofereceu a todos os presentes uma deliciosa ceia.

Grata a todos estes amigos que a festa de Abril trouxe à Escola e à comunidade!

professora Liliana Silva