quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


A equipa da BE-CRE deseja a todo(a)s Boas Festas e boas leituras.




Gloria in Excelsis



"Gloria in Excelsis - Histórias Portuguesas de Natal" é uma antologia de contos de autores portugueses organizados, selccionados e apresentados pelo poeta Vasco Graça Moura.
A antologia, uma edição rara no mercado editorial português, reúne  28 histórias de Natal de 23 nomes cimeiros da literatura portuguesa - "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz, "A Noite que Fora de Natal", de Jorge de Sena, "Natal" de Miguel Torga, "Natal dos Pobres", de Raul Brandão, "Conto do Natal", de José Régio, "O Natal do Dr. Crosby" ou "Natal Branco", ambos de José Rodrigues Miguéis, "Noite de Natal", de Manuel da Fonseca, "A Noite em que prenderam o Pai Natal", José Eduardo Agualusa, entre outros.
José de Andrade Ferreira, Ramalho Ortigão, João da Câmara, Abel Botelho, Fialho de Almeida, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Vitorino Nemésio, Domingos Monteiro, Maria Judite de Carvalho, Natália Nunes, José Saramago, Urbano Tavares Rodrigues, Alexandre O`Neill e Altino do Tojal, são os outros nomes que completam esta antologia.
Como é, então, o Natal em português? Vasco Graça Moura explica que os autores portugueses são "sobretudo sensíveis a um certo clima social, em que convergem a crença, as tradições, a afetividade, as coordenadas culturais ligadas à quadra do Natal, a própria ideia de paz entre os homens que hoje não é necessariamente um valor de matriz religiosa".
E o poeta a quem foi pedida a seleção dos textos para "Gloria in Excelsis" diz também que se deparou com algumas surpresas - a principal foi verificar que quase todos os grandes nomes da ficção portuguesa não deixou de abordar o tema.
Contos laicos ou religiosos, Natal à lareira, à volta da consoada ou do presépio, da Virgem Maria ou do Menino Jesus, da Missa do Galo ou da peregrinação dos Reis Magos, "o confronto com os azares da vida, a desgraça, a amargura, uma certa implacabilidade do destino" são temas recorrentes na literatura portuguesa de Natal, diz Graça Moura.

O livro está disponível na biblioteca

Miguel Real




Provocar «o estalo mental» a propósito de “Paiaçu”


            No âmbito de uma iniciativa promovida pela BE-CRE, em articulação com o grupo disciplinar de Português, o escritor Miguel Real, especialista em cultura portuguesa, esteve presente na nossa escola para nos provocar «o estalo mental» sobre o Padre António Vieira.

            Miguel Real, o pseudónimo literário do professor de filosofia Luís Martins, partilhou com alunos e professores o seu vasto conhecimento acerca desta figura tão marcante do nosso século XVII e sempre presente nas várias vertentes que constituem a sua obra enquanto ficcionista (O sal da terra,  2008), ensaísta (Padre António Vieira e a cultura portuguesa, 2008) e autor de textos dramáticos (Vieira – O Céu na Terra, na comemoração do quarto centenário do nascimento de Padre A. Vieira e Vieira – O Sonho do Império).

            Conhecedor do percurso de Vieira pelas terras do Brasil, Miguel Real / Luís Martins pôde contar “estórias” autênticas sobre o orador e evocar locais, cores e sabores distantes que muito contribuíram para criar a empatia do auditório com esta figura tão distante do nosso tempo, mas simultaneamente tão próxima, pelos valores que encarnou.

            Numa época caracterizada pela injustiça social, pelo preconceito e pela prepotência dos mais fortes, o Padre António Vieira usou eficazmente o poder da Palavra para confrontar o Poder, denunciar os excessos cometidos no tratamento dos Negros, na exploração e escravização dos Índios e defender os Judeus e Cristãos-Novos. Através da leitura de O Sermão de Santo António aos Peixes, por exemplo, podemos perceber exatamente a crítica feita por Vieira aos colonos brancos de S. Luís do Maranhão e o modo como defendia os índios escravizados, que, por este facto, o tratavam por “Paiaçu” (Grande Pai em Tupi).

            Esta vertente humanista do “Paiaçu”, que perpassa nos seus sermões, mas que se manifesta também nas várias funções exercidas – missionário, diplomata, conselheiro político, escritor, sem esquecer a de profeta do Quinto Império – fez deste orador jesuíta mais carismático do seu tempo uma figura mal-amada pela corte, expulsa pelos colonos do Grão Pará e do Maranhão e perseguida e condenada pela Inquisição.

            A luta determinada e persistente do Padre António Vieira pelo respeito pela dignidade humana, que tantos dissabores e contratempos lhe causou, e a importância da sua obra no século XVII justificam «o estalo mental» nos nossos alunos, despertando-os para a leitura do sermão e sensibilizando-os para a dimensão que a vida e obra deste pregador assumem na história da cultura portuguesa.

Mais informação disponível sobre o Padre António Vieira na exposição patente na BE-CRE, durante o mês de janeiro.

professora Teresa Lucas


A documentação facultada na sessão encontra-se aqui.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Padre António Vieira




A figura do Padre António Vieira é uma das mais controversas do nosso séc XVII e, seguramente, uma das mais interessantes da nossa história e do nosso panorama literário.

Mestre na arte da oratória, distinguiu-se a vários níveis e foi um ídolo do seu tempo, fascinando toda a Europa com as suas ideias e os seus sermões.

É um prazer encontrar no youtube uma coleção de documentários sobre a figura do Padre e o seu Sermão de Santo António aos Peixes. Vale a pena percorrer os 5 documentários. Aqui fica o primeiro, os outros estão nas proximidades.

professora Luísa Supico

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Prémio Leal da Câmara

Melissa Ablé
Ana Catarinha Trigueiro
Ruben Bernardo


No âmbito do PRÉMIO LEAL DA CÂMARA 2010/2011 (Categoria: Desenho/Pintura; Tema: Património) foram premiadas, ex aequo, as obras apresentadas a concurso pelos alunos Ana Catarina Trigueiro (11º A1), Melissa Ablé (10º A1) e Ruben Bernardo (12º A2).

Foram ainda distinguidas com menção honrosa as obras da autoria de Melissa Ablé e Joana Rebelo (12º A1).


Melissa Ablé
Joana Rebelo
A Escola manifesta o seu reconhecimento a todos os que viabilizaram esta iniciativa. Em particular, agradece aos alunos participantes nesta primeira edição do Prémio, acreditando que os seus trabalhos constituirão, sem dúvida, um estímulo à participação dos colegas e ao aprofundamento da qualidade das obras.


professoras Gertrudes Brás dos Santos e Lúcia Carvalhas

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Steve Jobs (2)



É volumosa a biografia de Steve Jobs, o emblemático homem forte da Apple, génio da informática e das novas tecnologias falecido no mês passado. E a sua figura é de tal modo reconhecível - sinónimo de inteligência, criatividade e trabalho - que a capa da biografia autorizada relega para segundo plano o autor e o título para dar todo o destaque ao seu rosto e, na contracapa, à sua invenção: o universo da Macintosh.
Ao longo de 40 capítulos e quase 700 páginas, Walter Isaacson, ex-presidente da CNN e ex-diretor editorial da revista Time, passa em revista os grandes momentos da sua vida, com particular ênfase para o início da Apple, o seu posterior afastamento e regresso, e os projetos que tinha em mãos quando morreu. É um trabalho que resulta de dezenas de entrevistas ao mítico líder da Apple, aos amigos, familares, colegas e até adversários, como se esclarece numa nota editorial.
No fim,  Isaacson conclui: "A personalidade de Steve Jobs refletia-se em todos os produtos que criava. A filosofia da Apple, desde o Macintosh em 1984 ao iPad uma geração depois,  assentava na integração extremo-a-extremo do hardware e software". E acrescenta: "o mesmo se passava com o próprio Steve Jobs: a sua personalidade, as suas paixões, o seu perfeccionismo, os seus demónios, (...) e a sua obsessão pelo controlo estavam interligados na sua abordagem aos negócios e aos produtos inovadores que desenvolveu."
in, Jornal de Letras, 30/11/11


A biografia Steve Jobs, de  Walter Isaacson, está disponível na biblioteca.´