quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

National Geographic (5)



Em julho de 1971, quando o astronauta David R. Scott, comandante da missão Apollo 15, se encontrava sobre a superfície lunar, realizou uma experiência simples mas de enorme transcendência histórica: pegou num martelo e numa pena e deixou-os cair simultaneamente da mesma altura.
Como resultado, já antecipado, os dois objetos cairam no solo ao mesmo tempo. O episódio foi documentado por uma gravação disponibilizada à televisão norte-americana.
Após a experiência, David Scott concluiu com satisfação; «Galileu tinha razão».
[...]
Para muitos, ele foi o primeiro cientista no sentido moderno da palavra.
O próprio Albert Einstein atribui-lhe esse estatuto de exceção quando assegurou: "Todo o conhecimento sobre a realidade nasce e acaba com a experiência. Ao entendê-la deste modo, [...] Galileu tounou-se o pai da física moderna; na realidade, é-o de toda a ciência moderna».
Houve precedentes, naturalmente.
Arquimedes ainda brilha com uma luz muito especial e o próprio Galileu considerava-o um mestre. O cientista italiano aproveitou os seus pensamentos para conjugar a matemática com a observação e a experimentação, como ninguém o tinha feito até então.
Desta forma, proporcionou a metodologia que seria replicada incessantemente e cuja essência ele soube captar numa célebre metáfora: «A filosofia está escrita nesse enorme livro que temos aberto perante os olhos, isto é, o universo, mas que não se pode entender se antes não se aprender a linguagem e não se conhecerem os caracteres com que está escrita. E essa escrita é a linguagem matemática».
O método galileano "obrigava" a natureza a procurar respostas claras para as interrogações colocadas, sem necessidade de recurso a questões filosóficas sobre as causas a respeito das quais nada se podia saber. Conseguiu portanto estabelecer com a natureza um diálogo fecundo que a humanidade sempre desejara.
[...]
Galileu foi o cientista que lançou os alicerces para que fosse possível ter uma noção mais pormenorizada dos céus e do espaço que nos rodeia. Cabe-lhe certamente uma fatia de mérito pelo festim de conhecimento que caracteriza a nossa época.

Ibidem, págs 14/19.



A edição especial de janeiro  da National Geographic, Galileu, O Método Científico - A natureza escreve-se com fórmulas, está disponível na biblioteca.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Escola Digital

  
Dia 21 de janeiro, entre as 21 e 22 horas, na Biblioteca da Escola Secundária Leal da Câmara, teve lugar a primeira formação para encarregados de educação do ano letivo.

Visando orientar os pais e encarregados de educação na tarefa de acompanhamento dos seus educandos a partir da consulta dos diferentes sítios online disponíveis a partir da página da Internet do Agrupamento. Esta formação teve como formadores os professores Júlia Barata e Vitor Alves e pôde contar com a participação do Diretor do Centro de Formação, professor Luís Sérgio Mendes.
O impacto da formação foi muito positivo: 100% dos pais consideraram a formação muito útil e revelaram interesse em participar em outras ações do género sobre segurança online, bullying, consumos e alimentação.

A sessão terminou à volta de uma chávena de chá e de uma fatia de bolo.
Valeu a aprendizagem e o convívio entre todos!

Um muito obrigado, também, à Associação de Pais e Encarregados de Educação que teve um papel muito ativo nesta escola para pais que o Agrupamento pretende ser.


professora Liliana Silva


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Realidade Mangaka




Até ao momento o Clube Manga tem publicado os seus trabalhos no blogue da Biblioteca, mas a partir desta data irá faze-lo num espaço próprio.

Se é apaixonado(a) por manga e anime considere-o seu, lendo-o, comentando-o e fazendo-nos chegar artigos para publicação através do email: bibliotecaaerm@gmail.com.

Este projeto tem a tutela da Biblioteca e conta com a colaboração técnica da aluna Flávia Ortega, do 11º H3, que concebeu o espaço.

Foi a pensar em si que este sítio foi criado.
Estamos aqui.

Seja Bem-Vindo(a)!



professora Liliana Silva

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Fernando Martinho (2)





O presente trabalho é, como o próprio nome indica, um estudo sobre as tendências dominantes da poesia portuguesa na década de 50.

O estudo procura, de acordo com o modelo de periodização múltipla, captar "opções vivas" que se colocaram aos poetas do período, preocupando-se, assim, em estar atento à diversidade de vozes que se fazem ouvir na década. Consideram-se as grandes tendências em que essas vozes se organizam, correspondem todas elas a projetos que conhecem prolongamentos dentro do decénio, bem como outras orientações que trazem igualmente um contributo importante para a polifonia que é a poesia do período em análise.






quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Fernando Martinho


          Fernando Pessoa não foi único naquilo que fez e criou, a heteronímia, mas foi aquele que a levou mais longe e que quebrou todos os limites. Em vida não foi reconhecido, o seu génio passou despercebido. Aquando da sua morte, teve direito apenas a uma pequena notícia no Diário de Notícias porque o seu amigo Almada Negreiros teve a preocupação de informar o jornal da sua morte. A sua obra só se tornou conhecida após a descoberta da sua famosa arca que se revelou uma verdadeira lâmpada de Aladino. A cada procura foram descobertos textos e mais textos, que revelaram um génio incomparável - um ser único com uma capacidade ilimitada de inventar e de se inventar.
O seu peso na literatura portuguesa e mundial já deu azo a milhares de estudos e debates em todo Mundo e, neste momento, já existe nos seus leitores quase que uma obsessão. Pessoa é nosso escritor de culto, o nosso orgulho.
Para tentarmos descobrir um pouco mais e tentarmos penetrar na sua obra, no dia 16 de Dezembro, esteve na nossa Escola o professor Dr. Fernando Martinho. Foi um enorme prazer ouvi-lo discorrer sobre as características de Pessoa. Ficámos a saber que Álvaro de Campos era o heterónimo mais emotivo e mais próximo do Ortónimo. Revelou, ainda, que Ricardo Reis tinha sido inspirado num antigo professor do escritor e que, infelizmente, Alberto Caeiro teve uma vida breve. Foram, sem dúvida, 90 minutos de partilha e cumplicidade entre alguém que sabe muito sobre Fernando Pessoa e aqueles que desejam saber mais e mais sobre o mestre da escrita portuguesa, único e irrepetível, na minha perspetiva.
Em Pessoa viviam muitas pessoas e este encontro ajudou-nos a conhecer um pouco mais os mistérios dessas pessoas que “habitavam” (n)o nosso maior escritor e o tornaram o mais alto representante da nossa pátria: “a língua portuguesa.”
Durante esta palestra, conhecemos um pouco o  seu percurso como escritor em língua inglesa. Mas foi na nossa língua que Pessoa nos deixou uma obra múltipla que nos seduz e interpela e que, acima de tudo, nos faz sonhar por "mares d' além", onde não existem barreiras ou limitações. Foi esta a perceção que nos deixou este encontro. Um encontro de vontades, cheias de desejo em querer saber sempre mais e mais.
O Dr. Fernando Martinho encantou-nos com o seu tom calmo, mas entusiasmado, produto do seu enorme amor por Pessoa e levou-nos a viajar, de uma maneira muito especial, pelo universo pessoano.

Carolina Batista, 12º H2