quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Novidade: «Campo de Sangue», de Dulce Maria Cardoso


Campo de Sangue, de Dulce Maria Cardoso

SINOPSE

Um romance misterioso e arrebatador, que conta a peculiar vida de um homem acusado de homicídio através da sua relação com quatro mulheres: a amante, que lhe envia postais do mundo inteiro e que acha que o dinheiro tudo compra; a mãe, que despreza o filho; a dona da pensão onde ele vive, tomada pelo pânico de perder o negócio mas deslumbrada com a ideia de se tornar famosa graças a um crime; uma rapariga angelical, grávida mas infeliz, e incapaz de distinguir entre o bem e o mal.

Numa sala de espera, enquanto estas quatro mulheres aguardam para prestar depoimento, vai-se desfiando a cadeia de acontecimentos que as colocou ali.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Novidade: «O conto da ilha desconhecida» de José Saramago


O conto da ilha desconhecida, de José Saramago

SINOPSE

Um dia, um homem dirigiu-se à porta do rei para pedir um barco, mas aquela era a porta das petições, e não foi recebido pelo rei. Depois de muita insistência e de a muitas portas bater pelos meandros da burocracia real lá conseguiu que o rei lhe desse, finalmente, o tão desejado barco. A mulher da limpeza do palácio real foi a única tripulação que arranjou e, depois de apetrechado e limpo o barco, dormiram essa noite no cais. Na manhã seguinte batizaram a embarcação e, pela hora do meio-dia, com a maré, a Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Concurso Nacional para Escolas - Os 10 princípios da Declaração dos Direitos da Criança em criações de postais Pop-Up


A Arte Central e o Up Up Pop-Up organizam e levam a efeito o Concurso Nacional DIREITOS DA CRIANÇA EM CIDADANIA E IGUALDADE - Os Direitos da Criança em Pop-Up.
Este concurso tem como destinatários todas as turmas (trabalho coletivo) do 1º ao 12º ano de escolaridade das Escolas Públicas e Privadas de Portugal continental, dos Açores e Madeira.O grande objetivo é alertar para o cumprimento da Declaração dos Direitos da Criança e consciencialização sobre a pertinência dos mesmos. O trabalho a desenvolver, certamente com maior incidência na área e disciplinas das artes e tecnologias, bibliotecas escolares mas nunca imitada a estas, visa a realização criativa e construção de uma coleção de 10 postais em formato Pop-Up (construções que "saltam" do papel) em que cada um deles representa e ilustra cada um dos 10 princípios enunciados na Declaração dos Direitos das Crianças.
Informamos que o concurso está dividido em 4 escalões, sendo que cada um é correspondente a cada ciclo de ensino: 1.º, 2.º, 3º ciclo e secundário. Como referido, as propostas são coletivas (projetos de turma) e a data limite para entrega em mão ou envio dos trabalhos a concurso é 30 de abril de 2020.
Este evento conta como parceiros o CFAE AVCOA (de Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis), a RBE - Rede de Bibliotecas Escolares e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Novidade: «As Portas da Percepção» de Aldous Huxley


As Portas da Percepção, de Aldous Huxley

SINOPSE

Numa radiosa manhã de Maio, em 1953, Aldous Huxley tomou pela primeira vez quatro décimos de grama de mescalina, dissolvidos em meio copo de água, sentou-se e aguardou os seus efeitos. Pouco depois, tudo o que o rodeava se transformou. Eis a génese de As Portas da Percepção (1954), um dos textos mais inspiradores para a contracultura americana dos anos 60. Registo minucioso de alterações sensoriais e ensaio filosófico que aborda os efeitos libertadores desta substância alucinogénica, é uma obra visionária sobre o funcionamento da mente e o desejo de transcendência do ser humano.
Esta edição inclui ainda Céu e Inferno (1956), que explora a história e a índole de experiências transcendentais.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Novidade: «A Guerra que Salvou a Minha Vida»



A Guerra que Salvou a Minha Vida, de Kimberly Brubaker Bradley

SINOPSE

Vencedor do John Newberry Medal Honor Book, o mais importante prémio de literatura infantojuvenil norte-americano.
Um livro emocionante e arrebatador para ler com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos.
Tudo o que Ada conhece do mundo é o pouco que consegue ver a partir da janela. Sempre viveu com a mãe e o irmão mais novo num apartamento minúsculo, de onde está proibida de sair. Ada apenas teve a infelicidade de nascer com um pé aleijado, mas isso é mais do que motivo para a mãe se envergonhar dela, maltratando-a e escondendo-a.
Com a aproximação da guerra, todas as crianças de Londres são enviadas para um campo fora da cidade, e Ada aproveita a oportunidade para fugir com o irmão. Os dois são acolhidos por uma família que os ama incondicionalmente, sem distinções nem preconceitos, e Ada pode finalmente aprender a ler, a escrever e a montar a cavalo.
Pela primeira vez na vida, faz amigos e percebe o verdadeiro significado da palavra felicidade. Mas tudo pode ser posto em causa quando o passado volta para pôr Ada novamente à prova. Imperdível e obrigatória, esta é a história das inúmeras batalhas que temos de travar para conquistarmos o nosso lugar no mundo.
Um livro multipremiado: Publishers Weekly Best Books, Wall Street Journal Best Children’s Books, Kirkus Best Books, Goodreads Choice Awards Nominee for Best Middle Grade Book, Chicago Public Library’s Best of the Bests Books, Schneider Family book Award, Josette Frank Award.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Livro da semana: «Mensagem»


Título:
Mensagem
Autor:
Fernando Pessoa
N.º de págs.
101
Sinopse:













O INFANTE

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
(…)


Mensagem é o único livro de poemas de Fernando Pessoa publicado em português durante a sua vida. É também «realmente um só poema», como escreveu, dada a unidade perfeita conseguida pelo seu canto, das grandezas passadas da nação - que se refletem no futuro, potenciadas pelo Quinto Império.


Filme da semana: «Diamante de Sangue»

Título:
Diamante de Sangue
Realizador:
Edward Zwick
Duração:
143m
Sinopse:











Um diamante rosa raro pode mudar ou destruir a vida de dois africanos: Danny Archer, um ex-mercenário do Zimbabwe e Solomon Vandy, um pescador da tribo mende. Com a Guerra Civil nos anos 90 na Serra Leoa em pano de fundo, Solomon sabe que esse diamante pode não só permitir a libertação da mulher e das filhas, condenadas a viver como refugiadas, mas também salvar o filho de um destino pior: o de criança-soldado. Mas Solomom sabe também que esse diamante pode ditar a sua morte. Archer, que ganha a vida a trocar diamantes por armas, ouve falar no diamante e imediatamente percebe que o seu valor é suficiente para o salvar, afastando-o de África e do círculo de violência e corrupção que o engoliu. É então que aparece Maddy Bowen, uma jornalista americana, cheia de ideias, que vai para a Serra Leoa tentar descobrir a verdade por trás das guerras, os diamantes e aqueles que lucram com toda a situação. Maddy procura Archer como fonte para o seu artigo, mas rapidamente percebe que ele precisa tanto dela como ela dele.Com a ajuda de Maddy, Archer e Solomon iniciam uma perigosa viagem pelo território dos rebeldes.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Novidade: «As Estações da Vida» de Agustina Bessa-Luís


As Estações da Vida, de Agustina Bessa-Luís

SINOPSE

«[…] o que finalmente temos é uma longa, lenta, amorosa e perspicaz divagação sobre as vidas que se cruzavam com ela [a autora] nas estações de caminho­-de­-ferro e nos comboios, designadamente na linha do Douro, a que vai ou, antes, ia de São Bento e de Campanhã, no Porto, até Barca d’Alva, antes de entrar por Espanha adentro.»
[Do Prefácio de António Barreto]

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Exposição de Árvores Nativas de Portugal

Foi hoje inaugurada na Biblioteca a Exposição de Árvores Nativas de Portugal, um conjunto de 20 roll-ups que mostram a riqueza da nossa vegetação. 



As árvores em exposição são as seguintes (clique no nome para aceder à ficha sobre a árvore)



Muitas destas espécies, pertencentes a diferentes famílias, seriam predominantes no nosso território caso não houvesse intervenção humana. Procurou-se que as espécies escolhidas fossem bastante diversas, sendo algumas muito importantes do ponto de vista biológico e ecológico, outras do ponto de vista histórico e cultural e ainda outras do ponto de vista económico. A área de distribuição geográfica destas espécies, no seu conjunto, é muito ampla, abrangendo não só todo o território continental, mas também os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
A exposição estará patente até ao final do 1.º período e pode ser visitada diariamente entre as 9h e as 23h30.

Aqui ficam algumas fotos das espécies em exposição:




Novidade: «Aos Ombros de Gigantes» de Umberto Eco


Aos Ombros de Gigantes, de Umberto Eco

SINOPSE

Para os leitores de Umberto Eco, Aos Ombros de Gigantes representa um evento festivo. Longe das salas de aula, dos congressos académicos e das cerimónias honorárias, Eco escreveu estes textos para gáudio dos assistentes do festival Milanesiana, que ali acorriam sempre em grande número a escutá-lo.

Estes textos seguem os temas anuais do festival e cobrem um repertório que vai da filosofia à literatura e aos meios de comunicação. Dir-se-ia a quintessência do universo de Umberto Eco, transposto para estas páginas com uma linguagem acessível, repleta de ironia, por vezes hilariante, mas também cortante quando necessário.

As raízes da nossa cultura, os cânones variáveis da beleza, o falso que se torna verdadeiro e modifica o curso da história, a obsessão pelas conspirações, os heróis emblemáticos das grandes narrativas, as formas de arte, os aforismos e os epigramas são alguns dos temas tratados num livro enriquecido pelas imagens que o Autor projectou nestas conferências.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Livro da semana: «A utilidade do inútil»

Título:
A utilidade do inútil
Autor:
Nuccio Ordine
N.º de págs.:
176
Sinopse:












O ensaio que este notável investigador e professor de literatura quis partilhar com o mundo e, sobretudo, com o leitor europeu, nasce da necessidade de interrogar o tempo em que vivemos e apela à nossa mais profunda capacidade de reflexão face às nossas escolhas e rotinas de vida. Poder-se-ia ilustrar a ideia fundamental que orienta o livro pela pergunta: o que se pode comprar? E a resposta é óbvia para o autor: não se pode comprar o que a lógica do lucro designa como inútil, como é o caso do amor e da arte! Atormentado com o clima de crise económica que neste início de século tem empobrecido os mais desfavorecidos e enriquecido ainda mais a minoria que os explora (implementada a uma escala planetária), o autor interroga-nos acerca da utilidade da produção desregulada e que apenas se justifica pela acumulação de bens materiais e efémeros e que redunda no empobrecimento dos valores culturais e na desertificação do espírito. Partindo da sua longa experiência de pesquisa e ensino dos clássicos, este texto, concebido assumidamente como um manifesto, confronta-nos com o abandono da herança civilizacional que tanto cientistas como escritores e filósofos quiseram oferecer ao futuro. Este alerta, que põe também em questão as instituições de ensino atuais, aponta-nos a urgência de promover uma educação assente na curiosidade e na liberdade intelectual ancorada no que passou a designar-se como «supérfluo»: a literatura, a arte e a filosofia. Porque a instrução e a cultura humanística são «a única forma de riqueza que podemos transmitir sem ficarmos mais pobres.».


Filme da semana: «A Teoria de Tudo»


Título:
A Teoria de Tudo
Realizador:
James Marsh
Duração:
123m
Sinopse:











Nascido em Oxford, a 8 de janeiro de 1942, Stephen Hawking é considerado um dos mais importantes astrofísicos de todos os tempos. Em 1963, enquanto estudante de Física na universidade de Oxford, Stephen está decidido a encontrar uma “simples, eloquente explicação” para o Universo. Nesta época, já depois de conhecer Jane Wilde, uma jovem estudante de Artes por quem se apaixona, é-lhe diagnosticada esclerose lateral amiotrófica, uma doença incurável e degenerativa que leva à perda permanente de movimento muscular. Os médicos não lhe dão mais de dois anos de esperança da vida. Com capacidades físicas a cada dia mais limitadas, casa com Jane, com quem vem a ter três filhos. Com a ajuda dela, supera os maiores obstáculos, sem nunca perder a vontade de viver nem a sua extraordinária capacidade de se assombrar com o Universo. Depois de três décadas de vida em comum, a relação do casal termina e cada um segue o seu caminho…


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Novidade: «A Vida Verdadeira de Domingos Xavier» de José Luandino Vieira


A Vida Verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira

SINOPSE

Domingos António Xavier, o tractorista, nunca fizera mal a ninguém.
Só queria o bem do seu povo e da sua terra. E por lhes querer bem não falou os assuntos do seu povo nem se vendeu.
E por lhes querer bem o mataram.
E por isso, no dia da sua morte, ele começou a sua vida de verdade no coração do povo angolano.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Novidade: «Conhecimentos Vs. Competências Uma dicotomia disparatada na educação» de João Costa e João Couvaneiro


Conhecimentos Vs. Competências - Uma dicotomia disparatada na educação, de João Costa e João Couvaneiro

SINOPSE

Há uma disputa antiga na educação, em que uns defendem os conhecimentos, e outros, as competências. Este livro mostra que a dicotomia não faz sentido. São ambos indispensáveis e indissociáveis na formação dos alunos. É necessário que tenham conhecimentos para serem competentes e que desenvolvam competências para aprofundarem conhecimentos.
Neste livro, os autores revelam como os dois conceitos estão interligados e como é possível avaliá-los com rigor e objetividade. Abordam ainda o papel da memória no processo de desenvolvimento, a importância de uma educação inclusiva e a necessidade de abertura da escola ao contexto e à comunidade para reforçar o desenvolvimento de conhecimentos e competências.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Novidade: «A Noite da Espera» de Milton Hatoum


A Noite da Espera, de Milton Hatoum

SINOPSE

Vencedor do Prémio união brasileira dos escritores.

Um dos 10 finalistas do Prémio Oceanos.

Num magistral romance de formação ambientado na ditadura que amordaçou o Brasil, Milton Hatoum transita com a habilidade que lhe é própria entre as dimensões pessoal e social do drama e faz de uma ruptura familiar a outra face de um país dividido.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Abertas candidaturas ao Conselho Nacional de Crianças e Jovens




Até ao dia 20 de janeiro de 2020, crianças e jovens residentes em território nacional e com idades compreendidas entre os 8 e 17 anos podem candidatar-se a participar no Conselho Nacional de Crianças e Jovens, cuja ação deverá ter impacto nas políticas públicas e de transformação social. 
Este conselho permanente de consulta é uma iniciativa da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e tem como objetivos promover o acesso a novos espaços de participação social e política, permitir que desenvolvam competências comunicacionais, de relacionamento interpessoal e de reflexão crítica, proporcionar o diálogo entre as crianças e jovens e decisores políticos, formar e sensibilizar os/as participantes sobre os Direitos da Criança e promover o intercâmbio de experiências entre as crianças e jovens de diversos pontos do país.
Para mais esclarecimentos, contactar a CNPDPCJ.

Livro da semana: «O Caminho Imperfeito»

Título:
O Caminho Imperfeito
Autor:
José Luís Peixoto
N.º de págs.
189
Sinopse:












A sinistra descoberta de várias encomendas contendo partes de corpo humano numa estação de correios de Banguecoque fará com que a deambulação se transforme em procura, com consequências imprevisíveis. Todos os episódios dessa excêntrica investigação formam O Caminho Imperfeito e, ao mesmo tempo, constituem uma busca pelo sentido das próprias viagens, da escrita e da vida.
 José Luís Peixoto leva-nos através do seu olhar a Banquecoque e a Las Vegas. Dividido em duas partes, a primeira parte centra-se nas cores e sabores da capital tailandesa. São revelados factos importantes sobre a cultura do país e os costumes do povo. A segunda parte é uma surpresa. Episódios vários vividos pelo autor num tom de surpresa e admiração enchem as páginas do livro. Nunca deixa de ser interessante, nunca deixa de prender o leitor. São retalhos de viagens enriquecedoras. Há uma entrega absoluta do autor. É num tom intimista que começa a segunda parte, revelando dados em relação à diferença das gerações da sua família.


Filme da semana: «Hotel Ruanda»

Título:
Hotel Ruanda
Realizador:
Terry George
Duração:
110m
Sinopse:












Em 1994, o Ruanda foi palco de uma das maiores atrocidades da História, quando a milícia hutu atacou os cidadãos de etnia tutsi e os hutu moderados, resultando na morte de entre 800 mil a um milhão de pessoas. O filme baseia-se na história de Paul Rusesabagina, o gerente do hotel Ruanda, que salvou milhares ao conceder-lhes abrigo. Com Don Cheadle, Nick Nolte e Joaquin Phoenix no elenco, o filme foi nomeado para três Óscares em 2005.

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Comemora-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Para assinalar essa data, publicamos um trabalho sobre o tema dos alunos de Ciência Política Catarina B., Érica S. e Paloma A.

25 de novembro - Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres




O dia 25 de novembro foi escolhido como Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre as Mulheres e Violência no Namoro e é usado para promover o respeito pelos direitos humanos das mulheres, incluindo a igualdade de género e o empoderamento das mulheres.
Este dia foi escolhido em homenagem às irmãs Mirabal (Patria Mirabal, Minerva Argentina, Antonia Mirabal), assassinadas às ordens de Trujillo, ditador da República Dominicana na época, a 25 de novembro de 1960. As irmãs Mirabal acreditavam que Trujillo levaria o país ao caos económico e formaram um grupo de oposição ao regime, tornando-se conhecidas como Las Mariposas. O assassinato teve repercussões para o regime, pois o povo dominicano começou a apoiar os ideais políticos de Las Mariposas. Foi assim que, em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 25 de novembro como Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre as Mulheres, em homenagem às Las Mariposas.

Existem várias formas de violência:

  • Violência Física: ser empurrado, agarrado ou preso, atirar objetos, dar pontapés, murros, etc…;
  • Violência Sexual: ser obrigado a praticar atos sexuais contra vontade ou acariciados/tocados sem que se queira;
  • Violência Verbal: insultar ou humilhar ou fazer comentários negativos, intimidar e ameaçar;
  • Violência Psicológica: controlar a forma de vestir, controlar os tempos livres e o que se faz ao longo do dia, manipular;
  • Violência Social: envergonhar ou humilhar em público o parceiro/a, sobretudo junto de amigos; quando mexem no telemóvel do companheiro/a ou vigiam o que o outro faz nas redes sociais sem permissão; quando proíbem o outro de conviver com os amigos e família;
  • Violência Digital: Quando entram nas contas de correio electrónico, redes sociais, etc…


Qual a situação da violência sobre as mulheres no mundo
Foi em 1999 que a ONU considerou que a violência contras as mulheres era uma pandemia. Segundo os dados das Nações Unidas, 70% das mulheres são vítimas de violência em algum momento da sua vida e esta violência sistemática é consequência da persistência das desigualdades de género. Ainda segundo a ONU, mais de 700 milhões de mulheres casaram-se quando eram ainda crianças, uma prática que hoje ainda é comum em países como o Afeganistão.
2017 é lembrado por ser o ano em que muitas mulheres se arriscaram a denunciar os casos de assédio sexual. Antes muitas delas mantinham silêncio e o assédio era inclusive percebido como algo inevitável. Algo que está a mudar gradualmente.
De forma geral, as regiões do planeta que menos garantem os direitos das mulheres continuam a ser a África Subsariana, a Ásia Meridional e o Médio Oriente. Mas a Tunísia, a Jordânia e o Líbano têm-se destacado pelos seus avanços.
Na Europa, o continente que mais pune a violência de género, a Rússia sobressai como o país menos seguro para as mulheres. Na União Europeia  (UE), a Bulgária destaca-se por não ter leis que criminalizem a violação dentro do casamento e a Hungria por não punir o assédio sexual.
A maioria das mulheres que denunciam situações encontra-se nos Estados Unidos e na Europa, onde a legislação é mais eficaz, ainda que os processos sejam demorados. De acordo com os especialistas, somente uma pequena parte das vítimas denuncia o que lhes aconteceu.
Segundo o Ministério Público, a violência doméstica, o tráfico de seres humanos, violação e outras agressões sexuais, casamento forçado, mutilação genital feminina ou assédio sexual são alguns dos crimes praticados contra as mulheres.
A comemoração do 25 de novembro serve, pois, os propósitos de homenagear todas as mulheres vítimas de violência de género e de lembrar a importância da luta pelos Direitos das Mulheres, pondo assim em evidência as múltiplas discriminações existentes em diferentes domínios. Na realidade, as mulheres continuam a ser objeto de desigualdades várias que afetam o seu acesso a direitos e a oportunidades iguais.
Atualmente, dois terços dos países (140) punem a violência doméstica. Porém, mais de 40 não o fazem.
O Secretariado das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) calculou que, no mundo todo, 50% das mulheres assassinadas são vítimas dos cônjuges ou de homens da sua família. Na sua maioria, os países que não contam com leis que punem a violência contra a mulher no âmbito familiar estão na África Subsariana – menos de metade dos países tem legislação sobre o tema –, Médio Oriente e Norte da África (um em cada quatro), segundo o Banco Mundial. Dois casos têm-se destacado em particular: o russo e o tunisino, ainda que por motivos opostos. A Rússia, um país onde uma mulher é assassinada a cada 40 minutos, descriminalizou a violência de género, reduzindo a pena a uma mera sanção económica. Já o Parlamento da Tunísia, ao contrário, adotou a lei contra a violência de género mais ambiciosa do mundo árabe, que pune todos os tipos de agressões sexistas e o assédio sexual.

Qual a situação do problema em Portugal
Todos os anos, dezenas de mulheres morrem às mãos dos seus companheiros, maridos, ex-companheiros ou ex-maridos em Portugal.
Só no ano de 2019, contam-se já 19 mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica. É considerado um dos mais graves problemas da sociedade portuguesa, mas não é um exclusivo. E no estrangeiro, como em Portugal, também se procuram medidas e estratégias para o combater.
No ano de 2018 houve 87 casos de homicídio em Portugal, 32 (36,78%) dos quais em contexto de violência doméstica, 20 (23%) com vítimas mulheres, ou seja, quase um em cada quatro homicídios é de uma mulher em contexto de relacionamento íntimo e perto de 37% dos homicídios ocorridos em Portugal têm como ponto comum a existência de violência doméstica. Em quinze anos já foram mortas cerca de 500 mulheres que deixaram cerca de um milhar de órfãos.
Quanto à violência no namoro, 54,7% dos jovens em Portugal já sofreram pelo menos um ato de violência. Comportamentos como a difamação, o recurso às redes sociais para chantagear o outro, o hábito de vasculhar no telemóvel ou nos bolsos do casaco, as agressões físicas e a coação para práticas sexuais não desejadas não são estranhos a mais de metade dos 2683 jovens inquiridos no estudo “Violência no Namoro”. Entre rapazes e raparigas, além das 54,5% mulheres e dos 55,3% homens que se declararam vítimas de violência num contexto de namoro, 34,5% dos participantes assumiram terem praticado pelo menos um ato de violência. No plano da violência doméstica, os homens surgem como sendo quem mais exerce violência sobre o outro, “a violência no namoro é sofrida e praticada por ambos os sexos”.
Quanto a ameaças, gritos ou comportamentos como partir objetos e rasgar a roupa, foram sofridos por 14,7% das mulheres e 6,9% dos homens. E 12,9% das mulheres (contra 9% dos homens) reportaram que já foram ameaçadas ou chantageadas através das tecnologias da comunicação. A percentagem das mulheres que já se sentiram controladas na forma de vestir, no penteado ou nos locais que frequentam é um pouco superior: 19,6%. Entre os homens, 8,7% declararam terem também vivenciado tais experiências.

Como resolver a situação:
No que diz respeito à violência doméstica em Portugal, o apoio às vítimas continua a apresentar lacunas graves. É urgente melhorar a resposta às vítimas, aos menores envolvidos e à formação de polícias e magistrados.
Relativamente às 20 mulheres mortas o ano passado, muito raramente as vítimas estavam a ser ou tinham sido acompanhadas por associações de apoio. É muito preocupante saber que a maior parte das vezes a situação de violência doméstica não acontece numa situação de crime único, isto é, quando acontece um homicídio este vem já na sequência de uma escalada de violência. Isto demonstra que a sociedade, no geral, ainda esconde estas situações que só se tornam visíveis na sua forma mais extremada – o homicídio.
A violência está mais presente entre as pessoas que apresentam “crenças de género mais conservadoras”. Estas crenças colocam o homem numa posição de superioridade e as mulheres numa posição submissa, sustentando a violência. O foco para este combate tem de estar na educação, nomeadamente em casa e nas escolas, acreditando que se esta educação para a cidadania e para a igualdade de género for feita desde o pré-escolar, estas crenças serão mais facilmente desconstruídas.
Para além das dezenas de homicídios ocorridos nos últimos anos em Portugal verificaram-se também mais de 26 000 ocorrências de violência doméstica, para além das situações que continuam invisíveis. No sentido de combater este flagelo, todas as pessoas, e não só as vítimas, devem denunciar as situações de violência contra as mulheres.

Fontes:
https://www.cig.gov.pt/acoes-no-terreno/campanhas/campanha-para-a-eliminacao-de-todas-as-formas-de-violencia-contra-as-mulheres/
https://www.publico.pt/2016/11/24/p3/cronica/dia-internacional-para-a-eliminacao-da-violencia-contra-as-mulheres-1826981
https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/estatisticas/estatisticas
https://www.dn.pt/pais/violencia-domestica-com-peso-preocupante-entre-os-crimes-de-homicidio-em-portugal---apav--10891220.html
https://www.publico.pt/2019/04/16/sociedade/noticia/propostas-violencia-domestica-seguem-negociacoes-especialidade-nao-serem-chumbadas-1869483

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Novidade: «A Sabedoria dos Mitos» de Luc Ferry


A Sabedoria dos Mitos
, de Luc Ferry

SINOPSE

Luc Ferry conta a história dos grandes mitos da Grécia antiga que estão na base da nossa civilização, revelando o seu profundo significado e influência sobre a origem da filosofia, bem como a sua espantosa atualidade. Uma obra que confirma que a mitologia desperta o mesmo fascínio que os contos de fadas.
Quase sem pensar, utilizamos no dia a dia imagens ou metáforas retiradas da mitologia grega: «pegar o touro pelos cornos», «estar entre Cila e Caríbdis», seguir um «fio de Ariadne», um «dédalo de ruas», enfrentar o «pomo da discórdia», «fazer de Cassandra» e tantas outras. Neste livro, Luc Ferry desperta as metáforas adormecidas de Oceano, Sereias, Tifão, Tritão, Píton e outros seres maravilhosos que habitam secretamente a nossa linguagem quotidiana, contando as histórias que constituem a sua origem. Mas a mitologia não se reduz a uma sucessão de «contos e lendas». Por isso, os grandes mitos que Luc Ferry nos explica propõem, num plano filosófico, uma plêiade de lições de vida de uma profundidade tremenda.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Novidade: «A Confissão da Leoa» de Mia Couto


A Confissão da Leoa, de Mia Couto

SINOPSE

Um acontecimento real - as sucessivas mortes de pessoas provocadas por ataques de leões numa remota região do norte de Moçambique - é pretexto para Mia Couto escrever um surpreendente romance. Não tanto sobre leões e caçadas, mas sobre homens e mulheres vivendo em condições extremas.
A Confissão da Leoa é bem um romance à altura de Terra Sonâmbula e Jesusalém, já conhecidos do leitor português.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Novidade: «A Morte do Comendador», Volume II


A Morte do Comendador, Volume II, de Haruki Murakami

SINOPSE

No fim do primeiro volume, a abertura secreta que conduz à câmara de pedra na floresta afigura-se um nadinha diferente, enquanto o artista, obrigado a pintar as famílias dos alemães nazis, dá mostras de evidente transtorno. E agora, pergunta o leitor? Pois bem, neste segundo volume, as personagens estreitam laços, mergulhando de cabeça na insondável trama engendrada por Murakami, e as Metáforas Duplas pedem meças às Ideias. Do alto (leia-se, superioridade) dos seus setenta e pouco centímetros, o Comendador faz alarde da proverbial sabedoria e prossegue com as suas diatribes.

O pintor e narrador da história, que gosta de preparar uma boa refeição caseira, mas que, em matéria de pensamento abstrato e matemático, é um zero à esquerda, prefere não fazer como os golfinhos (que têm a capacidade de pôr a dormir a metade esquerda ou a direita do cérebro)... e afoga as mágoas na cozinha e num copo de puro malte escocês. Ah, é verdade, o sino evapora-se e deixa de tocar às duas da matina. E ao narrador só lhe resta responder ao chamamento do poço, que é como quem diz, da câmara de pedra. O mistério adensa-se.

À medida que trabalha afanosamente no retrato de Marie Akikawa, dando mostras de ter reencontrado finalmente a sua arte, o pintor recorda ao pormenor a irmã que morreu aos doze anos. Confrontado com o súbito desaparecimento de Marie, parece disposto a tudo para salvar a rapariguinha de treze anos: lutar contra javalis e vespas, os atacantes mais perigosos por aquelas bandas... e cavalos de Troia.

Sucedem-se episódios mais ou menos obscuros em que se cruzam memórias de uma Viena ocupada pelos nazis e do Massacre de Nanquim. A Noite de Cristal e a anexação da Áustria por Hitler. O suicídio do irmão de Tomohiko Amada, pianista que tocava primorosamente Chopin e Debussy, envolvido na resistência antinazi.

Poderá a História contribuir na luta contra a perda de memória?
Atacado pela demência, o velho mestre à casa na montanha torna.
A nossa alma volta sempre ao lugar onde mora o coração?

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Novidade: «Carrie» de Stephen King


Carrie, de Stephen King

SINOPSE

Carrie era a ave rara da escola e o alvo da chacota e da maldade dos outros adolescentes, que passavam a vida a pregar-lhe partidas. Maltratada e brutalmente reprimida pela mãe, uma fanática religiosa para quem tudo é pecado, Carrie direcionava as suas energias para os objetos, fazendo-os moverem-se apenas com o poder da mente. Quando o rapaz mais popular da escola a convida para o baile de finalistas, a tímida Carrie começa a ver-se a si própria de maneira diferente e a ganhar confiança. No entanto, um ato de uma crueldade indizível mudará para sempre o rumo das coisas. Ao ser vítima da mais terrível das humilhações, Carrie liberta por fim todo o seu poder, transformando-se numa arma de terror e destruição. E enquanto todos os presentes no baile se riem dela, as portas trancam-se de repente e o riso depressa dá lugar aos gritos de medo e horror...

Novidade: «Berta Isla», de Javier Marías


Berta Isla, de Javier Marías

SINOPSE

Berta casou com Tomás pensando que o conhecia desde sempre mas, na realidade, não sabia nada verdadeiramente importante sobre ele. Tomás escondia-lhe algo que não podia partilhar com ninguém, nem mesmo com ela. Berta Isla é a história de um homem que quer intervir na História, acabando desterrado do mundo.

É a história de uma mulher que espera por uma vida completa e, nessa espera, se transforma. É sobretudo uma história da fragilidade e tenacidade de uma relação condenada ao segredo, ao fingimento, ao desencontro; uma história de amor em que lealdade e ressentimento se entrelaçam.

Blogue da disciplina de Ciência Política da ESLC


A disciplina de Ciência Política (12.º ano) da nossa escola tem desde o início deste ano um blogue onde são regulamente publicados trabalhos dos alunos desta disciplina. Se quiseres combater a Amencefalia, não percas o Politicando.

Livro da semana: «O Último Europeu»

Título:
O Último Europeu
Autor:
Miguel Real
N.º de págs.
277
Sinopse:












Em 2284, a Europa é maioritariamente composta por Baldios governados por clãs guerreiros que escravizam as populações esfomeadas; subsiste, porém, um território isolado por um cordão de segurança com uma sociedade que, por via da ciência e da tecnologia, atingiu um nível altíssimo de felicidade individual, pois todos os desejos podem ser consumados, ainda que apenas mentalmente. Mas este mundo aparentemente perfeito sofre uma inesperada ameaça: a Grande Ásia, lutando com graves problemas de demografia, acaba de invadir a Nova Europa…

Filme da semana - «O Grande Ditador»

Título:
O Grande Ditador
Realizador:
Charles Chaplin
Duração:
123m
Sinopse:











Uma sátira burlesca de Charles Chaplin a Hitler e ao nacional-socialismo, apesar de Chaplin ter acabado por declarar que se, na altura da rodagem, tivesse ideia da verdadeira extensão das atrocidades nazis “nunca poderia ter gozado com tal insanidade homicida”. O filme, rodado em segredo no final dos anos 30, estreou na América em 1940, em plena II Guerra Mundial. A história tem como protagonista um soldado-barbeiro judeu que, no final de uma batalha, perde a memória e vai parar a um asilo. O barbeiro tem uma grande semelhança com o ditador Adenoid Hynkel que ganha poder e se prepara para invadir o país vizinho Osterlich. Para isso, tenta arranjar financiamento junto da comunidade judaica, mas esta recusa-se a ajudá-lo. Para essa razão, Hynkel reprime-os violentamente e o barbeiro vai parar a um campo de concentração. Uma das grandes obras de Charles Chaplin e a sua primeira com som, 13 anos após o fim do mudo. O filme foi nomeado para cinco Óscares, entre os quais o de melhor filme.