quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Feliz Natal!



Ninguém o viu nascer
Mas todos acreditam 
Que nasceu.
É um menino e é Deus.
Na Páscoa vai morrer, já homem,
Porque entretanto nasceu
E recebeu a missão singular,
De carregar a cruz da nossa redenção.
Agora, nos cueiros da imaginação,
Sorri apenas 
A quem vem,
Enquanto a Mãe,
Também
Imaginada,
Com ele ao colo,
Se enternece
E enternece
Os corações,
Cúmplice do milagre, que acontece
Todos os anos e em todas as nações.

Miguel Torga

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A equipa da BE deseja  a todo(a)s Boas Festas e boas leituras




Cahiers Science & Vie


nebulosa Hélice 



Mais do que nunca Deus está em toda a parte.Talvez mesmo nesse objeto celeste captado pelo Hubble no cosmos infinito.
No imaginário de alguns será mesmo possível identificar na imensidão da nebulosa Hélice os reflexos azulados da íris divina.
Antropomorfismo místico? (...)
Com um total de 4 biliões de seguidores, as religiões monoteístas constituem o primeiro grupo espiritual no mundo. No entanto e do ponto de vista social, a sua influência global - pelo menos na Europa - tem tendência a diminuir. O sentimento religioso, porém, representado nas suas mais variadas formas e manifestações religiosas ganha protagonismo e importância no domínio público provocando acesas discussões.
A violência verificada em determinados meios radicais muçulmanos, o escalar das guerras santas, levantam inevitavelmente a questão da intolerância face à crença num só Deus. (...)
Mas a história das civilizações, o regresso às fontes dos textos bíblicos, as descobertas arqueológicas apresentam novas respostas e diferentes perspetivas.

Esta edição de Les Cahiers de Science et Vie, no seguimento do trabalho publicado na edição anterior sobre as origens do sagrado e dos deuses,  pretende explicar como e porquê o Judaismo,o Cristianismo e o Islamismo  - que estando desde o seu início em constante interação -  têm afetado as sociedades e consequentemente a Humanidade.
Pretende igualmente explicar como a ciência se conseguiu demarcar da religião no século XVII no estudo do monoteísmo.
Não esquecendo igualmente o importante contributo "ocular" do Hubble...

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Isabelle Bourdial, in Editorial
(tradução livre)




O nº 131 da revista Les Cahiers de Science & Vie está disponível na biblioteca.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Irvin D. Yalom





«Este é o romance mais intrigante que li nos últimos anos. Irvin Yalom concebeu um livro tenso, profundamente informativo, que nos prende da primeira à última página».

Sir Anthony Hopkins, ator

«O grande visionário psiquiatra escreveu um romance acerca de um grande visionário filósofo. Ambiciosa, erudita e envolvente, a narrativa entrelaçada de O Problema de Espinosa obriga o leitor a confrontar-se com uma questão fundamental: Poderá a razão exercer a sua força para sempre?»

Rebbeca Goldstein, autora de Bretraying Spinoza


Quando o jovem de dezasseis anos, Alfred Rosenberg, é chamado ao diretor devido a comentários antissemitas no liceu, é obrigado a estudar passagens sobre Espinosa. Rosemberg fica espantado ao descobrir que Goethe, o seu ídolo, era um grande admirador do filósofo português Bento Espinosa. Um judeu. Mais tarde, na sua vida, Rosenberg continua a ser perseguido por esse «problema de Espinosa»: como poderia o génio de Goethe inspirar-se num membro de uma raça inferior, uma raça que estava determinado a destruir?
Espinosa, um judeu português refugiado na Holanda, viveu uma vida de castigo e de isolamento. Devido aos seus pontos de vista, foi excomungado pela própria comunidade judaica de Amesterdão e banido do único mundo que sempre conhecera. Apesar de viver com poucos meios, Espinosa produziu obras que mudaram o rumo da História.
Com o passar dos anos, Rosenberg tornou-se um ideólogo nazi eloquente, fiel servidor de Hitler, e principal responsável pela política racista do Terceiro Reich. Todavia , a sua obsessão por Espinosa continuava a afetá-lo.

O romancista de sucesso mundial Irvin D. Yalom explora a mente de dois homens separados por trezentos anos, dois homens que mudaram o rumo do mundo, as vidas interiores de Espinosa, o virtuoso filósofo secular, e de Rosenberg, o ímpio assassino de massas. (...)
Yalom tem um talento único para personificar de forma inesquecível os maiores pensadores da História.

Ibidem.


O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 101 (YAL)


Prémio Pessoa 2012




O investigador Richard Zenith vence o Prémio Pessoa 2012.

Richard Zenith, um dos maiores especialistas na obra de Fernando Pessoa, é natural de Washington DC, tendo obtido a licenciatura em letras da University of Virginia. Viveu na Colombia, no Brasil e em França antes de se radicar em Lisboa, em 1987. Trabalha, em regime de freelancer, como escritor, tradutor, investigador e crítico, indica uma breve biografia publicada no Instituto de Estudos sobre o Modernismo, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

O Prémio Pessoa é «concedido anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que durante esse período e na sequência de uma atividade anterior tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país», segundo a organização.

O júri justificou a escolha dizendo que Richard Zenith «tornou-se um cidadão de Portugal por dedicação e louvor a uma  obra, a de Fernando Pessoa, uma literatura, a nossa, e uma língua, a portuguesa».


Fonte: Lusa/SOL


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Florbela Espanca

Vicente Alves do Ó, Florbela, 2011


Num Portugal atordoado pelo fim da I República, Florbela separa-se de forma violenta de António. Apaixonada por Mário Lage, refugia-se num novo casamento para encontrar estabilidade e escrever, mas a vida de esposa na província não é conciliável com sua alma inquieta. Não consegue escrever nem amar. Ao receber uma carta do irmão Apeles, oficial da aviação naval e de licença em Lisboa, Florbela corre em busca de inspiração perto da elite literária que fervilha na capital. Na cumplicidade do irmão aviador, Florbela procura um sopro em cada esquina: amantes, revoltas populares, festas de foxtrot e o Tejo que em breve verá o irmão partir num hidroavião. O marido tenta resgatá-la para a normalidade, mas como dar norte a quem tem sede de infinito? Entre a realidade e o sonho, os poemas surgem quando o tempo pára. Nesse imaginário febril de Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e apenas a sua poesia a mantém sã. Por isso, Florbela tem que escrever! Este filme é o retrato íntimo de Florbela Espanca: não de toda a sua vida cheia de sofrimento, mas de um momento no tempo, em busca de inspiração. Uma mulher que viveu de forma intensa e não conseguiu amar tranquilamente.


O filme  está disponível na biblioteca.
Cota: 597 DVD



Física do impossível

 
 
 
Há cem anos os cientistas teriam afirmado que os lasers, a televisão e a bomba atómica seriam impossíveis. Em A Física do Impossível, o físico Michio Kaku analisa até que ponto as tecnologias que encontramos na ficção científica e que são hoje em dia consideradas impossíveis, poderão ser comuns no futuro.
 
Do teletransporte à telecinese, Kaku recorre ao mundo da ficção científica para analisar os fundamentos e os limites -  das leis da Física tal como as conhecemos hoje. Dividindo as tecnologias em categorias - Classes I, II e III - conforme possam ser alcançáveis nos próximos séculos, nos próximos milénios ou talvez nunca, o autor, numa prosa intelectualmente estimulante, explica-nos:
 
- como os foguetões com estatorreatores, as velas propulsionadas por lasers e os motores de antimatéria poderão um dia levar-nos às estrelas mais próximas;
 - como a telepatia e a psicocinese, outrora consideradas pseudociência, poderão um dia ser possíveis com os progressos dos computadores, da supercondutividade e da nanotecnologia;
- por que razão uma máquina do tempo parece ser consistente com as leis conhecidas da Física, mas seria necessária uma civilização muito avançada para a construir.
 
A Física do Impossível conduz os leitores numa viagem inesquecível ao mundo da Ciência, uma viagem de aventura que simultaneamente ensina e diverte.

Ibidem
 
 
O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 53 (KAK)


 

Direitos Humanos



XI Mostra de documentários sobre Direitos Humanos
Centro cultural Olga Cadaval - 14.15.16 dezembro
A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19, em colaboração com o Centro Cultural Olga Cadaval, promove a realização, entre os dias 14 e 16 de dezembro de 2012, da XI Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a necessidade de promoção e defesa dos Direitos Humanos. Durante três dias serão exibidos documentários, alguns deles inéditos, sobre temas distintos, realizados em diversos países, com o intuito de fornecer uma perspetiva alargada sobre alguns dos desafios que se colocam aos Direitos Humanos na atualidade. O ano de 2011 foi rico de conflitos mas também de sinais de mudança. Mas o contraste entre a coragem dos cidadãos que saíram à rua em muitos países do mundo para exigir uma sociedade mais respeitadora dos Direitos Humanos, e por isso mais justa, e o fracasso das lideranças incapazes de responderem a esses apelos com ações concretas, e aí temos, entre outros, o caso da Síria, deixou clara a necessidade do reforço da exigência no quadro de uma sociedade mais bem informada e formada, o objetivo desta iniciativa, pelo terceiro ano consecutivo nas salas do Centro Cultural Olga Cadaval.
Realizadores e especialistas comentarão, com a Amnistia Internacional, alguns dos documentários logo após a sua projeção. Serão ainda realizadas atividades complementares relacionadas com temas e campanhas da Amnistia Internacional em curso.

Fonte, programa e sinopses: aqui.

Clube de Cinema