sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hiparco de Niceia





Hiparco de Niceia (190-120 a.C.) prova de forma eloquente que mesmo os conceitos elementares dos primórdios da Matemática, aliados a uma mente inquisitiva e culturalmente esclarecida, podem realizar prodígios científicos.

Utilizando como instrumentos de medida apenas a régua e o compasso este astrónomo grego mediu a distância Terra-Lua com um erro inferior a 0,2%.
Este feito, exibição brilhante da capacidade do espírito humano, ao mesmo tempo indicia a Matemática como instrumento fundamental e incontornável para compreender o universo em que vivemos.

professor António Rodrigues
Artigo completo, AQUI.

O livro está disponível na biblioteca.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Prata da casa



No final da sessão com Raquel Ochoa a escritora entregou os prémios da 9ª Edição do Concurso Conta um Conto.

Foram premiados:
Categoria Alunos
- 1º Prémio: «Ómega», Beatriz Manuelito Salles, 12º E1. AQUI.
- 2º Prémio: «Rio Manso», Luís Manuel Santos Dinis, 12º SH3. AQUI
- 3º Prémio: «Eternidade num Suspiro», Mariana Varanda Pinto, 10º C6. AQUI.

Categoria Professores/Funcionários
Menções Honrosas:
- «O Planeta Verde», Rosa Maria Gomes dos Santos. AQUI.
- «O que aprendi com o meu Pai», José Alves Palmeira. AQUI.

Parabéns aos vencedores!
Continuação de boas escritas!
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Nota: o aluno Luís Dinis não pode comparecer à entrega dos prémios.

Raquel Ochoa




Raquel Ochoa apresentou-nos o seu romance A casa-comboio, vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa Luís 2009, que relata a história de amor entre Portugal e a Índia a partir de uma família ao longo de quatro gerações. A escritora partilhou com o audiório a sua certeza de querer, finda a licenciatura, ser escritora e desta certeza lhe ter permitido ultrapassar todos os medos; da procura da verdade no que escreve; das viagens realizadas e consequente confronto com a diversidade de gentes e culturas que tantas histórias lhe deixam para contar.

Para saber mais sobre esta escritora e a sua obra consulte os seus blogs Raquel Ochoa e O mundo lê-se a viajar.

O seus livros A casa-comboio e O vento dos outros estão disponíveis na bilbioteca.

Sérgio Carvalho




Sérgio Luís de Cravalho veio falar-nos d´O Destino do Capitão Blanc, publicado pela Planeta em 2009. Obra baseada em factos reais da I Guerra Mundial, narra os principais dramas da participação dos soldados portugueses, na sua maioria analfabetos e provenientes de comunidades rurais pobres, naquela que foi a primeira guerra moderna da história. Um dos aspectos mais impressionantes desta obra constitui a descrição do massacre ocorrido em La Lys, a escassos minutos do fim da guerra, já depois de assinado o armistício.

Interagindo animadamente com os alunos, a conversa com o escritor terminou com uma breve apresentação do seu último livro, Nas bocas do mundo. Uma viagem pelas histórias das expressões portuguesas, publicado este ano pela Planeta.

A este propósito, conhece a origem das expressões cavar, tanque, dar o braço a torcer, estafermo ou, ainda, XPTO, galão e quadratura do círculo?

Estão disponíveis na biblioteca estas e outras obras do autor.

Fica, ainda, um dicionário de expressões de mensagens de texto sugerido pelo próprio Sérgio de Carvalho. Aqui.

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor





A publicação e a leitura de livros cresce exponencialmente. "No primeiro século desde a imprensa (1450-1550) publicaram-se 35 mil títulos; no último meio século (1950-2000) publicara-se, mil vez mais: 36 milhões". A taxa de publicações (2,8% ao ano) cresce a um ritmo muito superior ao da população (1,8% ao ano), o que significa que "se a nossa paixão pela escrita não for controlada, num futuro muito próximo haverá mais gente a escrever livros do que a lê-los", afirma Gabriel Zaid baseando-se no anuário estatístico 1999 da UNESCO (in, Livros de mais). Para além dos livros em papel, sugiram versões digitais, ebooks que podem ser lidos em vários dispositivos - o Kindle, por exemplo. A possibilidade de auto-publicação na Internet vem facilitar e democratizar o processo de edição de livros, oferecendo ainda inegáveis vantagens ambientais. A revolução digital em curso, ao permitir cópias, baratas ou gratuitas, convida igualmente à reflexão sobre os Direitos de autor reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 27) e pela Constituição da República Portuguesa (artigo 42).

Estes foram, entre outros, alguns dos motivos que levaram a escola, na passada sexta feira, a assinalar este Dia.

A aquipa da biblioteca da Leal da Câmara fê-lo promovendo o encontro com dois escritores: Sérgio Luís de Carvalho, licenciado em História e mestre em História Medieval e Raquel Ochoa, ex-aluna da escola, licenciada em Direito e recentemente galardoada com o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa Luís.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Daniel Sampaio


"Como ajudar os pais a viver a sexualidade dos filhos?" foi o mote para um encontro com o Professor Daniel Sampaio que o Projecto Educação para a Saúde promoveu, na passada noite de 21 de Abril, em parceria com a Associação de Pais da nossa Escola. Se o orador era apelativo, as angústias que assaltam os pais dos adolescentes não o eram menos. A sala estava repleta e em expectativa.
A questão foi lançada pela equipa do PES, que fez a representação de pequenos quadros e foi fácil reconhecermo-nos no diálogo das personagens. Simulando situações que nos são familiares, fez-nos tomar consciência da realidadade.
Que lição trouxemos para casa?
Viver a sexualidade dos filhos é:
- encarar a sexualidade como parte integrante da vida, desde que nascemos:
- aceitar os medos e os receios pelos filhos que sentimos como sinal do amor por eles;
- dialogar com abertura sempre que for oportuno;
- responsabilizar os filhos e ouvi-los, respeitando a sua intimidade;
- ser firme, mas próximo;
- também, conversar sobre as nossas angústias com outros pais.
A resposta trouxemo-la para casa num marcador de leitura: uma definição da O.M.S. "A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental."
Pode bem ser um bom tema indutor para pais e filhos conversarem.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bookcrossing


Entregue velho, receba velho

Tem uma pilha de livros a ganhar pó em casa, mas não os quer deitar fora? Aproveite a acção de bookcrossing que a Fnac vai promover. Para assinalar o Dia Mundial do Livro, haverá um stand na loja dos Armazéns do Chiado, em Lisboa, e outro na Praça dos Leões, no Porto, e você poderá depositar lá as histórias que já leu, levando igual número de livros. Mas não vale despachar aqueles exemplares em muito mau estado. Nem o livro que a sua tia lhe deu no Natal.
Das 10hoo às 19hoo, sexta e sábado.

in Jornal i, 23 de Abril

8Dias



Tap. Tap. Ou o que são umas passadas na tua vida? - Jornal i, 12 de Abril de 2010

A surpresa começa, desde logo, no título. Mas a história envolve mais do que a surpresa por ele suscitada. A história resume-se facilmente: dois entusiastas da plataforma social Twitter desenvolveram um par de sapatos despostivos (Rambler Shoes) que enviam mensagens para essa plataforma, e para os seguidores que lhe estejam associados, enquanto são usados. Estes empreendedores desenvolveram o conceito e optimizaram os procedimentos, aguardando por investidores para produzir e comercializar uma gama limitada do produto. Segundo dizem, avizinham-se mais projectos relacionados com as redes sociais, como roupa que envia dados sobre a temperatura, a pulsação ou outros dados íntimos dos seus utilizadores.

Ultrapassamos a incredulidade e concentramos a atenção quando um dos criativos nos diz, e citamos: "Brincadeiras à parte, os Rambler Shoes são uma ironia sobre o ´hype` à volta da web 2.0. Será que precisamos destes serviços? O que acrescentam às nossas vidas? Não pretendemos responder, mas fazer as pessoas reflectir sobre os seus hábitos cibernéticos".

Aqui não daremos respostas a estas importantes questões. Apenas sublinhamos a importância dessas mesmas questões. Da importância em encontrarmos - cada um de nós - resposta na construção da(s) identidades(s) do(s) cidadão(s) deste século.

O que precisamos para escrever


A recente divulgação dos resultados da 9ª edição do concurso Conta um Conto, promovido pela BE-CRE, e a comemoração hoje , dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, lançam no ar algumas questões pertinentes:

Qualquer um pode escrever criativamente? Em que condições? Para quê? Porquê?

No artigo «As minhas 10 regras para escrever ficção» in Revista Ler - Abril 2010 - oito escritores conhecidos aconselham quem ousa iniciar-se na arte da escrita. No final da leitura das 10 regras enunciadas por cada um, fica a grata sensação que «escrever» está ao alcance de todos - basta vencer as inibições pessoais; ler muito; ter método, disciplina e persistência, para, assim, encontrar "a sua voz" e descobrir "o seu imaginário pessoal".

Está desvendado o mistério!
O que pensa?
Quer experimentar para ver ser é verdade?
Mãos ao trabalho!
Boas escritas!

professora Teresa Lucas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Há livros assim



"O desejo de ser outro, diferente daquilo que somos: não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano. Porque não é possível suportar a vida de outra maneira, apenas sabendo que nos conformamos com aquilo que significamos para nós próprios e para o mundo."

Há livros assim...

Ofereceu-mo uma amiga, devorei-o de um trago, e logo o ofereci a outra amiga. Não o meu, mas outro exemplar que comprei na livraria do bairro. O meu, li-o com tanto prazer de alma que ainda permanece à minha cabeceira, convivendo harmoniosamente com outros objectos de culto que me embalam as noites e enchem de esperança as manhãs. É curioso, a amiga que mo ofereceu ainda não o tinha lido, escolheu-o por intuição. A amiga a quem eu o ofereci, como quem partilha um doce conventual, achou-o triste e deprimente, considerando-o apenas um livro muito bem escrito. As palavras que habitam os livros são assim, um pouco como as pessoas, não agradam a todos. Tudo depende do modo como as acolhemos, como as interpretamos e como entramos no jogo dos espelhos em que elas nos lançam, sempre que nelas nos reflectimos. Ora, o que é fantástico neste livro é que, ao lê-lo, eu senti-me parte dessas palavras, como se vivesse um pouco dentro delas, em comunhão de afectos, de sentimentos e de emoções. Sentia cada uma delas como um elogio a esse sentimento luminoso, que, por felicidade, desde cedo descobri e sempre me tem guiado: a Amizade. Por isso, se me pedissem para resumir a história deste livro, eu diria apenas que se trata do reencontro entre dois velhos amigos afastados pelos suspeitos desígnios de Eros que só a força de Ágape pode vencer. Porque há mágoas que só o tempo pode sarar...

professora Manuela Martins
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A obra de Sándor Márai está disponível na biblioteca.

Primavera poética (2)


(clique para ampliar a imagem)



Depois do Inverno, a escola voltou a celebrar na passada noite de 14 de Abril o renascer da vida com uma festa de poesia, música e dança convidando à criação de novos textos como este da autoria de Odete Malheiro, aluna da Turma 3 do Curso de Ciências Sociais e Humanas:

SOMOS

Somos Vida e Morte
Pedaços de luz fragmentados
Somos esperança e desespero
Pedaços de sonhos despedaçados

Somos luzes e sombras
Pedaços de sons repartidos
Somos dia e noite
Pedaços de nós esquecidos

Somos tudo e nada
Pedaços de seres desamparados
Nesta solidão espacial
de Mundos desencontrados


Esta actividade contou com a participação do grupo Pochette (Joana Guerra ao violoncelo e João Vicente na declamação), do Grupo de Dança, de alunos do Grupo de Teatro Reticências e do Centro de Produção da Escola.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Felizmente (ainda) há luar



"Felizmente há luar.
É uma peça datada, circunscrita no tempo, condenada a um tempo, dizem alguns. Ao contrário diríamos que é uma peça atemporal, um hino à liberdade em todos os tempos e todos os lugares, um grito no escuro, a lembrança de que tudo é possível e de que a luta vale a pena."

professora Luísa Supico

A leitura integral da obra é recomendada pelo Programa de Português do 12º Ano.
O livro poderá ser requisitado na biblioteca.

Chimamanda Adichie *


"A história única cria estereótipos. E o problema com os estereótipos não é eles serem mentira, mas serem incompletos. (...) A consequência da história única é isto: rouba as pessoas da sua dignidade. Torna o reconhecimento da nossa humanidade partilhada difícil. Enfatiza o quanto somos diferentes em vez do quanto somos semelhantes. (...) As histórias importam. Muitas histórias importam. As histórias podem ser usadas para potenciar e humanizar. Quando rejeitamos a história única conquistamos uma espécie de paraíso".

(*) Chimamanda Ngozi Adichie, escritora nigeriana de 33 anos; autora de Purple Hibiscous (2003) e Half of a Yellow Sun (2006, Orange Prize para ficção em 2007).

Queres contar a história a partir de um outro começo?
Inspira-te AQUI.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mentiras ou talvez não


"São contos, são filosóficos e vêm do mundo inteiro. São zen ou sufi, chineses ou judaicos, indianos ou africanos. São, também, europeus, americanos, contemporâneos. Engraçados, graves, ou as duas coisas ao mesmo tempo. São, por vezes, ambíguos e, até, inquietantes.
Parecem-se connosco." in Tertúlia de Mentirosos

" Se Freud e Jung se juntassem para escrever um romance, duvido que tivessem surgido com uma melhor narrativa". Los Angeles Times

«Realmente dotado do ponto de vista narrativo, Irvin D. Yalom "deita" o leitor no divã e constrói um enredo tenebroso, divertido e imprevisível.» Ruben P. Pereira

«Yalom é um autor brilhante e mostra um profundo conhecimento da psique humana. Absolutamente viciante... como aliás já nos habituou.» Booklist

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Os livros Quando Nietzsche Chorou e A Cura de Schopenhauer, também de Irvin D. Yalom, já estão disponíveis na biblioteca.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

8Dias



"Quer fazer uma pergunta?" in Revista Ler - Abril de 2010

O artigo de José Mário Silva espelha uma situação muito curiosa.
Diz-nos o autor que, ao dinamizar conferências, debates ou apresentações de obras literárias não receia uma qualquer intervenção mais arrojada ou crítica sobre os temas apresentados. O que perturba é um público que oscila entre o silêncio insuportável e a apropriação abusiva do microfone. Ou seja, no período em que a assistência pode apresentar as suas dúvidas, avançando para um momento de sã discussão dos temas tratados, dá-se a situação - muito comum, pelos vistos - em que há quem não diga coisa alguma ou quem aproveita a situação para "contar a sua vida toda".
Esta situação traduz a angústia do orador ou do professor quando apresenta uma ideia ou dinamiza uma aula. À pergunta: "Que me dizem deste argumento?" ou "Compreendem agora a relação destas teses com as que são defendidas pelo autor X?", muitas turmas revelam este comportamento.
José M. Silva conclui que, face a esta angústia intensa e repetidamente vivida, fica aliviado quando ninguém levanta o braço para pedir a palavra.

Que pensam os leitores da situação descrita? E da conclusão apresentada?

Por mim, nem a situação me angustia, nem a conclusão se aceita.
Não sei - ainda - se é porque gosto de sofrer ou das surpresas e possibilidades que cada participante representa numa discussão.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bases de Dados




A utilização de bases de dados nos sistemas informáticos tornou-se banal nos dias de hoje. Toda a informação de suporte a qualquer aplicação informática é guardada em bases de dados.
A SQL (Structured Query Language) é uma linguagem padrão que permite extrair informação de uma base de dados da forma que se pretenda.
Para os alunos de Informática e para quem se interessa por bases de dados, a biblioteca adquiriu recentemente o seguinte título:

SQL - Structured Query Language, de Luís Damas

Obra fundamental, de leitura obrigatória, aborda a temática do acesso a bases de dados através da linguagem SQL - um standard internacional. As matérias são apresentadas de forma detalhada e pragmática, recorrendo a múltiplos exemplos de comandos que são explicados com o detalhe suficiente para se tornarem acessíveis, mesmo a leitores sem qualquer experiência de programação.

Mais informações sobre esta obra ou sobre a área de bases de dados? Aqui.
professor Marco Garcias

terça-feira, 13 de abril de 2010

Darwin revisitado


"Pela primeira vez foram sistematizadas em livro para o grande público as provas da evolução das formas de vida que Darwin deduziu em A Origem das Espécies. O polémico intelectual e zoólogo Richard Dawkins consegue-o de maneira brilhante, reunindo-as no que ele chamou "síntese pessoal".

in LER, nº 88, Fev. 2010

Sobre esta obra o professor Pedro Vitória partilha a sua leitura crítica. AQUI.
O livro está disponível na biblioteca