quarta-feira, 23 de março de 2016

The Library


Jason LaMotte, The Library, UK, 2015

Burger e Starbird



É difícil simplificar matérias profundas sobre o universo e o dia-a-dia. Mais complicado é encontrar alguém que o faça com humor e irreverência, fugindo aos padrões normais da partilha de conhecimento matemático.

Porém, Edward Burger e Michael Starbird conseguem-no. Em O Matemático Disfarçado, estes dois conceituados professores norte-americanos falam de coincidências, caos, números, infinito, ao sabor das datas, criptografia, origami, baralhos de cartas, cadeias de DNA e obras de arte.

Deixe-se levar pela sua intuição e seja divertidamente enganado. Surpreenda-se com o erro e aceite o desafio de virar as calças ao contrário com os pés atados ou de prolongar indefinidamente um baralho de cartas fora de uma mesa, sem cair.

As grandes questões tornam-se simples.
E o infinito fica mais perto.


A  BE/CRE agradece ao professor José Carlos Frias a oferta deste livro.
Cota: 51-BUR


Aula Aberta (3)


Aula Aberta dia 2 de março

O movimento das Luzes ou Iluminismo, como também ficou conhecido, foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII – apropriadamente designado por século das Luzes.

Mas porquê Luzes? A luz simboliza o conhecimento e tira o Homem da escuridão que representa a ignorância. Ora um dos principais ideais dos intelectuais iluministas era a valorização da educação e do conhecimento. A educação era o instrumento necessário para que o Homem pudesse pensar por si próprio e o conhecimento produzido racionalmente conduziria ao avanço da ciência, sinónimo de Progresso para a sociedade. Para eles, iluministas, o pensamento racional era o instrumento a utilizar para melhorar a sociedade e alcançar a liberdade – que consideravam o principal direito natural do individuo – e a felicidade, os governantes deviam organizar a sociedade de modo a garantir o bem-estar das populações.
Estas ideias de conhecimento, liberdade, felicidade vinham contra o contexto político, económico e social da época. De facto, estes intelectuais iluministas, na sua maioria de origem burguesa, criticavam a forma como a sociedade se organizava na altura, assente nas estruturas feudais e respetivos privilégios. Era uma sociedade muito desigual em que prevaleciam os direitos de nascimento – leis diferentes, acesso a certos cargos, só para referir algumas situações. De igual forma, apontavam o dedo à enorme influência da Igreja sobre a cultura e a sociedade, considerando-a responsável pela intolerância religiosa, fanatismo e bloqueio da evolução do conhecimento/racionalidade e do progresso científico, ao mesmo tempo que criticavam o regime político absolutista em vigor na maioria dos Estados europeus da época, em que os monarcas concentravam nas suas mãos todos os poderes, intervindo em todos os setores e não admitindo críticas à sua atuação (ausência de liberdade de expressão).

Os pensadores iluministas ao defenderem a separação de poderes, o contrato social como base da Soberania Nacional, a separação entre o Estado e a Igreja, a igualdade perante a lei e o direito à liberdade, à segurança e ao bem-estar marcaram de tal forma a sua época que acabaram por contribuir decisivamente para as mudanças políticas e sociais que tiveram lugar na Europa e no continente americano a partir dos finais do século XVIII, através das revoluções liberais.
Chegando a este ponto poderá pensar-se: pois, isto é tudo muito bonito mas estas ideias já têm quase trezentos anos, os pensadores iluministas já morreram todos e já não temos nada a ver com isto. Ou temos?

Cabe-nos agora refletir sobre o assunto. Se analisarmos com atenção o mundo que nos rodeia chegaremos à conclusão que, afinal, as ideias iluministas continuam bem atuais e a sua aplicação, ou não, afeta-nos diariamente.
O direito que cada um tem à liberdade individual é reconhecido por todos mas quantas vezes não surgem notícias na comunicação social referindo-se a casos de escravatura (exploração pessoal e económica) espalhados por esse mundo fora, muitos deles fomentados por empresas oriundas de países ditos democráticos que se deslocalizam em busca do lucro fácil e da desregulamentação do trabalho?
Garantir o direito dos cidadãos à segurança é uma das principais responsabilidades dos Estados mas estão bem frescos na nossa memória os vários atentados levados a cabo em várias regiões do globo e que têm abalado as estruturas de funcionamento e as liberdades individuais nos países ditos democráticos. Até onde estamos dispostos a abdicar das nossas liberdades individuais para viver sem medo?
E o direito ao bem-estar? Deve ser garantido pelos governos eleitos e que governam em representação dos povos e para os povos. Com as crises cíclicas fomentadas pelo liberalismo económico não há bem-estar que resista (educação, saúde, solidariedade social, habitação, lazer…). O número de pobres aumenta e assiste-se a uma regressão nas condições de vida e de trabalho das populações. Enquanto isso, os casos de corrupção entre os governantes vão sendo postos a descoberto (como aquele que grassa no Brasil no mesmo instante em que redijo estas linhas). Utilizam os cargos não para trabalharem em prol das populações mas em prol de si próprios, familiares e amigos.

Enfim… coitados dos iluministas… se viajassem no tempo até aos nossos dias iriam voltar a insistir na necessidade de modificar a sociedade e a organização política... 

professora Cecília Oliveira


sexta-feira, 4 de março de 2016

João Tordo (2)


Concurso Nacional de Leitura


Cota: 821.134.3 TOR


[encomendado]


João Tordo e Afonso Cruz são os autores selecionados no âmbito do Concurso Nacional de Leitura para o ensino secundário.
Dia 30 de abril os alunos concorrentes  prestarão provas sobre estas obras.

A biblioteca dispõe de 5 exemplares do livro de João Tordo.