sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cineconvida (2)

 



Steven Spielgberg realiza um drama focado nos últimos meses de Abraham Lincoln como 16º presidente dos Estados Unidos da América. Numa nação dividida pela guerra, Lincoln persegue dois objetivos vitais: unir o país e abolir a escravatura. A sua coragem moral e determinação, neste momento crítico da história americana, mudarão para sempre o destino de gerações vindouras.
 
Na pele do 16º presidente americano está Daniel Day-Lewis, ator inglês que se arrisca a ganhar um terceiro Óscar na categoria de melhor ator principal.
 
Tudo boas razões para aceitar o nosso convite e marcar presença em mais um encontro cinematográfico  - dia 2 de fevereiro no Oeiras Parque -   seguido de tertúlia algures num local acolhedor que convide à partilha de perspetivas e sabores.


professora Manuela Martins
Clube de Cinema

 

Peter Atkins

 
O dedo médio, conservado, da mão direita de Galileu foi separado do corpo um século após a morte do cientista e encontra-se exposto no Museu de História da Ciência, em Florença. Galileu apontou o caminho e foi o grande responsável pelo ímpeto da ciência moderna, afastando-a definitivamente do obscurantismo medieval.
 
Assim, em última instância, é graças a Galileu e ao facto de ele nos ter mostrado o caminho e o método certos que temos hoje a possibilidade de nos debruçarmos sobre as grandes ideias da ciência. Destas, as dez maiores, segundo Peter Atkins, relacionam-se com a evolução, o ADN, a energia, a entropia, os átomos, a simetria , os quanta, a cosmologia, o espaço-tempo e a aritmética.
 
Neste brilhante relato das ideias centrais da ciência contemporânea, o consagrado autor Peter Atkins celebra o poder do método científico face à mera especulação na revelação da natureza do nosso universo, do nosso mundo e de nós próprios.


«Abre os nosso olhos para a poesia da ciência profunda. (...) A prosa erudita de Atkins deixa-nos inspirados, realizados, enriquecidos e convenientemente vivos».
Richard Dawkins
 
«Este livro é o guia perfeito para o indivíduo leigo e inteligente que sempre quis compreender mais profundamente a ciência, mas não sabia por onde começar».
The Times
 
 
O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 53 - ATK
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nicholas Carr




«A questão, no fundo, não é se as pessoas ainda conseguem ler ou escrever um livro de vez em quando. É claro que conseguem. Quando começamos a utilizar uma nova tecnologia intelectual, não mudamos de imediato de um modelo mental para outro. O cérebro não é binário. Uma tecnologia intelectual exerce a sua influência ao mudar o centro da atenção do nosso pensamento. Embora os primeiros utilizadores da tecnologia já consigam muitas vezes sentir as alterações nos seus padrões de atenção, cognição e memória enquanto os seus cérebros se adaptam ao novo meio de comunicação, as transformações mais profundas desenrolam-se mais lentamente, ao longo de várias gerações, à medida que a tecnologia fica cada vez mais envolvida no trabalho, no lazer e na educação - em todas as normas e práticas que definem uma sociedade e a sua cultura.

Como é que o modo como lemos se está a alterar?  Como é que o modo como escrevemos se está a alterar? Estas são as perguntas que deveríamos estar a colocar, tanto em relação a nós como em relação aos nossos filhos.» 

Ibidem, pág. 246



O livro de Nicholas Carr The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brains, foi finalista dos prémios Pulitzer de não-ficção. Como o título indica, centra-se no impacto da Internet no nosso cérebro e nos efeitos perversos do seu lado distrativo, errático e rápido.

Este é um tema a que se tem dedicado e que o levou a escrever um ensaio amplamente divulgado no meio, Is Google making us stupid? (pode ler-se na edição online da revista The Atlantic), onde relata a sua experiência de leitura pós-Internet e os efeitos na memória e concentração.
Autor ainda de The Big Switch: Rewiring the World, from Edison to Google (2008) e de Does IT Matter? (2004), tem debatido o seu ponto de vista em várias universidades pelo mundo.

Fonte: jornal Público.

Entrevista do autor publicada a 28/11/2012: aqui.

 
 
O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 82-3 CAR

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Web Prevention & Prevention Web



Realizou-se no passado dia 11, no Estoril, um simpósio internacional Web Prevention & Prevention Web sobre a intervenção e prevenção do uso indevido e do abuso das novas tecnologias de comunicação. O evento foi promovido pelo CADIN, Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil e contou com intervenções de psicólogos, médicos e educadores provenientes de países como Itália, França, Espanha e Dinamarca.
Para além dos coordenadores do Cadin,  o simpósio contou ainda com a participação da jornalista Bárbara Wong do Jornal O Público e de Cristina Ponte do Departamento Ciências da Comunicação da FCSH – UNL, Coordenadora do projeto EU Kids Online.

As intervenções debruçaram-se sobre o novo paradigma de socialização que a dependência das novas tecnologias cria nas crianças e nos jovens, sendo equacionada a possibilidade de os comportamentos aditivos poderem fazer parte de patologias aditivas de origem nervosa, uma espécie de “vício sem substâncias psico-ativas”.
Para os intervenientes, este processo de dependência ou de adição pode constituir-se como um obstáculo à socialização e, o que constitui uma nova liberdade para muitos jovens,  representa todo um novo conjunto de receios e desafios para os educadores. As novas tecnologias da comunicação vieram, assim, levantar questões e, eventualmente, gerar novos problemas. São exemplos destes as “novas” adições “sem substâncias”, as “novas” formas de invasão ou perda de privacidade, o “cyberbullying”, a insinuação a coberto do anonimato.
A falta de formação de pais e educadores é, contudo, fortemente limitadora da sua capacidade de intervenção. Verdade é que, para nos protegermos da “web” há que, inevitavelmente, saber usar a “web” de forma prevenida.

Este simpósio constitui-se como o ponto de partida de um projeto de intervenção alargado, em rede, a nível nacional, nos domínios da prevenção e da formação para a utilização correta das novas tecnologias da comunicação.
Recorde-se que a BE/CRE da ESLC participa no projeto EU Kids Online, tendo já realizado um inquérito aos alunos sobre os hábitos de utilização da internet. Prevê-se a realização de mais ações no âmbito deste projeto, de forma a alargar à comunidade educativa a reflexão em torno destas questões.

Endereços úteis:
http://www.cadin.net/sem-categoria/simposio-internacional-web-prevention-prevention-web/
http://www.seguranet.pt/blog/
http://www.seguranet.pt/tiras-seguranet


professora Ana Falé


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vargas Llosa (2)




Na civilização dos nossos dias é normal e quase obrigatório que a cozinha e a moda ocupem uma boa parte das secções dedicadas à cultura e que os «chefs» e os «costureiros» e «costureiras» tenham agora o protagonismo que antes tinham os cientistas, os compositores e os filósofos. Os fornos, os fogões e as passarelas confundem-se dentro das coordenadas culturais da época com os livros, os concertos, os laboratórios e as óperas, assim como as estrelas de televisão e os grandes futebolistas exercem sobre os costumes, os gostos e as modas a influência que antes tinham os professores, os pensadores e (mais antigamente) os teólogos. (...)
Não digo que esteja mal o ser assim. Digo, simplesmente, que é assim.
 pág.35

A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política são sintomas de um mal maior que afeta a sociedade contemporânea: a ideia temerária de converter em bem supremo a nossa natural propensão para nos divertirmos.
No passado, a cultura foi uma espécie de consciência que impedia o virar as costas à realidade. Agora, atua como mecanismo de distração e entretenimento. A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio.
A Civilização do Espetáculo é uma duríssima radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, pelo olhar inconformista de Mario Vargas Llosa.

Ibidem.


Podcast  de Carlos Vaz Marques em  O Livro do Dia, na TSF, aqui.



O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 82-3 LLO

2013