sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Miguel Real



Mensagem, obra maior da poesia contemporânea, é um dos textos essenciais da cultura portuguesa

Esta edição de uma das mais famosas criações de Fernando Pessoa analisa detalhadamente cada poema, desvenda as palavras do poeta e clarifica a informação histórica que lhe está subjacente.

Elaborada de forma a possibilitar uma leitura acessível, quer ao aluno do ensino secundário, quer ao leitor mais íntimo da obra pessoana, Mensagem comentada por Miguel Real é uma obra de referência para se conhecer de forma mais profunda e rigorosa o maior poeta do séc. XX e um dos textos fundamentais da cultura portuguesa.

Cota: 82-1

Nicholas Humphrey



«Nicholas Humphrey é um dos «mais notáveis investigadores da natureza e dos mecanismos da consciência. Neste livro, debruça-se sobre a evolução da espiritualidade numa visão ampla e profunda, que não esquece o contributo de humanistas, poetas e ficcionistas (tantas vezes "neurocientistas" sem o saberem) para decifrar o mysterium tremendum da alma»

João Lobo Antunes


Como é possível a consciência?
A que finalidade biológica se destina?

Em Poeira da Alma, Nicholas Humphrey, figura cimeira da investigação mundial no campo da consciência, avança uma nova teoria surpreendente. A consciência, afirma, não é senão um espetáculo de magia e mistério  que representamos para nós próprios dentro das nossas cabeças. Este espetáculo autocriado ilumina-nos o mundo e faz-nos sentir especiais e transcendentes. Assim, a consciência abre caminho à espiritualidade e permite-nos, enquanto seres humanos, colher os frutos e ansiedades de viver no que Humphrey chama «o nicho da alma».

Baseando-se na neurociência e na teoria da evolução, mas indo beber a um manancial de fontes, da filosofia à literatura, esta obra de argumentação rigorosa e intelectualmente estimulante é leitura obrigatória para quem se interroga sobre a imponência e o assombro da consciência.

Cota: 159.95 HUM



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Luís Fernandes e Sónia Seixas



O livro inclui um CD-ROM com materiais editáveis.

Cota: 371.5 FER

______________________________

A pedido da Plátano Editora o livro encontra-se à venda na BE.


Workshop






Os documentário publicado neste post  é uma  sugestão da professora Ana Silva no âmbito do workshop para professores  «Plano Bullying - Como apagar o bullying na escola» que decorreu no dia 4 de fevereiro no auditório.

O slideshare aqui publicado é da autoria do  Psicólogo que dinamizou a sessão, Dr Luís Fernandes.




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Novela gráfica




Uma história dramática de loucura e razão, amor e guerra.

Esta novela gráfica inovadora baseia-se na vida enquanto jovem do brilhante filósofo Bertrand Russell e na sua busca apaixonada da verdade. Atormentado por segredos familiares e incapaz de saciar a sua curiosidade juvenil, Russel  tornou-se obcecado por um objetivo prometeico: estabelecer o fundamento lógico de toda a matemática.
Na sua incessante busca da verdade absoluta, Russel cruzou-se com pensadores lendários como Gottlob Frege, David Hilbert e Kurt Gödel, e encontrou um aluno apaixonado por Ludwig Wittgenstein. Mas o objetivo da sua busca definidora parecia estar sempre um pouco mais adiante.
No amor e no ódio, na guerra e na paz, Russell continuou persistentemente a sua missão com a teimosia que ameaçou por em perigo a sua carreira e a sua felicidade pessoal, levando-o finalmente ao limiar da loucura.

Logicomix é, ao mesmo tempo, um romance histórico e uma introdução acessível, mas rigorosíssima, a algumas das mais importantes ideias da matemática e filosofia modernas. Com caracterizações ricas e uma ilustração expressiva que transporta o leitor para o ambiente da época, a obra transforma a busca destas ideias numa história apaixonante.

Rigorosa e engenhosamente construído, este livro lança luz sobre as lutas internas de Russell, ao mesmo tempo que as coloca no contexto das perguntas intemporais a que o filósofo e matemático passou a vida a tentar responder. No seu âmago, Logicomix é uma história sobre o conflito existente entre uma racionalidade ideal e o imutável e imperfeito tecido do real.



sábado, 7 de fevereiro de 2015

Rodolfo Castro (4)




Rodolfo Castro aprendeu que a literatura - tal como a música, o teatro, as viagens, o amor, as artes plásticas, o mistério, os sonhos, a dança - nos acrescenta vida. Dialogando com o leitor acerca das suas perceções sobre a aprendizagem, a leitura e a narração oral, e tendo em mente que a leitura transcende os livros e que é mais uma atitude perante o mundo do que uma aptidão perante os signos da linguagem escrita, o autor procura refletir, sem pretender convencer nem rebater outras visões. Interroga-se, interrogando-nos, na busca de novas perguntas, fugindo a velhas respostas. Até porque, afinal, «é quase tudo intuição: intuição leitora, intuição narrativa». A intuição de viver...

Cota: 82-3 CAS



Ninguém se lembrava do dia em que Jacinto havia contado o seu primeiro conto debaixo da árvore. No bairro, dizia-se que sempre estivera ali. Alguns anciãos afirmavam que apenas os contos eram anteriores a ele. E havia ainda quem afirmasse que a árvore, as casas e tudo o resto só existiam porque Jacinto os narrava. Todos acreditavam que os seus contos seriam escutados para sempre.


Cota: 821.134.3 CAS




Ler em voz alta (2)



Desde o seu surgimento, há 5.200 anos atrás, na Mesopotâmia, que a escrita foi criada com a finalidade de ser lida em voz alta e, por isso, continha na sua própria estrutura elementos de oralidade que, para além de atraírem a atenção do leitor e de envolverem emocionalmente o recetor, facilitavam o entendimento da mensagem. Os elementos de oralidade a que nos referimos são, entre outros, as repetições, as redundâncias e os pleonasmos, as metáforas, as hesitações, os trocadilhos, os alongamentos, as rimas, as frases feitas, os ditos populares e a gíria.
O avanço da ciência e da técnica impôs à escrita uma crescente abstração e depuração dos seus elementos orais que, nessa medida, tem evoluído no sentido de uma maior objetividade e neutralidade.
Fomos educados e somos educadores neste paradigma das Luzes e, nesta medida, cultivamos o uso da palavra (logos) escrita (divorciada da oralidade) e do silêncio. Só assim se compreende que nos seja tão difícil ler em voz alta fazendo uso de todos os recursos expressivos da voz (volume, velocidade, tom) e do corpo (gestualidade) que para as crianças é tão natural.

Lutando contra a nossa resistência para ler em voz alta, o narrador oral argentino, Rodolfo Castro, instruiu, com paciência e sentido de humor, os professores do Agrupamento e os professores bibliotecários do concelho de Sintra presentes na ação de formação, nesta arte de ler em voz alta, mostrando que o trabalho em conjunto e o uso consciente e controlado da voz e do corpo contribui para um maior envolvimento e compreensão dos textos escritos. Enfim, uma tarde divertida na qual quase voltamos a ser crianças!

professora Liliana Silva