sexta-feira, 27 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "O tango: quatro conferências"

Título:O tango : quatro conferências
Autor(es):Jorge Luis Borges ; trad. Cristina Rodriguez e Artur Guerra
Publicação:Lisboa : Quetzal, 2018
Descrição física:142, [2] p.
Notas:Tít. orig.: El tango : cuatro conferencias
ISBN/ISSN:ISBN 978-989-722-423-2

SINOPSE
O tango, a sua entrada na cultura argentina e universal, é o tema destas seis conferências inéditas de Borges.
Escreve Borges: «Sabemos, ouvindo um tango velho, que houve homens valentes. O tango dá-nos a todos um passado imaginário. Estudar o tango não é inútil, é estudar as diversas vicissitudes da alma.»

Em 1965, Jorge Luis Borges deu quatro conferências sobre tango, que durante muito tempo ficaram esquecidas e que agora se publicam - mais de trinta anos após a morte do escritor. É um Borges luminoso e brilhante, que se permite recitar e cantar durante as conferências, ao mesmo tempo que descreve a origem, os símbolos e os mitos da grande música do Rio de Prata.

Para Borges, o tango surge clandestinamente em Buenos Aires por volta de 1880, em simultâneo com o jazz americano. Era um género perigoso e malvisto, desgraçado, bajofondo. Nestes textos notáveis e coloridos, o retrato de Borges vai além da descrição de uma dança ou de uma melodia - conta a história do porto e dos bairros de Buenos Aires, e do seu violento lirismo de navalha e sangue: «O tango dá-nos a todos um passado imaginário». Por isso, conhecer o tango é conhecer o lado negro da alma portenha, que entrou na literatura com esse universo de compadritos, "mulheres de má fama", histórias de amor e morte, com um tom valente e feliz que depois seria também triste e melodramático.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "O senhor Brecht e o sucesso"


Título:O senhor Brecht e o sucesso
Autor(es):Gonçalo M. Tavares ; posf. Alberto Manguel ; des. Rachel Caiano
Publicação:Lisboa : Relógio D'Água, 2018
Descrição física:71, [5] p. : il.
Colecção:(Cadernos de Gonçalo M. Tavares O bairro ; 11.
ISBN/ISSN:ISBN 978-989-641-854-0

SINOPSE
O senhor Brecht é um contador de histórias, histórias por vezes políticas e com um certo humor negro.

Tem sucesso e isso é um problema.

segunda-feira, 23 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "O rinoceronte do rei"

Título:O rinoceronte do rei : A saga de um animal exótico, símbolo da ambição e das conquistas dos portugueses
Autor(es):Sérgio Luís de Carvalho
Publicação:Lisboa : Clube do Autor, 2019
Descrição física:291, [4] p.
ISBN/ISSN:ISBN 978-989-724-485-8

SINOPSE
Esta é a história do rinoceronte que chegou a Lisboa em maio de 1515 e que espantou toda a Europa.

Esta é a história do seu tratador indiano e de Esperança, de Modafar o sultão de Cambaia, do impressor morávio do rei de Portugal e do pintor alemão que se embasbacou com o dito bicho e o celebrizou.

Esta é a história do capitão Rusticão de um frade piedoso e do seu cão, de duques homicidas, de índios canibais, de mercadores e de escravos, de imperadores e de papas, de reis invejosos, poderosos e deprimidos e de médicos italianos que escreviam má poesia.

Esta é a história dos lisboetas de quinhentos, dos ricos aos pobres, das viúvas alucinadas aos marinheiros, dos oficiais aos arquite

sexta-feira, 20 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "O pai da menina morta"

Título:O pai da menina morta
Autor(es):Tiago Ferro
Publicação:Lisboa : Tinta-da-China, 2018
Descrição física:187, [4] p.
ISBN/ISSN:ISBN 978-989-671-456-7

SINOPSE
O mecanismo é cruel, mas entra automaticamente em acção a partir do momento em que o narrador sai do enterro da sua filha de oito anos: agora, ele vai ser sempre O Pai da Menina Morta. A partir da dor e da reconfiguração do mundo que acontece após essa perda indizível, este romance de estreia (construído a partir de uma tragédia pessoal) reúne coragem, agonia, tristeza, humor e vitalidade para captar, dentro do possível, o impacto da morte de uma filha na vida do pai.

Romance fragmentado, composto por secções que formam uma espécie de estrutura caleidoscópica do luto, o livro de Tiago Ferro não se limita a ser um inventário da dor, ampliando o registo de um episódio devastador a partir da manipulação consciente e irónica de temas como auto-imagem, sexualidade, humor, casamento, amizade, confissão, memória, fabulação e vida contemporânea.

Novidade na biblioteca: "O mundo precisa de saber"

Título:O mundo precisa de saber
Autor(es):Gustavo Carona ; pref. Jorge Sampaio
Edição:2.ª.
Publicação:Lisboa : Ego editora, 2018
Descrição física:304 p. : il.

SINOPSE
Relato na primeira pessoa, ilustrado com fotografias, da presença do médico Gustavo Carona em quatro cenários de guerra, ao serviço dos Médicos Sem Fronteiras. Neste livro, conta como foram as mis¬sões humanitárias que o levaram à República Democrática do Congo, Pa¬quistão, Afeganistão e Síria.

Escrito de forma dura, mas emotiva, feito de sangue, suor e lágri¬mas, este é um livro que mostra a realidade vivida no dia-a¬-dia de algumas das maiores catástrofes, onde, acima da geopolítica e dos interesses económicos, o que conta são as pessoas.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Novidade na biblioteca: O Cavaleiro da Armadura Enferrujada

Título:O Cavaleiro da Armadura Enferrujada
Autor(es):Robert Fisher
Publicação:Queluz de Baixo : Editorial Presença, 2009
ISBN/ISSN:ISBN 978-972-23-3225-5
SINOPSE
O Cavaleiro da Armadura Enferrujada é um conto destinado a todos os leitores, aos quais transmite alegria e satisfação, deixando sempre uma mensagem subtil e profunda capaz de mudar vidas. Trata-se de uma história belíssima que nos cativa pela escrita poética e luminosa e pela simplicidade com que nos revela algo de muito importante. Esta obra-prima fala-nos de um homem disposto a ultrapassar todos os obstáculos para encontrar o seu verdadeiro eu. O primeiro passo do cavaleiro na sua viagem iniciática é também o nosso primeiro passo no caminho misterioso da Verdade e da Vida. Esta leitura suscita a expansão da nossa mente e não nos deixa iguais ao que éramos, quaisquer que sejam as nossas raízes espirituais, filosóficas e religiosas. Ensina-nos, com lucidez e sentido de humor, a sermos livres.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "O caminho imperfeito"

Título:O caminho imperfeito
Autor(es):José Luís Peixoto ; il. Hugo Makarov
Publicação:Lisboa : Quetzal, 2017
Descrição física:189, [3] p. : il

Resumo:José Luís Peixoto descreve-nos uma sua viagem à Tailândia. Numa narrativa viva e pormenorizada conhecemos a cultura, os usos e costumes daquele povo e daquele país. Sem juízos de valor, apesar de ser o olhar de um ocidental sobre um mundo absolutamente diferente, constrói um retrato vivo da Tailândia e do seu modus vivendi. Esta narrativa, que se insere naquilo a que chamamos literatura de viagem, é ainda pontuada por relatos das suas viagens a Los Angeles e da sua infância.. - [Resumo da responsabilidade do Plano Nacional de Leitura 2027]
ISBN/ISSN:ISBN 978-989-722-356-3

Livro da semana: "O Egipto, Notas de Viagem"


Título:
O Egipto, Notas de Viagem
Autor:
Eça de Queiroz
N.º de págs.
153
Sinopse:












   «Mas o bazar que mais surpreende no Cairo é o Bazar de Kan-Kabil, que assenta sobre o lugar onde se erguiam outrora os túmulos dos Califas.
    Ali, as ruas são estreitas e sombrias como fendas, cobertas de tábuas mal unidas, que formam um tecto original em que aparecem, às riscas, tiras de céu azul; outras são veladas por largos panos azuis e vermelhos, lançados de um lado ao outro, como docéis de pavilhões. Há um sossego extremo; anda-se devagar, olhando; o rumor das vozes é abafado pelos fardos, pelos nichos, pelo toldo. As ruas são de terra seca e dura: não se ouvem os passos. Os nichos dos mercadores parecem pequenos nichos de Santos. Ali vendem-se sedas, jóias, armas, vestuários, estofos bordados, objectos de cobre, de prata ou de ouro.»  (Eça de Queiroz)
   «O exotismo real matou, em Eça, o rebuscado literário. O rigor do pormenor, a exactidão do traço, a fidelidade da sensação vão ser, a partir de agora, notas dominantes nos seus textos.» (Filomena Mónica)

sexta-feira, 13 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "António Lobo Antunes: o amor das coisas belas (ou pelo menos das que eu considero belas"


António Lobo Antunes:  amor das coisas belas (ou pelo menos das que eu considero belas) de Jorge Reis-Sá;
Ilustração: Nicolau
Edição: INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda, junho de 2018
ISBN: 9789722725484
SINOPSE:
A Imprensa Nacional apresenta o novo volume da coleção Grandes Vidas Portuguesas, dedicado a um vulto da cultura portuguesa contemporânea: António Lobo Antunes. Através de uma narrativa que estimula a investigação de respostas que não se encontram no livro, António Lobo Antunes. O Amor das Coisas Belas (Ou pelo menos das que eu considero belas), leva os leitores mais jovens a conhecer e a partilhar o mundo múltiplo do escritor que se tornou um dos autores mais lidos e traduzidos em todo o mundo. «O António nasceu para escrever, mas cresceu para ser médico. o pai do António era médico e o irmão João também. o irmão Nuno ainda é. Mas o António era um médico diferente - aos olhos do pai - porque não curava pessoas com gesso, antes a infelicidade com livros.»

quarta-feira, 11 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "Literatura-mundo comparada: perspectivas em português"

Título:Literatura-mundo comparada : perspectivas em português
Autor(es):coord. geral Helena Carvalhão Buescu e Inocência Mata
Publicação:Lisboa : Tinta-da-China, 2017


SINOPSE: A mais ambiciosa das antologias em português quer reunir toda a literatura do mundo Literatura-Mundo: três partes, sete volumes, a começar pelos Mundos em Português Luís de Camões, Fernando Pessoa, Mia Couto, Maria Teresa Horta, José Eduardo Agualusa, Herberto Helder, Paulina Chiziane, Nelson Rodrigues, Eça de Queirós, Clarice Lispector, José Luandino Vieira, Germano de Almeida e Sophia de Mello Breyner Andresen são apenas alguns dos mais de cem escritores representados na primeira parte da antologia Literatura-Mundo Comparada: Perspectivas em Português. Nos dois primeiros volumes, intitulados Mundos em Português, este ambicioso projecto faz uma leitura ampla de toda a literatura escrita originalmente em português, desde a Idade Média até ao presente, incluindo notas críticas sobre cada autor. Nos volumes seguintes, a Literatura-Mundo vai ter uma parte dedicada à Europa e outra às restantes tradições literárias mundiais, sempre a partir da perspectiva daquilo a que se pode aceder em língua portuguesa, incluindo traduções inéditas.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "Milkman"

Título:Milkman
Autor(es):Anna Burns ; trad. Miguel Romeira
Publicação:Porto : Porto Editora, 2019
Descrição física:378, [3] p.
ISBN/ISSN:ISBN 978-972-0-03206-5
Sinopse: Nesta cidade sem nome, ser interessante é perigoso. A irmã do meio, protagonista deste romance, empenha-se em evitar que a sua mãe descubra a identidade do namorado e em não dar explicações sobre os encontros com o leiteiro. Mas quando o cunhado um descobre a situação e começa o rumor, a irmã do meio torna-se «interessante». A última coisa que queria ser. Porque, nesta cidade, ser interessante implica que te prestem atenção e isso é perigoso.

Num original misto de inocência e perspicácia, com um estilo único, torrencial e anónimo muito próprio da oralidade, a narradora partilha com o leitor a sua vida, profundamente marcada pela violência física e psicológica.

Milkman, de Anna Burns, é uma comovente história feita de rumores e falatório, de aceitação e resistência, de silêncio e surdez intencional, que decorre no auge dos conflitos entre as duas irlandas e que espelha o que de pior há no ser humano.

Livro da semana: "Cartas da Beatriz"


Título:
Cartas da Beatriz
Autor:
Maria Teresa Maia Gonzalez
N.º de págs.
102
Sinopse:












        (…) Hoje na aula de Português, depois de termos lido um poema sobre o mar, pus-me a pensar e concluí que sou uma ilha. Em casa e na escola. (…) Vivo rodeada de um mar de gente que não me conhece e que eu preferia não conhecer. A qualquer momento, o mar pode afundar esta ilha. Uma onda maior pode aparecer e submergi-la. Submergir-me. Sou uma ilha distante de todas as outras ilhas.
 
Beatriz não é uma personagem de uma história terrível que a todos nos envolve e envergonha. É um exemplo demasiado verídico das situações que se têm vindo a banalizar no nosso quotidiano: urbano, escolar e quase anónimo. As suas cartas são gritos contidos, contas de uma solidão e agressão diárias que passam, ignoradas ─ como num mundo paralelo ─ ao lado das ocorrências e urgências diárias do mundo dos adultos. Beatriz é uma adolescente que não é capaz de vencer nem o seu medo nem a sua dor, diante da desproporção da violência que um grupo de alunas da mesma turma sobre ela exerce continuamente e se refugia na escrita de cartas para um pai ausente. Mas tal como o pai que foi viver para longe após o divórcio, a mãe, os professores, os próprios companheiros de turma, estão igualmente alheados dos seus problemas e da sua angústia que lhe tira o sono e a saúde. Ela escreve, talvez, porque ler é quase a única coisa boa da sua vida, como afirma. Ela escreve para tentar ser outra, ainda mais forte do que já é, por dentro da sua tragédia e fracasso. Ou seja, é a sensibilidade e o talento da autora que criam a Beatriz de carne e osso e nos tornam destinatários da mensagem: não podemos ignorar, não podemos estar ausentes. Para que nenhuma pessoa, no seu desamparo, se possa tornar uma ilha deserta num qualquer mar longínquo.  

(A autora também dedicou este livro à Comunidade Educativa desta Escola)

Filme da semana: "Lawrence da Arábia"


Título:
Lawrence da Arábia
Realizador:
David Lean
Duração:
216m
Sinopse:











O argumento do filme baseia-se na biografia de T. E. Lawrence (1888-1935) descrita no seu livro Sete Pilares da Sabedoria. O filme explora a excentricidade e a personalidade enigmática de Lawrence. Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente de exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a Península Arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exército britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a Península Arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a libertarem-se dos turcos. O filme mostra quatro episódios principais da vida de Lawrence durante a sua estada na Arábia: a conquista de Aqaba; o seu rapto e tortura pelos turcos em Deraa; o massacre de Tafas; e o fim do sonho árabe de Damasco.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Novidade na biblioteca: "Mãe, promete-me que lês"

Título:Mãe, promete-me que lês
Autor(es):Luís Osório
Edição:2.ª ed.
Publicação:Lisboa : Guerra e Paz, 2018
Descrição física:156, [4] p.

ISBN/ISSN:ISBN 978-989-702-428-3
Sinopse: Luis Osório abre sem reservas o seu álbum de família. Numa relação convulsa e intimista, folha a folha, conta-nos pormenores de vivências extremas que nos emocionam devastadoramente e nos confrontam com a terrível complexidade das relações familiares.
Ousadas, pungentes, ternas, estas são as recordações de um homem que confessa ter medo, muito medo de voltar a perder alguém, medo de morrer porque gosta muito de viver.
Um relato emotivo de um filho, que decide abrir o baú das suas memórias, de onde surgem personagens que podiam ser de ficção, mas são reais.
Ficam as questões: «Um dia prometes-me que lês? Consegues ler onde estás?» Que mais pode ele desejar? «Continua comigo, mãe.»
Depois de A Queda de um Homem, seu primeiro romance, que seduziu a crítica, Luís Osório refirma, neste seu novo livro, um ponto-chave da sua escrita, o da literatura como valor absoluto. Mãe, promete-me que Lês é a literatura a entrar pelos territórios da realidade,a contaminá-la, a torná-la mais suportável.