sexta-feira, 22 de junho de 2012

quase-autobiografia



Fernando Pessoa, uma quase-autobiografia

«Conheci Fernando Pessoa em 1966, pela voz de João Villaret. Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e me oprime.»

Enamorado desta figura de romance por escrever e de uma obra imensa que dispensa apresentação, José Paulo Cavalcanti Filho (*) partiu à descoberta do homem que aqui nos dá a conhecer, de corpo inteiro: um Fernando Pessoa multifacetado, homem vaidoso, com dons de inventor e astrólogo, de ambições desmedidas e existência modesta; uma vida banal e triste para uma obra verdadeiramente universal.
Da reconstutição das esferas culturais da época aos pormenores do quotidiano, Cavalcanti decifra a vida por trás das palavras, a solitária multidão de um só Pessoa.

Um livro absolutamente invulgar, extraordinário, apaixonado.

José Carlos de Vasconcelos,  Apresentação, pág.9, ibidem.

Estão disponíveis na biblioteca dois exemplares da obra.

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(*) Advogado no Recife, Consultor da UNESCO e do Banco Mundial, ex-Ministro da Justiça. Nasceu em 1948 e é membro da Academia Pernanbucana de Letras.

Mostra de trabalhos dos Cursos EFA (3)







3ª Mostra de Trabalhos dos Formandos dos Cursos EFA e PPT

No passado dia 13 de junho pelas 19h30m foi inaugurada a 3ª Mostra de Trabalhos dos Formandos dos Cursos Efa e dos alunos de Português Para Todos (PPT).
À semelhança de anos anteriores, também este ano contámos com a presença da Direção da Escola e do Presidente do Conselho Geral, de representantes da autarquia e da Associação de Pais e Encarregados de Educação que muito elogiaram o trabalho realizado
A preceder a inauguração, pudemos contar com a colaboração artística de um grupo de alunos da Escola Básica 2/3 Padre Alberto Neto que, acompanhados dos seus professores de Educação Musical, nos presentearam com um atualíssimo repertório musical que muito agradou à assistência.
Parabéns a todos pelo empenho e entusiasmo.


professora Maria do Carmo Silva


Fundação José Saramago






Na Casa dos Bicos, está patente a exposição permanente A Semente e os Frutos, que reúne livros que Saramago traduziu, manuscritos, notas pessoais, agendas, recortes de jornais e os livros do autor, com uma seleção de exemplares em português e edições noutras línguas.

Poesia, crónicas, romances, fotografias que recordam as amizades de Saramago, a actividade cívica e política, a família - os avós da Azinhaga, a quem aludiu no discurso na Suécia, na altura da entrega do Nobel, em 1998 - cobrem as paredes do espaço expositivo.

Também está disponível equipamento de áudio com entrevistas, discursos e vídeos documentais.
No fim da exposição há um espaço onde foi reproduzido o primeiro escritório onde Saramago escreveu, contendo a secretária e outros objectos pessoais, como os óculos e a máquina de escrever.
No segundo andar do edifício,  funciona a loja da Fundação, onde serão vendidos os livros do Nobel da Literatura em diferentes idiomas.

Fonte: Lusa/SOL, 14/06/2012

A entrada na Fundação José Saramago é livre até ao final de junho.
A  revista literária digital, Blimunda, pode ser descarregada no sítio da Fundação.

Fonte: Lusa/SOL, 14/06/2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Jogos da Fome



«Estava tão obcecada por este livro que o levava para a mesa de jantar e o mantinha debaixo da mesa, para não ter de parar de o ler».  Stephenie Meyer

«Um enredo brilhante e um ritmo perfeito.» The New York Times

«Um livro absolutamente assombroso... de leitura compulsiva e obrigatória.»
Teen Titles Book Review Magazine


Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Uma anterior revolta fracassada dos Distritos contra Capitol resultou num acordo de rendição em que todos os distritos se comprometeram a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos  Jogos da Fome - um espetáculo sangrento de combates mortais. No final, apenas um destes jovens escapará com vida...

Katniss Everdeen é uma adolescente que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, o que a obrigará a escolher entre a sobrevivência e a solidariedade. Conseguirá, face às circunstâncias, conservar a sua vida e a sua humanidade?

Um enredo surpreendente  e  personagens inesquecíveis elevam este romance -  primeiro da trilogia Os Jogos da Fome  - às mais altas esferas da ficção científica.

A versão cinematográfica,  com realização de Gary Gross, conta com Jenniffer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth e Lenny Kravitz nos principais papéis.

Ibidem.



O livro está disponível na biblioteca.




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dalton Trevisan



Prémio Camões 2012

No Brasil, Dalton Trevisan é a grande referência de isolamento, tornando-o um quase mito – recusa até mesmo a fala com seus editores. Envia os originais impressos e só os contata por meio de faxe ou faz telefonemas breves para tratar de questões muito práticas. Fotografias do autor são de uma raridade ímpar − dele, em evidência, fica apenas a literatura, resistindo de todo a associação de seu ofício à ideia de espetáculo.

Nascido em 1925, em Curitiba, região Sul do Brasil, Dalton Trevisan raramente é visto em público, o que lhe valeu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título do seu livro publicado em 1965. Veste-se comumente e só tem como particularidade o uso de boné. No mais, felizmente, é sua literatura, que desde o fim dos anos 1950 vem se destacando pela inquestionável inventividade e por um rigor inabalável, ambos lhe garantindo em 2012 o mais importante prêmio de língua portuguesa, o Camões.

Sua obra se caracteriza sobretudo por narrativas curtas, muito bem engendradas, por vezes de intensa violência, mais relacionada ao estilo cortante do que à reprodução de cenas da vida urbana. As frases de seus contos não deixam margem alguma para a dispersão dos leitores e revelam uma perspectiva inquietante e feroz, como «No fundo de cada filho dorme um vampiro» ou «Toda família tem uma virgem abrasada no quarto», ambas do conto «O vampiro de Curitiba».
Incluído na antologia O Conto Brasileiro Contemporâneo, organizada pelo professor Alfredo Bosi, da Universidade de São Paulo, encontra-se ao lado de nomes consagrados, como Clarice Lispector, João Guimarães Rosa e Rubem Fonseca. Para Bosi, o minimalismo de Trevisan «faz de cada detalhe um índice do extremo desamparo e da extrema crueldade que rege os destinos do homem».


Excerto do artigo  publicado na coluna A voz do Brasil de Eduardo Coelho, na edição de  junho da revista LER,  pág. 20.



 O nº 114 da LER está disponível na biblioteca.

O fim da Crítica






Crítica, a melhor revista de Filosofia em linha
Crítica, revista de Filosofia fundada e dirigida por Desidério Murcho, terminou em 2012.
Nascida em 1997, primeiro em papel e depois em linha (site pessoal desidério@net e, mais tarde, o blogue http://criticanarede.com/), a revista Crítica desde logo se distinguiu pelo conteúdo – filosofia ligada à ciência e ao conhecimento, sobretudo da autoria de autores anglo-saxónicos - e pela forma – suscitar a partilha de opinião, crítica e esclarecida e a produção de conteúdos sobre os principais temas da cultura filosófica numa altura em que quase ninguém em Portugal comunicava em rede.
Tendo dedicado uma parte significativa do seu trabalho à divulgação de textos e livros de Filosofia importantes para professores, estudantes e público em geral, Desidério Murcho é ele próprio autor de livros e artigos de opinião, coautor de manuais de Filosofia e tradutor. A biblioteca escolar põe ao seu dispor uma boa parte da sua obra e reconhece um extraordinário valor ao seu trabalho, sobretudo na área da didática da Filosofia.
Não obstante ter chegado ao fim, os conteúdos da revista Crítica encontram-se disponíveis em linha. Vale a pena consultá-los bem como aos blogues a que ela faz referência:

•Dúvida Metódica - http://duvida-metodica.blogspot.pt/

•Problemas Filosóficos - http://problemasfilosoficos.blogspot.pt/

•Questões Básicas - http://questoesbasicas.blogspot.pt/

professora Liliana Silva


Primavera Poética (4)







Uma Primavera quer-se poética. Querem-se poemas de folhas e árvores, e de flores e de arbustos.
Os atores assim fizeram: celebraram a Primavera, unindo-se ao público e à biodiversidade, e dedicaram o espetáculo àquelas que nascem sós e a sós florescem. Celebraram as árvores, os arbustos e as flores. Celebraram o ritual de ar puro do qual nasce teatro.
Celebraram a vida. A que cresce nos ramos de uma magnólia, a que corre nos nossos braços ou mesmo aquela vida assassina e verde de um loureiro.
Este ano, houve teatro na sombra das árvores.


Paulo Gaspar, 12º H1