quarta-feira, 28 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Oficina de Artes



O que é a Oficina de Artes que as outras disciplinas não são?

Um tempo e um espaço em que se pretende que os alunos criem estruturadamente, que usem de método para atingir um fim, que descubram materiais e ferramentas.

Com este trabalho, pediu-se que usassem apenas, tubos de cartão de tamanho manuseável para criar uma escultura, prolongando a "vida" útil de algo que a curto prazo seria, não mais que lixo. Foi este o resultado.

professora Arminda Bernardino

Memória do holocausto (2)




Escolhido como temática a desenvolver pelo grupo de História ao longo deste ano letivo, o antisemitismo tem sido uma infeliz, mas real parte da nossa Narrativa humana, que teve no holocausto o seu auge mais negro e atroz.

Este período de horror teve um  desenvolvimento mais aprofundado pelos alunos do 12º ano, pois é essencial que se lembre constantemente aquilo que a Humanidade preferia nunca ter de esquecer. Esse é o objetivo principal deste trabalho: manter a memória jovem do pior que somos capazes de fazer e repeti-lo jamais.

Paulo Gaspar - 12º H2

sexta-feira, 16 de março de 2012

Novos enigmas



O retrato de uma jovem nobre italiana adquirido por um colecionador canadiano por cerca de 17 mil euros pode, afinal, ter sido pintado por Leonardo Da Vinci.

A possibilidade de um indivíduo entrar numa galeria e comprar um desenho que viria a revelar-se uma obra-prima desconhecida de Da Vinci parece um mito urbano. A descoberta de um Da Vinci é rara. Quando Peter Silverman fez a aquisição, tinham decorrido mais de 75 anos desde a última autenticação de um quadro do mestre.
Não havia registos de o criador da Mona Lisa ter alguma vez executado qualquer obra importante sobre velino, cópias conhecidas, nem desenhos de preparação.

Se esta imagem fosse um Da Vinci autêntico, onde estivera escondida durante 500 anos?


Ibidem.


A revista National Geographic, nº 132, março de 2012, está disponível na biblioteca.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Leonardo Da Vinci



Ao longo da vida, Leonardo Da Vinci (1452-1519) regeu-se por um código pessoal de implacável ética do trabalho, insaciável  curiosidade e disciplina férrea, o que lhe permitiu superar as barreiras sociais impostas aos filhos ilegítimos - que os impedem de ter acesso a uma educação de nível médio ou alto e a uma formação artística - , e as invejas e ciúmes profissionais  dos seus contemporâneos.
Com o conturbado século XV em Itália como pano de fundo, Da Vinci e o seu Código de Vida acompanha a trajetoria desta grande figura do Renascimento, desde que se iniciou no atelier artístico de Andrea del Verrochio até aos últimos anos da sua vida, afetado por uma paralisia na mão esquerda que o impediu de finalizar a sua obra mais universal, Mona Lisa.
Embora Mona Lisa, A Última Ceia ou A Dama com Arminho sejam consideradas obras primas universais, a Da Vinci a pintura só interessava como meio de subsistência para poder continuar as suas criações e investigações nos campos da escultura, da engenharia e da ciência, nos quais, tal como na pintura, foi um génio e um visionário cujas fantásticas invenções só se tornaram realidade centenas de anos após a sua morte.

Ibidem.


O  DVD que acompanha a revista National Geographic de março, está disponível na biblioteca. Canal História, 2005, 91 min.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Antologia


Que povo é este que entre a fome, a doença e o analfabetismo inventa a meio do século XIX uma música para alimentar as almas, fortalecer os corações e manter vivo o pensamento?
 
 
Que povo é este que inventa uma música para aprender o sentido das palavras, conquistar acontecimentos, exorcizar a dor, festejar amores?

Que povo é este que preserva a palavra Saudade e Fado sabendo que não chegarão todas as palavras do mundo para lhe encontar uma definição?

Que canto é este que, mais do que fazer-se ouvir ou sentir, nos dá a ver a alegria ou a dor, o alcatrão ou as árvores, o sangue e a água, a terra e o céu, a noite e o dia?

Que canto é este sem princípio nem fim, transbordando de virtude e de pecado, mas libertando-se para além, de uma e do outro, que atirou para a eternidade um país aparentemente solitário?

Que canto é este que nos afasta o nariz do chão, nos liberta, nos amplia a visão e a escuta, nos coloca frente a frente inteiramente expostos, de igual para igual?

Que canto é este que converte crentes e ateus num universo de fé e esperança incontornáveis, que nos leva à fala direta com os habitantes do Paraíso?

Que canto é este? Chama-se Fado e nasceu em Portugal.


Aldina Duarte, junho 2003



A complição de 4 CD´s, The best of Fado um tesouro português, edição EMI- Valentim de Carvalho/Instituto Camões, está disponível da biblioteca.

Malhoa, Galhardo e Valério



António Manuel de Moraes convida-nos, (...), com sabedoria e paixão, a um itinerário de redescoberta de um legado poético-musical que nos é querido e que soube ao longo das décadas entrar no cerne da nossa própria identidade como povo.

Rui Vieira Nery



Tal como Galhardo e Valério o denominaram, para mim também Malhoa é fado. Foi, deste modo, autor de um dos maiores contributos para a História do Fado, dando a todos nós a oportunidade de imaginarmos as cores, as sombras, os gestos, os objetos de culto ou as expressões, tudo através da sua arte naturalista, criando assim o ambiente castiço que se vivia no berço do Fado, desde as alfurjas do século XIX até aos primórdios do século XX.

Joana Amendoeira



O livro dedicado à memória do pintor José Malhoa, do poeta José Galhardo e do compositor Frederico Valério, está disponível na biblioteca.

Lição sobre o Fado



Lição sobre o Fado foi uma iniciativa da biblioteca que teve lugar no decurso da comemoração dos 25 anos da Escola e no reconhecimento do Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO) em novembro de 2011.
A decisão de levar a cabo esta iniciativa decorre do facto da biblioteca ter por missão, não só orientar e apoiar os alunos, os professores e as famílias na construção do conhecimento, como também de proporcionar momentos de pura fruição, de pura criação literária, musical ou científica.
Lição sobre o Fado foi um encontro entre estudiosos, artistas, músicos e poetas destinado a dar a conhecer e a sentir este género fundamental da cultura e da identidade portuguesas e que é agora elemento de união entre os povos.
Neste encontro a explicação da origem controversa do fado e da sua evolução coube a Oriana Alves e a interpretação ao vivo  de alguns fados mais representativos da nossa história, a Jacqueline Carvalho. A Lição terminou com um momento de improviso no qual a aluna Joana e a professora Ana Lúcio cantaram fado para toda a assistência.
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JAQUELINE CARVALHO: nasceu numa família de músicos e de fadistas. Começou a cantar muito cedo e, com 9 anos de idade (1992), ganha no Coliseu dos Recreios o 1.º prémio na Grande Noite do Fado que vencerá novamente em 2003 no Teatro S. Luiz. Edita um CD em 2009 intitulado Fado. Ganha diferentes concursos de fado, participa em vários programas televisivos (ex. Portugal no Coração, da RTP), passa por algumas das mais prestigiadas casas de fado e, de há 5 anos a esta parte, canta na casa de fado,  Velho Páteo de Sant'Ana, em Sintra. Ex-aluna da Leal, regressa agora à Escola para dar a conhecer e a sentir aos que trabalham a arte do fado que é sua.
Jaqueline Carvalho vem acompanhada à Viola por GUILHERME CARVALHAIS e à guitarra por MESTRE ANTÓNIO PARREIRA, professor de guitarra portuguesa no Museu do Fado e que ao longo da sua carreira acompanhou por todo o mundo fadistas como  Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues e Carlos do Carmo.
ORIANA ALVES: é investigadora no IELT. A poesia do Fado é o tema dos seus estudos e é também nesse tema que prepara tese de doutoramento. Antropóloga, jornalista e editora, trabalhou pontualmente em assessoria de imprensa, recolha etnográfica, produção, tradução e revisão linguística. Em 2006 ajudou a fundar o bar/livraria de poesia “Da Mariquinhas”: a primeira livraria da capital especializada em poesia. Fundou a editora especializada em audiolivros, Boca – palavras que alimentam, Lda.


professora Liliana Silva

terça-feira, 6 de março de 2012

O cônsul desobediente


Quando a França foi invadida pela Alemanhã nazi, em maio de 1940, o cônsul portugês em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, viu-se perante um doloroso dilema. Deveria cumprir as ordens de Salazar, negando vistos para Portugal aos refugiados que os solicitavam? Ou deveria seguir os imperativos da sua consciência, desobedecendo ao ditador e passando os vistos que significavam a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas, sobretudo judeus?

O cônsul seguiu a sua consciência: em junho de 1940, em Bordéus, e, posteriormente, na cidade fronteiriça de Bayonne, passou milhares de vistos. Salazar nunca lho perdoou: a tragédia para si e para a sua família foi o preço que Sousa Mendes pagou pelo seu corajoso ato.

Quantas vidas Salvou Sousa Mendes? Nunca o saberemos com precisão: decerto milhares, possivelmente trinta mil. Como disse um historiador, as ações de Sousa Mendes representaram talvez «a maior ação de salvamento por um único indivíduo durante o Holocausto».

Esta biografia visa contribuir para um melhor conhecimento da personalidade e da vida de Aristides de Sousa Mendes, herói da humanidade que é motivo de orgulho para os portugueses.

Ibidem.


Em julho de 1885 nascem César e Aristides, dois gémeos de temperamentos diametralmente opostos. Aristides era tão extravagante quanto o seu irmão discreto era cumpridor. Entusiasta, generoso e aventureiro seguiu a carreira diplomática, e encontrava-se em Bordéus num tempo em que o nazismo lançara já a sua sombra sobre a Europa e o Mundo, enquanto Salazar jogava habilmente com a neutralidade. Multidões esperavam junto ao consulado para escapar ao Holocausto. Emanavam ordens do governo português para limitar a concessão de vistos, tanto mais que as tropas alemãs se aproximavam, mas Aristides assinava, dia e noite, correndo contra o tempo, obedecendo a imperativos mais altos.

Ibidem.


Os livros estão disponíveis na biblioteca.

Aristides de Sousa Mendes



O dia 17 de fevereiro deste ano foi um dia importante e especial para a escola e para os alunos, pois receberam uma privilegiada visita de Ana Araújo, membro da comunidade israelita de Lisboa, e do neto de Aristides de Sousa Mendes, o dr. António de Sousa Mendes. Estas duas personalidades vieram fazer uma palestra sobre o terrível Holocausto – a perseguição e extermínio dos judeus levado a cabo pelo governo nazi durante a segunda guerra mundial.

A palestra começou com Ana Araújo, que nos deu a sua perspetiva sobre o assunto. Na sua opinião, pode dizer-se que houve diversos fatores que complicaram a situação dos judeus que viviam nos diferentes países da Europa Central e de Leste, por exemplo: o papel das milícias militares nazis que, à medida que se ía realizando a invasão e ocupação dos territórios, iam perseguindo e assassinando os judeus; a par disso existia indiferença por parte das outras pessoas que viviam ao redor dos judeus e que, mesmo tomando conhecimento do que se passava, mantinham-se passivas como se tal questão não lhes dissesse respeito.

Graças a essa perspetiva de Ana Araújo, foi possível compreender que não só as forças militares de Hitler foram causa do Holocausto, mas também as próprias pessoas que não eram de origem judaica contribuiram para isso, pois não agiram nem protestaram contra essas atitudes antissemitas.

Mas, felizmente, durante a II Guerra Mundial, surgiram grandes seres humanos que, remando contra a corrente da época e com risco da própria vida, contribuiram para ajudar no meio desta encarniçada perseguição e extermínio. Um deles era português e chamava-se Aristides de Sousa Mendes.

A partir daqui ouviu-se apenas a voz do seu neto, António de Sousa Mendes.

António de Sousa Mendes começou por expressar o seu orgulho com as palavras “... O meu Avô salvou milhares de judeus...”.

Este “Salvador” de judeus, do qual o seu neto se orgulha, foi cônsul de Portugal em Bordéus (França) e, durante a Segunda Grande Guerra concedeu vistos a milhares de judeus perseguidos pelo nazismo por essa Europa fora, permitindo-lhes obter refúgio em Portugal. A uma determinada altura, Salazar proibiu a concessão de vistos a judeus estrangeiros, porém Aristides de Sousa Mendes ignorou tal ordem continuando a dar vistos, o que acabou por provocar a sua demissão do cargo e o seu afastamento permanente da vida diplomática.

E continuando com o mesmo grande orgulho, António de Sousa Mendes referiu que o seu Avô confrontou Salazar dizendo numa carta que “... estava a fazer o que era certo...”, e ainda abrigou judeus estrangeiros clandestinamente até conseguirem entrar no país.

A meu ver, a mensagem transmitida por estes dois oradores foi a seguinte: se as pessoas vêem que ao seu redor está a acontecer algo maléfico e que considerem estar errado, mesmo que não os envolva diretamente, devem agir, fazer o que lhe manda a sua consciência, pois nunca se sabe o pode vir depois. Afinal de contas, uma ação vale mais que mil palavras como foi o caso de Aristides de Sousa Mendes.

Para terminar, pessoalmente fiquei muito satisfeito com a palestra, porque foi para mim uma grande honra saber que existiu um Português com um forte coração e personalidade que salvou muitas vidas e acredito que para António de Sousa Mendes é um grande motivo de orgulho ser neto desse grande Homem que foi Aristides de Sousa Mendes.



Nilto Costa 12º EH

Formação INE/ALEA


Realizou-se, a 14 de fevereiro, na biblioteca, uma sessão de formação dinamizada pelo Dr. Vinhais, técnico do Instituto Nacional de Estatística, subordinada ao título, A Literacia estatística ao serviço da cidadania - Portal do INE e Projeto ALEA, na qual participaram professores dos grupos de Matemática, Geografia, Biologia e Geologia, Físico-Química, Português, Informática, Filosofia e Educação Física. O interesse da base de dados do INE para fundamentação de pontos de vista próprios sobre a realidade e a utilidade pedagógica do Projeto ALEA, designadamente ao nível da Matemática - 10.º ano - conferiram a esta atividade de formação um manifesto interesse.

No final da sessão o livro  Um Mundo para Conhecer os Números foi oferecido à biblioteca.

Disponível para consulta na BE.



professora Liliana Silva

sexta-feira, 2 de março de 2012

Óscares 2012




William Joyce e  Brandon Oldenburg,  The Fantastic Flying Books of Mr Morris Lessmore, EUA, 2011. (15:07)


Uma alegoria poética e humorística sobre o poder dos livros e da leitura.
Este é o tema de The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, premiado no passado dia 27 de fevereiro com um Oscar na categoria de Melhor Curta Metragem de Animação.
De acordo com os criadores, o ilustrador William Joyce e codiretor Brandon Oldenburg, o argumento foi inspirado na história O Feiticeiro de Oz,  no artista Buster Keaton e no furacão Katrina.
O filme  mistura várias técnicas (miniaturas, animação por computador, animação 2D) para recriar o ambiente dos filmes mudos e musicais da MGM Technicolor.

Do filme existe uma aplicação para iPhone e iPad onde se pode encontar o protagonista Mr. Lessmore em diversas situações da animação num misto de livro, filme e jogo.

Está prevista para o final deste ano a edição do livro.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Spielzeugland/Toyland




Sinopse: 1942. Numa manhã de Inverno, uma mãe vai acordar o seu filho Heinrich, mas a sua cama está vazia. Sai de casa para ir à sua procura. Na porta dos vizinhos, está desenhada a Estrela de David, a mobília está partida, a família desaparecida. Pergunta a todos pelo filho, e corre para a polícia e depois para a estação de comboios. Em flashbacks podemos ver o seu filho e o filho dos vizinhos, o Paul; ambos têm 6 anos, são grandes amigos e partilham a paixão pelo piano. A família do Paul vai ser deportada em breve, a mãe do Heinrich diz ao seu filho que eles vão viajar para a “Terra da Diversão”, ele também quer ir. A mãe apercebe-se que ele vai tentar ir com eles, terá que ser rápida. Será que chega a tempo para o salvar?
Jochen Alexander Freydank é o realizador, co-argumentista e co-produtor desta curta-metragem Alemã. E é verdadeiramente um auto-didata, aprendeu a fazer filmes, através da experiência, visto nunca ter conseguido entrar numa Escola de Cinema. Segundo Freydank, demorou 2 anos para conseguir assegurar o financiamento desta produção, cujos custos foram de 30,000€. Tantos os actores, como todos os técnicos envolvidos inicialmente não receberam salários. Demorou apenas 5 dias para ser filmado. Em 2009, é reconhecido com o Óscar da Academia para Melhor Curta-Metragem com a sua obra “Spiezeugland” e seguiram-se mais 20 prémios em vários festivais internacionais de cinema. Hoje dedica-se totalmente ao cinema e à sua produtora.
Todo o fazer deste filme é um acto de fé, de acreditar. Em apenas 14 minutos, assistimos à brilhante reconstituição dessa época, entramos ali, sem artifícios ou tempo perdido. Os atores são preciosos nesta história de salvação; magnífica é a cena da abertura do vagão do comboio “entre um olho e o outro, entre a mão e a mão, acontece uma espécie de recruzamento, quando se acende a faísca do sente-sentido…” e se tomam as decisões, e acontece o tal milagre - “Dava tudo para que pudessem tocar assim toda a vida…”. E é possível!

“ Um filme bem-sucedido, é aquele que se quer ver mais que uma vez” diz o realizador.

O filme pode ser visto aqui.

professora Karina Jeppesen

Terezín


“Terezín . . . can illuminate our darkest hours.”
(Record Review / Wes Phillips, Stereophile, New York / 01 April 2008)


A mezzo-soprano sueca Anne Sofie von Otter junta-se ao cantor de Liede Christian Gerhaher, aos pianistas Bengt Forsberg e Gerold Huber, e os violinistas Daniel Hope e Erwin Schulhoff para interpretarem peças escritas por compositores judeus, prisioneiros no campo de concentração de Theresienstadt, na Checoslováquia.
Trata-se de um verdadeiro “documento museológico” da condição humana. Estes compositores deixaram um legado cultural muito rico, praticamente só descoberto nos anos 70, através do empenho de Joza Karas, músico e pedagogo cujo “Music in Terezín, 1941-45” (edição Pendragon) foi decisivo para a redescoberta de um repertório até aí desconhecido.
Álbum desenhado em várias línguas, como o Francês, o Alemão, o Yiddish e o Checo e banhado a fotografias de géneros musicais tão diferentes como o cabaret, a canção de embalar, o lamento…
Profundamente comovente, com letras que nos falam da despedida, “desse longo adeus” e do sofrimento, tudo misturado com uma grande beleza e esperança.
Fui assombrada pela história da enfermeira Ilse Weber; voluntária para morrer em Auschwitz para poder acompanhar as crianças doentes de Terezin. Segundo testemunhos no local, terá cantado a sua canção de embalar 'Wiegala' (faixa 9) às crianças enquanto entravam na câmara da morte:
“I wander through Theresienstadt, my heart as heavy as lead.
Till suddenly my way ends
right there at the barrier.”

Este é o derradeiro manifesto da vontade humana! Em condições intoleráveis, homens, mulheres e crianças sobreviveram através da música, demonstrando a nossa imensa capacidade de conseguir cultivar a beleza em situações de extremo horror.

“I felt and feel profoundly moved by thoughts of the cruel and terrifying fate of these innocent prisoners, of all the human beings, young and old, whose existence was obliterated by the Nazis",  diz  Anne Sofie von Otter. “'We must never be allowed to forget, has been said many times before, but it must continue to be said again and again. Genocide and persecution are still happening in the world around us every day.”


(Anne Sofie Von Otter, em entrevista na BBC radio - parte 1 e parte 2)

 
professora Karina Jeppesen


O CD está disponível na biblioteca.

Até julho




Fevereiro do ano letivo 2011-2012 marca na Escola o início de um conjunto de reflexões sobre o holocausto. Referimo-nos ao massacre, deliberado e em grande escala, de pessoas indesejadas, por razões políticas, religiosas, sexuais ou outras.
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945) o holocausto praticado pelo regime nazi fundado por Adolf Hiler exterminou milhões de pessoas: judeus, negros, ciganos, deficientes, homossexuais, comunistas e outros grupos minoritários considerados indesejáveis à luz de um certo ideal de raça perfeita (eugenia), a raça ariana. Por este motivo, o holocausto nazi ocupa nestas reflexões lugar de destaque.
A biblioteca escolar promove e orienta este exercício de pensamento em articulação com o grupo disciplinar de História, disponibilizando um conjunto diversificado de documentos, realizando exposições com visita guiada, palestras, sessões de leitura e de cinema sobre o tema. Estas iniciativas inspiram sessões de trabalho em sala de aula realizadas no âmbito de História (destaque para a exposição da turma 12.º H1 orientada pelo professor João Gaspar), Português (texto biográfico, heróis e vítimas do holocausto - 10.º ano), Biologia e Geologia (experiências médicas realizadas nos campos de concentração nazis - 12.º ano) e outras disciplinas. Desenvolvendo e corrigindo velhos preconceitos sobre o tema e ligando ideias aparentemente isoladas, vai-se construindo um conhecimento mais justo do holocausto, à luz do qual se pode modificar a atitude de cada um perante os outros.


professora Liliana Silva