sexta-feira, 30 de novembro de 2012

José Jorge Letria



Imagine-se o que diria o Principezinho a Saint-Exupèry, D. Afonso Henriques à sua mãe, Jesus a Maomé, Grouxo Marx a Karl Marx, Leonardo Da Vinci a Maquiavel, Don Corleone a Frank Sinatra, Humberto Delgado a Salazar ou o pai a Kafka se porventura tivessem tido ocasião de escrever cartas uns aos outros sobre os assuntos que lhe foram comuns.
É este exercício que José Jorge Letria, escritor com vasta obra publicada, traduzida e premiada em Portugal e no estrangeiro, propõe ao leitor, criando um conjunto de cartas imaginárias que, baseadas em factos que a História comprova, constituem uma viagem singular. De uma forma tensa e dramática, divertida e trangressora, por aqui desfilam séculos de histórias e vidas que se encontram e desencontram, se completaram ou destruiram.
Integrando-se na grande tradição da ficção epistolar, O que Darwin Escreveu a Deus é um livro original que, por caminhos inesperados e fortemente imaginativos, não deixará o leitor indiferente.
Ibidem.


O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 821.134.3 (LET)

Conhecer uma escritora





Conhecer uma escritora

Durante o mês de outubro ouvimos e fizemos trabalhos acerca da história Os Guardadores das Histórias, de Maria Lúcia Carvalhas. A nossa professora informou-nos que iríamos conhecer esta escritora, no dia 5 de novembro. Ficamos logo muito entusiasmados!
         Em grande grupo, decidimos o que queríamos apresentar na sessão que teríamos com a escritora. Então, metemos as mãos a obra e construímos um livro com a biografia e autobiografia dela. No final, ficamos muito orgulhosos com o nosso trabalho.
         No dia 5 de novembro deslocamo-nos à escola sede, Leal da Câmara, para assistir a tão esperada sessão. Fomos os primeiros a apresentar o nosso trabalho, depois seguiram-se as outras turmas de 4º ano que estavam presentes. Os trabalhos apresentados foram todos diferentes, mas muito interessantes.
         Foi uma atividade fantástica porque deu-nos hipótese de conhecer pessoalmente uma escritora o que nos deu vontade de ler mais livros.


Turma  A
4º Ano
professora Helena Araújo, EB1/JI Rio de Mouro, nº 1

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cineconvida





Nós fomos e certificamos qualidade!

É um filme português, realizado por Bruno de Almeida, que põe em grande plano um ardiloso episódio da nossa história mais recente: o assassinato do General Humberto Delgado (1965). Como se de uma galeria viva de rostos, expressões, gestos e palavras se tratasse, o espetador é atirado para uma narrativa descontínua e intimado a assistir ao desenrolar dos acontecimentos sem nada poder fazer que possa alterar o rumo da história, pois como diz o povo a culpa morreu solteira e a procura da verdade ocupação social pouco pertinente , digo eu.
professora  Manuela Martins
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Também desenvolvemos uma espécie de operação outono caseira, igualmente bem sucedida mas muito pacífica e gratificante. Marcámos presença no encerramento do Lisbon and Estoril Film Festival  e embora fossemos poucos, cumprimos. Ainda que não tenhamos sido brindados com a presença de notáveis, nem mesmo alguém que representasse a organização (ao que parece, ocupada a entregar prémios noutra secção do certame), fomos nós as estrelas. Gostámos bastante do filme, vimos as exposições de pintura e a selecção de livros e filmes à disposição no local, jantámos bem e por baixo custo e, acima de tudo, conseguimos roubar algum tempo aos nossos afazeres sempre inadiáveis, para estar uns com os outros para conversar sobre mil coisas que nos aprouveram.
Embora a crítica especializada aponte fragilidades ao filme, nós, cinéfilos menores, recomendamos. Por um lado como exercício cinematográfico, mas também como um contributo interessante para a discussão do funesto episódio da história portuguesa contemporânea que evoca.
E como vem a propósito, para os que foram e para os que faltaram, uma nova oportunidade, ainda mais perto, com bilhetes a 3 euros: começa esta 4ª feira, 28 de Novembro, no Centro Cultural Olga Cadaval, o Córtex- Festival de Curtas Metragens de Sintra que também já vai na sua terceira edição.Como convidado especial, o muito precoce e talentoso realizador António Campos (mais conhecido pela obra After School), um jovem brasileiro radicado nos Estados Unidos da América que começou a filmar aos treze anos, e de quem se poderão ver pequenas obras no ciclo retrospectivo que lhe é dedicado. Entre os portugueses, a destacar, o igualmente jovem e talentoso João Salaviza já premiado em Veneza.
Como se constata, o difícil mesmo é conseguir fintar a agenda e esticar o tempo.
professora Guadalupe Gomes



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Os Cientistas vão à vila





A Escola Secundária Leal da Câmara, do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro, está a participar numa iniciativa, com a chancela Projeto aLer+ atribuída à biblioteca escolar que conta também com a colaboração do Centro Ciência Viva de Sintra e do Museu do Brinquedo.
A iniciativa, intitulada Os Cientistas vão à vila, está a ser dinamizada por alunos do 12.º ano de Química, sob a orientação da professora da disciplina e técnicos do Ciência Viva de Sintra.
Consiste na realização de experiências científicas e respetiva explicação, a decorrer na avenida Heliodoro Salgado, na Estefânia, em Sintra, num cenário de montras decoradas com documentos da biblioteca e de museus da vila. O objetivo da iniciativa é sensibilizar a comunidade a visitar os museus, as bibliotecas e a formar o gosto pela ciência. A iniciativa colheu a maior recetividade por parte dos lojistas e museus contactados e contribui também para dinamizar a zona onde se realiza. Ela será realizada nos dias de mercado pelo período de tempo de 90 minutos – tem início às 10 horas - até ao final do mês: dias 16, 20, 23, 27 e 30 de novembro de 2012.
A primeira sessão decorreu no dia 16 de novembro e foi um espetáculo! Cinco alunas do 12.ºC1 estiveram toda a tarde de sexta-feira a divulgar a ciência de uma forma muito simples e com um grande entusiasmo. Como professora destas alunas quero deixar aqui os meus agradecimentos a este grupo de jovens que, apesar da chuva, do frio e do vento, quis promover a divulgação e o gosto pela ciência.
Mesmo no meio de uma mini tempestade a rua Heliodoro Salgado contou com uma animação que superou as expectativas.  
Como professora da área de ciências fico muito emocionada com o empenho e o profissionalismo que as nossas jovens exibem numa situação completamente nova em relação à prática letiva a que estão habituadas.
São momentos como estes que me fazer adorar a minha profissão e ter esperança que Portugal caminhe numa direção de empreendedorismo e sucesso.

professora Maria Manuel Marques da Costa

Contos pessoanos




Em resposta aos vários pedidos de alunos do 12º ano,  informamos   que o conto de Fernando Pessoa  A Hora do Diabo já pode ser requisitado na BE.

Cota: 821.134.3 (PES)


Dia do Desassossego





Dia do Desassossego


«Escrevo para desassossegar, não quero leitores conformados, passivos, resignados», disse José Saramago pelos cantos do mundo e, pela última vez, na apresentação de Caim, para muitos mais do que um romance, um grito para romper com a indiferença.
Nunca a sociedade precisou tanto de seres humanos desassossegados, capazes de mostrar coletivamente a inquietação e, a partir dela, elaborar alternativas que nos devolvam a racionalidade. O Dia do Desassossego é uma chamada de atenção. Somos seres pensantes e queremos viver enquanto tal. Não somos massa, nem um número, nem uma estatística, e muito menos um rebanho dirigido. Somos homens e mulheres capazes das maiores proezas, incluindo a de sorrir em tempos sombrios, porque decidimos que ninguém nos gela o sangue nem nos corta a respiração.

«Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo», escreveu Ricardo Reis-Fernando Pessoa. E José Saramago mostrou-lhe esse espetáculo no ano da sua morte porque sempre soube que contemplar é um passo necessário, mas o segundo, tão urgente hoje como em 1936, é intervir, antes que intervenham sobre nós. Como pessoas, como culturas, como países.



Neste Dia do Desassossego, quando José Saramago faria 90 anos, contemplemos o espetáculo do mundo pela sua mão. Caminhemos com O Ano da Morte de Ricardo Reis pelas ruas de Lisboa e, em cada esquina descrita, paremos para pensar, de cabeça levantada.
Somos cidadãos desassossegados, gente que pensa e tem coração para sentir a força da beleza, da bondade e dos argumentos.
Saiamos à rua neste 16 de novembro, desassossegados mas não vencidos, com as nossas capacidades despertas, a nossa sensibilidade afinada, seres de palavras, de memória e de gratidão.
O desassossego será uma forma de romper todos os cercos.



Manifesto da Fundação José Saramago a 16 de novembro de 2012







sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Concurso Saramago



No ano em que se celebra o 90º ano do nascimento do escritor José Saramago, o Plano Nacional de Leitura, em conjunto com a rede de bibliotecas escolares, a editora Leya-Caminho e a Fundação José Saramago, associam-se para assinalar o percurso pessoal e literário deste autor, de forma abrangente e com especial destaque para o público escolar.

Neste sentido, é lançado o Concurso Saramago - Uma História de 90 Anos  (16 de novembro/2012 a 11 de março/2013) dirigido aos alunos do ensino secundário e aos docentes dos diferentes níveis de educação/ensino, com o objetivo de estimular a criação e divulgação de trabalhos/textos, em suporte digital, e procurando incentivar a revelação de novos talentos.

A iniciativa apela à participação ativa de alunos e professores, através da produção de textos originais com inspiração na obra de Saramago [ver Regulamento na página dos Concursos PNL], utilizando as tecnologias como suporte de apresentação.
Todas as escolas da rede pública (sede de agrupamentos e escolas não agrupadas) e escolas privadas têm disponível, no Sistema de Informação do PNL, os formulários para inscrição no concurso.

Apelamos à divulgação desta iniciativa junto de todos os docentes e alunos do 12º Ano, nas escolas em que este nível de ensino funcione.


Fernando Pinto do Amaral,
Comissário do PNL

Alice na Gulbenkian


                                Maggie Taylor, EUA, 2008


No dia 4 de julho de 1962, Lewis Carroll, um talentoso professor de matemática no Christ Church College de Oxford, narrou pela primeira vez as aventuras de Alice, a história surreal de uma menina numa terra de maravilhas. Tal como a matemática, o seu texto era intrigante, enigmático e divertido, os ingredientes para que se tornasse um conto intemporal, agora traduzido para mais de 100 idiomas.
Lewis Carroll ilustrou o manuscrito com desenhos de sua autoria que, sem dúvida, influenciaram as magníficas ilustrações a preto e branco de John Tenniel, publicadas com a 1ª edição. Desde então, As Aventuras de Alice no País das Maravilhas têm sido uma fonte de inspiração para incontáveis versões ilustradas, que podem ser consideradas verdadeiras traduções para uma linguagem visual universal.

Cada ilustrador usa as suas capacidades técnicas e artísticas, para criar uma narrativa visual que comunica com o leitor muito para além do texto que lhe deu origem. As imagens transportam-nos inevitavelmente para uma dimensão paralela ao texto, uma informação visual feita de cores, formas, texturas, relações volumétricas, elementos que, por sua vez, ecoam em cada espetador de uma maneira única e irrepetível.

Foi este o nosso mote: celebrar Alice através dos seus ilustradores, dando a ver uma seleção de cerca de 100 ilustrações originais, por alguns dos mais aclamados artistas contemporâneos do mundo.
Através da sua arte, revisitamos episódios e personagens, comparamos estilos, escolas e técnicas, reconhecemos influências culturais e, quem sabe, descobrimos novas interpretações.

O chá está servido. Desfrutemos uma nova "idade de ouro"da ilustração de Alice!


Ju Godinho e Eduardo Filipe
Curadores



De 1 de novembro a 10 de fevereiro.
Mais informações sobre a exposição: aqui.



Empreendedorismo



Mark Zuckerberg é daltónico. Agora sabemos porque o Facebook é azul.


A biblioteca está a fazer a coleção Histórias de Génio publicada pela revista VISÃO.
São biografias que revelam quatro dos grandes talentos do empreendedorismo do nosso tempo: Steve Jobs,  Mark Zuckerberg, Bill Gates e Richard Branson.

Pretendem os editores  "dar a conhecer estas personalidades, estimular ideias e inspirar as pessoas. Queremos contribuir para uma sociedade mais empreendedora dando a conhecer alguns exemplos e tornando alguns dos conceitos de gestão e inovação acessíveis a todos."

As biografias de Mark Zuckerberg  e Steve Jobs já estão disponíveis  na biblioteca.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Exposição de Matemática





Decorre entre 31 de Outubro e 9 de Novembro, nas instalações do CRE-BE, a exposição de matemática,
Sempre Houve Problemas.

Nesta exposição, está patente o carácter «lúdico na pedagogia medieval».

O primeiro livro de matemática editado em Portugal, Tractado Darysmetica de Gaspar Nicolas (1519), autor natural de Guimarães, tratava, para além de problemas diretamente relacionados com transações comerciais, de problemas onde ressaía o caráter lúdico, também presentes em obras de outros autores, nomeadamente no Tratado da Arte de Arismética (1555), de Bento Fernandes.
O uso do lúdico como instrumento pedagógico, ludus de escola, e escola - scholé - de lazer, remonta há muitos séculos atrás. Carlos Magno (742-814), criou um local de ensino no seu palácio, tendo entregue a sua direção ao filósofo e pedagogo britânico, Alcuíno, que tinha como norma pedagógica «deve-se ensinar divertindo», para «aguçar a inteligência». Os seus problemas estão repletos de enigmas e brincadeiras como:

Um boi que está arando todo o dia, quantas pegadas deixa ao fazer o último sulco?
Resposta: nenhuma, pois as pegadas do boi são apagadas pelo arado que passa depois.

Ou em problemas ainda hoje utilizados nas nossas escolas:

Um homem devia passar, de uma margem a outra margem de um rio, um lobo, uma cabra e uma couve. E não pôde encontrar outra embarcação a não ser uma que só comportava dois entes de cada vez, e ele tinha recebido ordens de transportar ilesa, toda a carga. Diga quem puder, como fez ele a travessia?
Resposta: Todos estavam na margem direita do rio. O homem leva primeiro a cabra e deixa na margem esquerda. Volta para a margem direita e pega a couve e volta para a margem esquerda. Deixa a couve e volta para a margem direita com a cabra, deixando-a e voltando para a margem esquerda com o lobo. O lobo ficará com a couve na margem esquerda e o homem voltará a pegar a cabra na margem direita.

Também o lúdico, como atitude, recebe em São Tomás de Aquino (1225-1274) uma fundamentação filosófica: «O brincar é necessário para a vida humana». Tal como é necessário o repouso corporal para retemperar forças, também é preciso repousar a alma, o que se consegue pela brincadeira.
Na viragem do século XV para o século XVI começou a manifestar-se uma mudança na vida cultural portuguesa, inserida no movimento do Renascimento Europeu, cujos fatores catalisadores foram o classicismo por um lado e os descobrimentos por outro. É dentro deste espírito que surge em 1519 o livro de Gaspar Nicolas, que foi também ele o primeiro a introduzir o sistema de numeração árabe, isto é a numeração de posição e o primeiro que ensinou as regras de cálculo do sistema referido.
Gaspar Nicolas não deduz as soluções dos problemas que considera e não emprega a arte algébrica; enuncia-os, indica as soluções e verifica-as, sem dizer o modo como as obteve. Um dos seus problemas lúdicos e patente na nossa exposição é o seguinte:

“ Um homem foi de Lisboa a Belém e levava dinheiro, não sabemos quanto, e na venda de Santos dobrou o dinheiro que levava e gastou 10 e ficou-lhe ainda dinheiro e em Alcântara dobrou o dinheiro que levava e gastou 10 e ficou-lhe ainda dinheiro, e em Belém dobrou o dinheiro que levava e gastou 12 e ficaram-lhe 3 reais. Ora eu pergunto: quanto dinheiro levava este homem?”

Tente resolvê-lo. 
A solução é 9,5 reais.

Agradecemos à associação de professores de matemática, que promove a cultura científica, a oportunidade que nos deu em presentear os alunos da Leal da Câmara e da Padre Alberto Neto com esta exposição.


professora Susana Tenreiro



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Manuel António Pina 1943-2012




«As palavras (o tempo e os livros
que foram necessários para aqui chegar,
ao sítio do primeiro poema!)
são apenas seres deste mundo,
insubstanciais seres, incapazes de compreender,
falando desamparadamente deste mundo.
As palavras não chegam,
a palavra azul não chega,
a palavra dor não chega.
Como faremos com tantas palavras? Com que palavras e sem
                                                                               [que palavras?
E, no entanto, é à sua volta
que se articula, balbuciante,
o enigma do mundo.
Não temos mais nada, e com tão pouco
havemos de amar e ser amados,
e de nos conformar à vida e à morte,
e ao desespero, e à alegria,
havemos de comer e de vestir,
e de saber e de não saber,
e até o silêncio, se é possível o silêncio,
havemos de, penosamente, com as nossas palavras construí-lo.
Teremos então enfim, uma casa onde morar,
e uma cama onde dormir,
e um sono onde coincidiremos com a nossa vida.
Um sono coerente e silencioso,
uma palavra só, sem voz, inarticulável,
anterior e exterior,
como um limite tendendo para destino nenhum,
e para palavra nenhuma.»


A obra poética (1974-2011) de Manuel António Pina está reunida no volume Todas as Palavras, publicado em 2011  pela Assírio & Alvim.


O nº 1098 do JL - 31 de outubro a 13 de novembro - retrata e evoca o poeta; divulga dois textos inéditos e inclui as crónicas de António Carlos Cortez e Valter Hugo Mãe sobre o autor.
O jornal está disponível na biblioteca.





na Visão



Os cientistas conseguem, hoje, ter uma ideia do que acontece quando dormimos, ou onde guardamos as memórias. São capazes de descrever o que corre mal na doença de Alzheimer ou porque certos defeitos genéticos tornam a aprendizagem numa missão impossível. Nos institutos de investigação, os cientistas começam agora a desenhar novos planos de ação para desenvolver ao longo desta década. «Estamos a olhar para as interações com outras partes do corpo, como o sistema imunitário ou as hormonas», avança Rui Costa, neurocientista da Fundação Champalimaud, em Lisboa, «Também começamos a tentar perceber como é que o cérebro funciona nas interações sociais. Já sabemos que se comporta de maneira diferente, quando estamos sózinhos ou no meio da multidão
Bem-vindo, pois, ao admirável mundo da nossa cabeça!

Ibidem.


O nº 1026 - 1 a 7 de novembro - da revista VISÃO está disponível na biblioteca.

Ramón Ribeyro




Porquê A palavra do mudo?
"Porque na maioria dos meus contos se exprimem  aqueles que estão privados da palavra, os marginalizados, os esquecidos, os condenados a uma existência anónima e sem voz. Eu devolvi-lhes esse sopro negado e permiti-lhes modular as suas aspirações, expectativas e angústias."

(de uma carta do autor ao editor, datada de 15 de fevereiro de 1973)


Os contos de Julio Ramón Ribeyro são um espelho da sua vida e do mundo em que viveu. Com uma prosa límpida e de raiz clássica, sem alardes, soube radiografar a classe média e o colapso dos seus sonhos de prosperidade. Nas suas narrativas esforçou-se sobretudo por dar voz aos "mudos", ou seja, aqueles que foram excluídos do festim da vida: seres anónimos, discretos, condenados a uma existência insignificante, quase invisível. Segundo o escritor Alfredo Bryce Echenique, Ribeyro consegue como ninguém transpor para a prosa a dor humana da poesia de Vallejo.
O presente volume recolhe alguns contos mais representativos de génio de Ribeyro, como Silvio no Roseiral e o autobiográfico Só para fumadores, dois exemplos do seu inconfundível universo literário.

Ibidem.


O livro  (volume I) está disponível na biblioteca.
Cota: 82-3 (RIB)