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Terezín


“Terezín . . . can illuminate our darkest hours.”
(Record Review / Wes Phillips, Stereophile, New York / 01 April 2008)


A mezzo-soprano sueca Anne Sofie von Otter junta-se ao cantor de Liede Christian Gerhaher, aos pianistas Bengt Forsberg e Gerold Huber, e os violinistas Daniel Hope e Erwin Schulhoff para interpretarem peças escritas por compositores judeus, prisioneiros no campo de concentração de Theresienstadt, na Checoslováquia.
Trata-se de um verdadeiro “documento museológico” da condição humana. Estes compositores deixaram um legado cultural muito rico, praticamente só descoberto nos anos 70, através do empenho de Joza Karas, músico e pedagogo cujo “Music in Terezín, 1941-45” (edição Pendragon) foi decisivo para a redescoberta de um repertório até aí desconhecido.
Álbum desenhado em várias línguas, como o Francês, o Alemão, o Yiddish e o Checo e banhado a fotografias de géneros musicais tão diferentes como o cabaret, a canção de embalar, o lamento…
Profundamente comovente, com letras que nos falam da despedida, “desse longo adeus” e do sofrimento, tudo misturado com uma grande beleza e esperança.
Fui assombrada pela história da enfermeira Ilse Weber; voluntária para morrer em Auschwitz para poder acompanhar as crianças doentes de Terezin. Segundo testemunhos no local, terá cantado a sua canção de embalar 'Wiegala' (faixa 9) às crianças enquanto entravam na câmara da morte:
“I wander through Theresienstadt, my heart as heavy as lead.
Till suddenly my way ends
right there at the barrier.”

Este é o derradeiro manifesto da vontade humana! Em condições intoleráveis, homens, mulheres e crianças sobreviveram através da música, demonstrando a nossa imensa capacidade de conseguir cultivar a beleza em situações de extremo horror.

“I felt and feel profoundly moved by thoughts of the cruel and terrifying fate of these innocent prisoners, of all the human beings, young and old, whose existence was obliterated by the Nazis",  diz  Anne Sofie von Otter. “'We must never be allowed to forget, has been said many times before, but it must continue to be said again and again. Genocide and persecution are still happening in the world around us every day.”


(Anne Sofie Von Otter, em entrevista na BBC radio - parte 1 e parte 2)

 
professora Karina Jeppesen


O CD está disponível na biblioteca.

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