Avançar para o conteúdo principal

8Dias


O professor Luís Vilela, colaborador deste projecto, passará a assinar os posts com a etiqueta "8Dias". Falando sobre os objectivos desta rubrica semanal :

"Neste pequeno espaço serão seleccionadas e apresentadas algumas peças jornalísticas publicadas na semana anterior. A apresentação mais simplificada visa criar um espaço de discussão e análise. Das ideias e dilemas que a narrativa pública – é o que são as notícias – anuncia.
É, arrisco-me a afirmá-lo, acima de tudo um espaço para os leitores e visitantes do blog poderem manifestar-se face a uma escolha. Do que se leu.
E muito terá, certamente, ficado por ler.
Bem-vindos. "
____________________

Esta semana:


“No futuro, todos seremos anónimos por 15 minutos.”
In jornal i – 9/03/10
É com esta frase que somos confrontados quando procuramos conhecer não só a arte que faz, mas o autor/grafitter anónimo cujo trabalho tem ganhado protagonismo global. A sua alcunha é Bansky e tem deixado stencils por várias paragens: de Los Angeles a Londres, passando pelo Médio Oriente.

Mantém bem guardado o seu nome e defende posições provocadoras sobre a arte que faz: “Pinto porque acho que uma parede nas margens de um canal é um sítio mais interessante do que um museu.” Ou “na rua a única concorrência é o pó, (...) como se te misturasses com pessoas gordas para pareceres mais magro.” Diz ainda que as câmaras de vigilância “são uma das piores coisas da Inglaterra moderna”, já que “toda a gente tem coisas a esconder, senão é porque algo está mal”.

Que pensam os leitores sobre estas provocantes perspectivas?

Comentários

  1. Desconhecia o artista que parece decidido a provocar reacções, emoções, interrogações e, quem sabe, reflexões numa sociedade de indivíduos, porventura, mais informados mas também mais alheados, isolados, acomodados, por vezes, indiferentes aos males alheios que são, afinal, males de todos. Independentemente de estarmos ou não de acordo com o seu ponto de vista, expresso nos muros e paredes com pinceladas vigorosas e cores gritantes, uma coisa é certa: o mundo precisa cada vez mais destes agitadores das consciências, talvez os únicos homens e mulheres verdadeiramente livres!

    ResponderEliminar
  2. Muito bem visto , foca o interesse do artista em querer transmitir o que lhe leva a pintar...

    ResponderEliminar
  3. Tendo em conta o site que esta no texto acho que Bansky tem em foco a sociedade actual e gosta de pintar "o que lhe vais na alma"...

    Gostei principalmente de uma obra dele que esta no site: "http://www.banksy.co.uk/indoors/questiontime.html" acho que demonstra uma parte da sociedade de hoje em dia.

    ResponderEliminar
  4. Aos nossos leitores deixo mais um desafio:
    É certo que o grafitter (como outros artistas pláticos) procura dar a ver alguns dos contornos da nossa distorcida realidade social. Mas "Bansky" faz isso, defendendo - apesar de tudo - o anonimato do criador. Isso não é contrário à noção, muito comum, de originalidade e genialidade que o artista quer ver reconhecido, não só no mundo da arte, mas publicamente?
    O que acham?
    Saudações a todos,
    Luís Vilela.

    ResponderEliminar
  5. Sim concordo ! a nossa a sociedade esta muito individualista ,ou seja, as pesssoas fazem as suas obras e querem dar conhecer ao mundo inteiro paa chegar ao lugares de "top" e para dizer chegei aqui sozinho etc... e o autor ao recorrer anonimato do criador demostras que nao é fama que prentende mas sim dar a conhecer o nosso mundo distorcido atraves das artes...

    ResponderEliminar
  6. Nunca tinha ouvido falar deste artista de rua/grafitter anónimo e que faz autênticas obras de arte. Já fui pesquisar vários sites de modo a conhecer algumas das suas obras onde domina a crítica social..
    Gosto da frase dele "...uma parede... é um sítio mais interessante do que um museu"
    Será que o anonimato não desperta mais interesse em conhecer as suas obras??

    ResponderEliminar
  7. Desconhecia este artista e a sua obra, mas a verdade é que esta é fantástica.
    Gostei bastante da frase que Bansky diz:No futuro, todos seremos anónimos por 15 minutos.
    Com a avanço da tecnologia, as redes sociais vão ganhando mais destaque na nossa sociedade e a verdade é que colocamos lá toda a informação da nossa vida íntima( que acaba por deixar de o ser).
    Concordo com o que o artista diz porque no futuro, com toda a nossa informação a vaguear pela internet só vamos querer 15 de anonimato.

    Catarina L.

    ResponderEliminar
  8. Penso que este grafitter tem uma visão muito interessante no que diz respeito à Liberdade e à Arte... quanto à Liberdade e às câmaras de vigilância pergunto - me se será mais importante os mistérios particulares de cada indivíduo ou a segurança de toda uma sociedade urbana como é o caso da grande metrópole londrina. Quanto à Arte penso que a perspectiva deste artista anónimo faz muito sentido porque é algo muito gratificande para as cidades ter as suas obras à vista de todos e de forma gratuita... que naturalmente faz despertar a curiosidade de muitos que anseiam por saber a sua identidade!
    Paulo Gaspar

    ResponderEliminar
  9. Acho esta arte esplendida...
    Liberdade, igualdade, farternidade é a realidade que ele quer transmitir com os seus grafitis...
    *um á parte, ele grafita muito bem:D

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Ebook gratuito: «Esteiros» de Soeiro Pereira Gomes

A biblioteca escolar disponibiliza mais um título gratuito na sua Biblioteca Digital. Podes encontrar mais títulos aqui . Título : Esteiros Autor : Soeiro Pereira Gomes Edição : Agrupamento de Escolas Leal da Câmara Revisão e diagramação : Carlos Pinheiro Coleção : Clássicos da Literatura 1.ª edição : janeiro de 2020 Imagem da capa : Angelina Pereira Edição segundo as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, com base na edição de 1941 (Edições Sirius). Ebook em PDF Ebook em ePub  «Esteiros, minúsculos canais, como dedos de mão espalmada, abertos na margem do Tejo. Dedos das mãos avaras dos telhais que roubam nateiro às águas e vigores à malta. Mãos de lama que só o rio afaga.»

Filmes de marca: Avengers: Endgame

  Avengers: Endgame é um filme do universo cinematográfico da Marvel (MCU) que estreou em 2019 e foi dirigido por Joe e Anthony Russo. O filme que antecedeu Avengers: Endgame , Avengers: Infinity War acabou com a derrota dos heróis e metade da população do universo dizimada. A ansiedade para ver o filme não ocorria só pelo fim trágico do filme anterior, mas também pelo facto de este ser o final, tal como o próprio nome indica “endgame”, da fase da Marvel começada em 2008.   Assistir ao filme foi uma experiência inesquecível!   Começo por ver como os heróis estão a viver depois do desastre do filme anterior. Logo no início, deparo-me com a possibilidade da morte do homem de ferro e logo a seguir surge uma janela de esperança que é rapidamente fechada. O mundo estava a passar uma fase muito decadente. Cinco anos depois, as pessoas continuavam a não conseguir seguir em frente apesar de todos os esforços. E mais uma vez surge uma luz no fundo do túnel, renasce a esperança de voltar t

Miúdos a votos na EB da Rinchoa: reportagem da revista Visão Júnior

A revista Visão Júnior esteve na Escola Básica da Rinchoa a realizar uma reportagem sobre o Miúdos a Votos. O 1.º A fez uma entusiástica campanha acerca do seu livro preferido:  Trincas, o Monstro dos Livros , de Emma Yarlett. Os seus colegas do 3.ºA também estão empenhados na campanha de “Miúdos a Votos!” e dão tudo por tudo para que o seu livro, Porque é que os Animais Não Conduzem , de Pedro Seromenho, seja o mais votado Veja a reportagem aqui: https://visao.pt/visaojunior/miudos-a-votos/2024-03-04-na-eb2-da-rinchoa-nao-ha-duvidas-gostamos-de-livros/#&gid=1&pid=1