terça-feira, 16 de março de 2010

8Dias


O professor Luís Vilela, colaborador deste projecto, passará a assinar os posts com a etiqueta "8Dias". Falando sobre os objectivos desta rubrica semanal :

"Neste pequeno espaço serão seleccionadas e apresentadas algumas peças jornalísticas publicadas na semana anterior. A apresentação mais simplificada visa criar um espaço de discussão e análise. Das ideias e dilemas que a narrativa pública – é o que são as notícias – anuncia.
É, arrisco-me a afirmá-lo, acima de tudo um espaço para os leitores e visitantes do blog poderem manifestar-se face a uma escolha. Do que se leu.
E muito terá, certamente, ficado por ler.
Bem-vindos. "
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Esta semana:


“No futuro, todos seremos anónimos por 15 minutos.”
In jornal i – 9/03/10
É com esta frase que somos confrontados quando procuramos conhecer não só a arte que faz, mas o autor/grafitter anónimo cujo trabalho tem ganhado protagonismo global. A sua alcunha é Bansky e tem deixado stencils por várias paragens: de Los Angeles a Londres, passando pelo Médio Oriente.

Mantém bem guardado o seu nome e defende posições provocadoras sobre a arte que faz: “Pinto porque acho que uma parede nas margens de um canal é um sítio mais interessante do que um museu.” Ou “na rua a única concorrência é o pó, (...) como se te misturasses com pessoas gordas para pareceres mais magro.” Diz ainda que as câmaras de vigilância “são uma das piores coisas da Inglaterra moderna”, já que “toda a gente tem coisas a esconder, senão é porque algo está mal”.

Que pensam os leitores sobre estas provocantes perspectivas?

9 comentários:

  1. Desconhecia o artista que parece decidido a provocar reacções, emoções, interrogações e, quem sabe, reflexões numa sociedade de indivíduos, porventura, mais informados mas também mais alheados, isolados, acomodados, por vezes, indiferentes aos males alheios que são, afinal, males de todos. Independentemente de estarmos ou não de acordo com o seu ponto de vista, expresso nos muros e paredes com pinceladas vigorosas e cores gritantes, uma coisa é certa: o mundo precisa cada vez mais destes agitadores das consciências, talvez os únicos homens e mulheres verdadeiramente livres!

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  2. Muito bem visto , foca o interesse do artista em querer transmitir o que lhe leva a pintar...

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  3. Tendo em conta o site que esta no texto acho que Bansky tem em foco a sociedade actual e gosta de pintar "o que lhe vais na alma"...

    Gostei principalmente de uma obra dele que esta no site: "http://www.banksy.co.uk/indoors/questiontime.html" acho que demonstra uma parte da sociedade de hoje em dia.

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  4. Aos nossos leitores deixo mais um desafio:
    É certo que o grafitter (como outros artistas pláticos) procura dar a ver alguns dos contornos da nossa distorcida realidade social. Mas "Bansky" faz isso, defendendo - apesar de tudo - o anonimato do criador. Isso não é contrário à noção, muito comum, de originalidade e genialidade que o artista quer ver reconhecido, não só no mundo da arte, mas publicamente?
    O que acham?
    Saudações a todos,
    Luís Vilela.

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  5. Sim concordo ! a nossa a sociedade esta muito individualista ,ou seja, as pesssoas fazem as suas obras e querem dar conhecer ao mundo inteiro paa chegar ao lugares de "top" e para dizer chegei aqui sozinho etc... e o autor ao recorrer anonimato do criador demostras que nao é fama que prentende mas sim dar a conhecer o nosso mundo distorcido atraves das artes...

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  6. Nunca tinha ouvido falar deste artista de rua/grafitter anónimo e que faz autênticas obras de arte. Já fui pesquisar vários sites de modo a conhecer algumas das suas obras onde domina a crítica social..
    Gosto da frase dele "...uma parede... é um sítio mais interessante do que um museu"
    Será que o anonimato não desperta mais interesse em conhecer as suas obras??

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  7. Desconhecia este artista e a sua obra, mas a verdade é que esta é fantástica.
    Gostei bastante da frase que Bansky diz:No futuro, todos seremos anónimos por 15 minutos.
    Com a avanço da tecnologia, as redes sociais vão ganhando mais destaque na nossa sociedade e a verdade é que colocamos lá toda a informação da nossa vida íntima( que acaba por deixar de o ser).
    Concordo com o que o artista diz porque no futuro, com toda a nossa informação a vaguear pela internet só vamos querer 15 de anonimato.

    Catarina L.

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  8. Penso que este grafitter tem uma visão muito interessante no que diz respeito à Liberdade e à Arte... quanto à Liberdade e às câmaras de vigilância pergunto - me se será mais importante os mistérios particulares de cada indivíduo ou a segurança de toda uma sociedade urbana como é o caso da grande metrópole londrina. Quanto à Arte penso que a perspectiva deste artista anónimo faz muito sentido porque é algo muito gratificande para as cidades ter as suas obras à vista de todos e de forma gratuita... que naturalmente faz despertar a curiosidade de muitos que anseiam por saber a sua identidade!
    Paulo Gaspar

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  9. Acho esta arte esplendida...
    Liberdade, igualdade, farternidade é a realidade que ele quer transmitir com os seus grafitis...
    *um á parte, ele grafita muito bem:D

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