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8Dias


"Protecção a mais afecta o cérebro das crianças".

in Jornal i, 12/03/10

O título por si só é provovador e é uma das conclusões de um estudo científico da Universidade de Gunma, no Japão.
Vamos por partes: as consequências do excesso de zelo do pai (segundo parece o cuidado materno não tem os mesmos efeitos!) podem ser o desenvolvimento do cérebro em áreas associadas à doença mental. Os resultados mostram que aqueles que tiveram pais demasiadamente protectores apresentavam menos massa cinzenta numa parte específica do cérebro, responsável por vivenciar relações equilibradas.

O que surpreende é que no outro extremo do perfil dos pais, isto é, pais negligentes, acarretam as mesmas consequências para os filhos.
Confuso?

O que pensarão os nossos leitores desta (aparente) contradição?

Comentários

  1. É verdade que todas as crianças educadas desta forma nunca serão pessoas desenvolvidas cerebralmente, pelo facto de nunca vivenciarem factos e perigos na sociedade em que vivemos. Os pais pensam que deixar um filho brincar na lama faz-lhes mal à saúde, mas não, só os fortalece. Deixar os seus educandos cair nos seus próprios erros só os faz aprender mais rapidamente o que é a vida e que não é fácil ultrapassar certos pontos. Bom trabalho professor.

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  2. A dificuldade é essa mesmo. Qual é o ponto de equilíbrio? Andar na lama - como dizes - é positivo (em certa medida, pelo menos), mas supondo que há uma qualquer vulnerabilidade na criança ou a presença de um qualquer veneno para ratos por perto... bom, lá se vai a aprendizagem.
    O mesmo na vida. Quando e onde traçar os limites?
    Continuação de bom trabalho.
    Saudações,
    Luís Vilela.

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  3. Terá de haver, para uma boa aprendizagem um ponto de equilíbrio é certo... Os pais têm de "largar" os seus filhos por um bocado . . . isto é deixar que os seus filhos cometam os seus erros, e acima de tudo que aprendam com eles não os protegendo demasiado mas dando sempre a conhecer (ao filho) a sua presença na situação. Um pai não pode ser, alguém que apenas proíbe o filho de fazer isto e aquilo, mas tem de ser alguém que avise e que esteja para apoiar . . .

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  4. Ao que parece, então, que o ponto de equilibio esteja dependente da criança, isto é, os pais deverão ter controlo durante a criança por um certo tempo, mas depois tem de ser a criança por si mesmo a traçar os seus limites? E qual é a idade certa para se 'largar'? E se essa idade nunca chega? São mais as duvidas, do que as respostas...
    saudações,
    eu.

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  5. Para que o desenvolvimento de uma criança seja normal, é essencial que esta cometa os seus próprios erros, que faça um corte, que se zangue, que chore, que grite, etc. Assim, se uma criança tiver pais demasiado controladores, que a tratam como se fosse de porcelana e que vive dentro de uma cápsula de vidro, é bastante provável que não se desenvolva tão bem. No entanto, os pais não podem ser totais negligentes que não querem saber da criança.
    Concluo assim, que o melhor será encontrar o meio termo. Deixar a criança cometer alguns erros e ensina-la a prevenir outros.

    Catarina L.

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  6. O desenvolvimento da criança tanto a nível físico como emocional não é tão simples quanto aparenta ser. Não é só o crescer saudável e estar sempre a sorrir, ou saber falar e contar precocemente que contam. O trajecto de uma criança ao longo da sua vida tem várias e diferentes metas a alcançar mudando sempre o tal ponto de equilibrio que já aqui foi tantas vezes referido.
    O zelo que existe por parte dos pais não tem um fim, tem antes algumas modificações ao longo do tempo, não existindo assim um altura para "largar" os filhos, apenas há alturas em que têm de lhes dar mais espaço e é a isso que me refiro quando falo nas modificações do "zelo parental".
    Uma criança, tem várias etapas para ultrapassar na vida que nunca irá conseguir vencê-las nem sózinha nem quando os pais as tentam derrubar. O objectivo dessas mesmas é a criança ultrapassá-las devido ao seu esforço, através das suas capacidades mas também através da relação de entre-ajudaque criou ou fortaleceu com os seus pais.
    É disto que para mim é constituída a vida de uma criança, o seu desenvolvimento pessoal equilibrado, nem sózinha nem na sua ausência.

    Ana Rita Santos 10ºE1

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  7. Como se costuma dizer nem 8 nem 80 !
    Há que perceber a diferença entre preocupação e protecção.
    Sim porque parecendo que não, existe uma certa diferença na dimensão de cada uma.
    Falando de crianças, como também de adolescentes, educar é certamente algo complicado.
    Cada um tem as suas próprias ideias e pensamentos, sendo a educação algo muito pessoal. a educação reflecte assim a perspectiva que os pais/adultos têm do mundo actual.

    Diana Correia

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  8. Para uma criança se desenlvolver psicologicamente e fisicamente, é necessario ter os pais presentes na sua vida, mas, com limites para tudo. Precisa do seu espaço, para fazer algo que não deva, para os pais repreenderem para não voltar a fazer. Este tipo de educação que o texto falou não é bom para criança nenhuma, pois ela sofre uma pressão sobre si e ficará sempre de "pé atrás" quando tiver que tomar alguma decisão sozinha. Mas, por vezes os pais em si, não teem a culpa pois aplicam aos filhos a educação que tambem lhes foi alicada e tentam sempre proteger ao máximo os seus filhos não sabendo bem o limite.

    Tânia Jacinto

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  9. Eu penso que todas as crianças, desde pequenas devem começar a ser autónomas e nao deixar que os seus pais façam tudo por eles, porque depois quando for a altura de tomarem uma decisão importante estas falham.
    Também penso que os pais devem de dar um pouco de mais liberdade aos seus e não se preocuparem tanto com eles, pois estes sem esta liberdade não desenvolvem as mesmas emoções que os outros, podendo assim desenvolver doenças cerebrais.

    André Pereira

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  10. Como dizem "pais protectores, filhos abestados"
    porque? porque estão a limitar a capacidade dos filhos de pensar, de se "safar" sozinhos..
    Sendo que não podem fazer suas próprias escolhas, não que um filho pequeno tem direito a tudo aquilo que quer, mas ao menos para expressar suas escolhas, coisas que tem pais que os limitam.
    Cada criança tem o direito de ser livre, diante dos seus direitos, se as limitar crescem sem capacidade de se defenderem sozinhos.

    Raissa Pâmela

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