sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pascal Mercier (*)



Numa manhã chuvosa, uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte, em Berna. Raimund consegue dissuadi-la de tal propósito, mas depois a mulher desaparece. Tudo o que sabe é que é portuguesa. De tarde, entra numa livraria e, por acaso, descobre um livro de um autor português, Amadeu de Prado, que foi médico, poeta e resistente durante o salazarismo.

Raimund é, desde há muito tempo, professor de latim e grego, o que já o entusiasma tão pouco como o seu casamento, em estado de desagregação. Aprende português e, uma noite, mete-se num comboio para Lisboa, uma cidade que irá ser o local de todas as revelações: de dois mistérios da vida humana, da coragem, do amor e da morte.
Um livro que apetece reler lentamente, mal se acaba de ler.

Ibidem.


«Escrita sólida, fluida, um bilhete de ida para uma viagem recheada de ideias e personagens confrontadas com a História, o acaso, as escolhas. Metáfora para as mudanças e o exercício para a liberdade.»     
Visão

«Um misterioso escritor é pretexto para falar de questões como a solidão, a morte ou a identidade. Tudo a partir de Pessoa e da musicalidade do português».     
Diário de Notícias


O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 82-3 MER




Comboio Noturno para Lisboa foi adaptado ao cinema pelo realizador Bille August, e quase integralmente rodado em Lisboa.
Conta com as interpretações de Jeremy Irons, no papel de Raimund Gregorius, e ainda de Mélanie Laurent, Jack Huston, Bruno Ganz, Lena Olin, Christopher Lee, Charlotte Rampling, e dos portugueses Nicolau Breyner, Beatriz Batarda e Marco d´Almeida.

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(*) Pascal Mercier é o pseudónimo literário do filósofo Peter Bien. Nasceu em Berna em 1944 e vive em Berlim. Até recentemente foi professor de Filosofia na Universidade de Berlim. Filho da pequena burguesia, cedo decidiu que não queria para si o tipo de vida que os homens da casa levavam. O determinismo do almoço às 12h30 imposto pela fábrica fê-lo começar a refletir sobre a condição humana ao completar 12 anos, altura em que iniciou a leitura da História, das religiões e da vida dos santos. Aos 45 começou a escrever romances «enquanto professor receei colocar a minha reputação académica em causa quando me iniciei na ficção. Precisava de me esconder atrás de um pseudónimo para ter coragem de me libertar na escrita». Escolheu o nome pelo qual hoje é conhecido na lista telefónica de Genebra. Comboio Noturno para Lisboa é o seu terceiro romance. Está traduzido em 15 idiomas.


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