terça-feira, 14 de março de 2017

Oficina de Origami




Workshop de Origami

No dia 8 de março de 2017, pelas 13.30 horas, na biblioteca, realizou-se uma oficina de origami dirigida por Susana Domingues e destinada sobretudo a professores, mas à qual também não faltaram alunos e funcionários.

A partir de folhas quadradas de faces com motivos exóticos ou vintage lindíssimas construímos uma bola, um peão, uma flor, o chapéu do samurai - o soldado do imperador hábil no manejo do sabre e o tsuru  - a ave (grou) sagrada do Japão considerada símbolo de saúde, longevidade e fortuna. Num ambiente descontraído e bem humorado, Susana Domingues teve ainda oportunidade de partilhar connosco referências à história e cultura japonesa, como a da lenda do tsuru, à luz da qual se compreende que as peças fabricadas em origami sejam usadas não apenas para decoração, mas também nos rituais religiosos, associadas a pedidos dos crentes.

Eis a lenda do tsuru: Em 1945, depois da explosão da bomba de Hiroshima, os sobreviventes da II Guerra Mundial adquiriram inúmeras doenças. À pequena Sadako, de 12 anos de idade, foi diagnosticada leucemia. Hospitalizada, recebeu de um amigo papeis coloridos para fazer 1000 origamis de tsuru juntamente com o pedido de cura. Uma vez que se encontrava muito doente, Sadako enquanto fazia os tsurus em papel dirigia os seus pensamentos para o desejo de paz no mundo. Faleceu ao completar o 964 tsuru. Os seus amigos terminaram os 1000 tsurus e iniciaram uma campanha para erguer um monumento pela paz que foi inaugurado em 1958 no Parque da Paz de Hiroshima.

Muito obrigada à Susana Domingues pela sua disponibilidade na divulgação de técnicas manuais ancestrais de todo o mundo junto de escolas, museus e fundações - é uma animadora habitual da Fundação Oriente! – e pelo envio dos diagramas para os vários exemplares de origami construídos nesta sessão. Junto com eles segue um cubo construído através da app Cube Creator. Faço ainda votos para que outros sigam o exemplo da Susana de modo a que estas técnicas permaneçam vivas na nossa cultura. 

professora Liliana Silva


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