sexta-feira, 6 de maio de 2016

Os 12 de Inglaterra




O meu nome é Inês Soares, sou aluna do 12.º ano do Curso de Artes Visuais na Escola Secundária Leal da Câmara.
Sinto que devo começar por dizer que esta palestra foi, para mim, uma agradável surpresa. Tenho de admitir que os meus conhecimentos em relação ao livro, Os Doze de Inglaterra publicado pela editora Gradiva ou até a Guilherme d’Oliveira Martins e a José Ruy eram poucos. Até à data sabia apenas que se tratava de um álbum de banda desenhada e de um administrador da Fundação Gulbenkian e de um ilustrador, pintor e autor deste tipo de arte gráfica. No entanto, acreditando que posso aprender em todas as minhas vivências e também devido à insistência da nossa diretora de turma Fernanda Filipe, ali estava eu, sentada na audiência com os ouvidos a postos.
Assim que começou a palestra apercebi-me do esforço que houve, por parte da Escola e da Biblioteca, em organizar uma iniciativa que despertasse interesse nos alunos e, uma vez que os presentes espetadores podiam, tal como eu, ter pouco conhecimento acerca da obra e dos convidados, foi feita a apresentação dos oradores por parte de dois alunos Leonor Cavalheiro e Martim Machado e foi lido um excerto do livro por parte da aluna Sara Fonseca e da professora Luísa Supico.
Apreciei muito toda a palestra. No entanto, a parte que mais me cativou, foi quando o ilustrador José Ruy partilhou connosco algumas das suas experiências. Para mim foi fascinante estar a ouvir alguém que, para além de ter vingado no desenho, atingiu o meu maior objetivo de vida que é fazer aquilo que mais amo. Ainda mais impressionante foi que iniciou a sua carreira aos 14 anos e conta agora com 86 anos de idade.
Apesar de estar em Artes, sinto alguma dificuldade na disciplina de Desenho. Dá-me imensa ansiedade e dores de cabeça. No entanto, estava ali perante alguém que desenhou durante toda a sua vida e que se sente, de facto, feliz em faze-lo. Soube, por isso, de imediato que havia algo que eu podia aprender ao estar perante alguém que apresentava em relação ao desenho um sentimento tão diferente do meu.
Ao terminar a palestra tivemos oportunidade de falar com José Ruy mais pessoalmente, o que, para mim, foi muito importante.
Apesar de não ser grande apreciadora de Banda Desenhada, senti necessidade de comprar um exemplar d’ Os Doze de Inglaterra. Pedi ao ilustrador que, como dedicatória, me escrevesse o que é para ele o desenho e/ou o que sente ao desenhar. Inicialmente pensei que ele iria escrever imenso, devido ao caráter vago da pergunta que lhe dirigi. No entanto, este conseguiu escreve-lo em apenas duas frases que partilho convosco: “O desenho representa para mim uma forma de respiração. É uma oxigenação da arte que gostamos de realizar”.

Aprendi muito com esta palestra. Espero que a Biblioteca e a Escola continue com iniciativas destas, porque é assim que a Escola cultiva a cultura e o conhecimento nos seus alunos e é devido a este tipo de iniciativas que posso dizer “Gosto da minha escola!” 

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Com o passar dos dias aprendo cada vez mais e viu-se isso mesmo hoje, dia 20 de abril, através da apresentação do livro Os Doze de Inglaterra desenhado por Eduardo Teixeira Coelho

Quem nos veio falar sobre o livro foi Guilherme d' Oliveira Martins, membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian e José Ruy, o maior autor de Banda Desenhada escrita em português da atualidade.
Estive a ler algumas páginas do livro e adorei os desenhos, nomeadamente da capa e contracapa.

Quanto ao que o Mestre José Ruy disse eu concordo plenamente... Precisamos de repetir várias vezes, seja no desenho, seja na vida, os mesmos gestos para que a nossa obra e a nossa vida se aproxime da perfeição.

Adorei a sessão!

João  Fernandes Vicente 10.º A




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