sábado, 7 de fevereiro de 2015

Rodolfo Castro (4)




Rodolfo Castro aprendeu que a literatura - tal como a música, o teatro, as viagens, o amor, as artes plásticas, o mistério, os sonhos, a dança - nos acrescenta vida. Dialogando com o leitor acerca das suas perceções sobre a aprendizagem, a leitura e a narração oral, e tendo em mente que a leitura transcende os livros e que é mais uma atitude perante o mundo do que uma aptidão perante os signos da linguagem escrita, o autor procura refletir, sem pretender convencer nem rebater outras visões. Interroga-se, interrogando-nos, na busca de novas perguntas, fugindo a velhas respostas. Até porque, afinal, «é quase tudo intuição: intuição leitora, intuição narrativa». A intuição de viver...

Cota: 82-3 CAS



Ninguém se lembrava do dia em que Jacinto havia contado o seu primeiro conto debaixo da árvore. No bairro, dizia-se que sempre estivera ali. Alguns anciãos afirmavam que apenas os contos eram anteriores a ele. E havia ainda quem afirmasse que a árvore, as casas e tudo o resto só existiam porque Jacinto os narrava. Todos acreditavam que os seus contos seriam escutados para sempre.


Cota: 821.134.3 CAS




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