sexta-feira, 7 de junho de 2013

Tito de Morais






Think before you post!

Atualmente a internet constitui o ambiente no qual os jovens socializam e adquirem experiência, enfim, VIVEM.

E os jovens vivem online da mesma forma que os peixes vivem na água: sob o seu ponto de vista, não existe qualquer distinção entre o mundo online e o mundo offline, um é a continuação natural do outro, pelo que as consequências ocorridas num têm necessariamente efeitos no outro. A insegurança que se vive nas ruas veio apenas reforçar a oportunidade que esta nova tecnologia oferece, a de viver na rede social de amigos no ambiente virtual.

Assim, é natural que, enquanto estão online, os jovens façam amigos, cortem relações – o verbo ‘desamigar’ passou a integrar o vocabulário usual dos jovens - ou, até mesmo, possam ocasionalmente falar com estranhos e criar novas amizades, sobretudo se têm idades superiores a 15 anos, como é o caso da maioria dos alunos da Escola. É também natural para estas idades e como é o caso dos alunos da Leal da Câmara (consultar resultados do inquérito aplicado na plataforma moodle), fazê-lo sobretudo a partir do próprio quarto de dormir.

Os adultos, respeitando a privacidade e a intimidade dos jovens, exercem, neste processo, uma vigilância atenta, mas subtil, do tipo sombra, dirigida para o acompanhamento e influência através do diálogo que obriga a conter os conselhos que gostariam realmente de dar, todos eles subordinados ao imperativo, ‘Não faças!’. E isto porque sabem que não há outro modo de adquirir autonomia e responsabilidade, a não ser por si próprio, na primeira pessoa.

Foi enquanto adulto e investigador experiente do comportamento dos jovens online que Tito de Morais foi convidado, por parte da equipa da biblioteca escolar, a realizar uma sessão de formação para jovens no passado dia 29 de maio. Num auditório repleto de alunos e professores o fundador do projeto Miúdos Seguros Na. Net contou histórias verídicas que levaram os alunos a refletir sobre as diferenças entre o mundo real e o mundo virtual e das quais é preciso ter bem consciência a partir do momento em que se regista algo. Nestas histórias aspetos como a pesquisabilidade, a replicabilidade, a escalabilidade, o anonimato e a possibilidade de colapsar contextos dos conteúdos online estiveram no cerne da reflexão. Rendida às palavras do conferencista a assistência reforçou a sua consciência do enorme poder – inspirador e destruídos - da internet.

professora Liliana Silva

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