Iniciamos hoje uma viagem muito especial, que, certamente, todos já experienciaram. É uma viagem que desperta os nossos sentidos e provoca em nós sensações, sobretudo visuais e auditivas, mas também nos dá a pensar, desafiando-nos a olhar o mundo em volta de outras perspetivas. Quando os primeiros viajantes, em 1895, foram convidados a entrar no Salão do Grand Café, em Paris, para fazerem esta viagem, fizeram-na em conjunto, sentados numa sala escura, frente a um ecrã que se iluminava e, como que por magia, refletia imagens em movimento da chegada de um comboio à estação de La Ciotat. Os guias desta viagem eram, à data, os Irmãos Lumière que faziam assim a primeira apresentação pública do seu invento mágico: o cinematógrafo. Desde então, muitos foram os desenvolvimentos técnicos, científicos e artísticos que foram aprimorando esta viagem, tornando-a cada dia mais sensacional, mas nunca mais deixámos de ter vontade de a fazer, deixando-nos levar pelo prazer de assistir a um bom filme.
Talvez, passados mais de 120 anos, a marca que fica
impressa, em cada um de nós, varie de intensidade consoante o género, o enredo,
os atores, o ambiente, a música, o guarda-roupa, e até o lugar ou contexto em
que vemos o filme, mas nunca ficamos indiferentes. Os filmes marcam-nos! E são
essas marcas dos filmes em cada um nós, na sua singularidade, que partilharemos
aqui, porque há viagens que vale a pena partilhar pela riqueza dos pontos de
vista, das vivências, das sensações, das ideias que criam e projetam.
Manuela Martins (coordenadora do Plano Nacional de Cinema no Agrupamento de Escolas Leal
da Câmara)
Curta-metragem, Documentário, 60 segundos
Sinopse - Um grupo de passageiros
aguarda a chegada do comboio à estação.
Ver aqui:
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