Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida coma tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do António e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.
Ibidem.
Ibidem.
O livro de Valter Hugo Mãe inspirou o trabalho da artista plástica Maria Rita Pires, patente na galeria Trema até ao dia 8 de Junho.
Escreveu o autor sobre o trabalho da artista:
« O modo como o papel floriu, como se fez pássaro e borboleta, a roupa interior que seca na árvore, tudo me maravilha. Como se o mundo do livro se traduzisse num atrito ínfimo da luz, uma presença quase ausente, igual às visões de sonho. O trabalho da Maria Rita Pires deslumbra-me. Põe-me a ver milagrinhos de papel. Aquilo que os escritores tanto buscam nas palavras e que ela encontrou tão ao pé delas.» Aqui.
O livro está disponível na biblioteca.
Cota: 821.1343 - MAE
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(*) Autor vencedor do Prémio José Saramago (5º edição, 2007).
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