Avançar para o conteúdo principal

Gabriel Mithá Ribeiro (2)



A ação Como ensinar História no séc. XXI decorreu na biblioteca no dia 10 de abril, pelas 18:30.
O auditório foi constituído essencialmente por professores e o debate em torno da obra e ideias do autor foi animado e muito participado.



"E o que faz um bom aluno?"
O sociólogo Albert Hischman, no seu modelo de participação cívica dos cidadãos em instituições, diz-nos que há quem fique quieto e aparentemente não faça nada, quem use a voz critica de modo ativo e ainda quem se submeta às regras do poder e da instituição. Este modelo altera muito do que habitualmente ouvimos na opinião pública, revelando que mesmo que os indivíduos aparentemente fiquem quietos e não façam nada, seguindo as suas rotinas, têm uma atitude com significado social importante. Criámos a ideia de que o aluno que está sempre a participar é um bom aluno mas, na verdade, é-o quem está intelectualmente ativo, o que muitas vezes só se manifesta a prazo. Mais do que com o professor, o bom aluno deve mostrar empatia com o conhecimento. Durante mais de uma geração tivemos uma ditadura que impôs o silêncio. Saramago dizia que «O silêncio serve para ouvirmos o que é importante». Essa  democratização tem de vir de uma adesão voluntária da sociedade.  Era fundamental para repensar a própria ideia de escola. A escola carece de silêncio."

Excerto da entrevista de Gabriel Mithá Ribeiro ao Jornal de Letras em janeiro de 2013.


O nº 1103 do JL  está disponível na biblioteca .


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Ebook gratuito: «Esteiros» de Soeiro Pereira Gomes

A biblioteca escolar disponibiliza mais um título gratuito na sua Biblioteca Digital. Podes encontrar mais títulos aqui . Título : Esteiros Autor : Soeiro Pereira Gomes Edição : Agrupamento de Escolas Leal da Câmara Revisão e diagramação : Carlos Pinheiro Coleção : Clássicos da Literatura 1.ª edição : janeiro de 2020 Imagem da capa : Angelina Pereira Edição segundo as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, com base na edição de 1941 (Edições Sirius). Ebook em PDF Ebook em ePub  «Esteiros, minúsculos canais, como dedos de mão espalmada, abertos na margem do Tejo. Dedos das mãos avaras dos telhais que roubam nateiro às águas e vigores à malta. Mãos de lama que só o rio afaga.»

Exposição: As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões

 

8Dias

Passar das marcas? Acusar? Manipular? E se... Jornal i, 01 de Maio de 2010 Esta semana o 8Dias traz-vos mais um problema. Um dilema. Vamos a factos: recentemente foi retirado do Youtube um vídeo da cantora londrina M.I.A. que acompanha a sua recente canção Born Free , pela acusação de ser muito violento. O vídeo parece uma grande produção cinematográfica (ainda que contida em aproximadamente 9 minutos), onde se desenvolve a acção violenta de uma força de elite apostada em erradicar indivíduos cuja característica distintiva é serem ruivos. Para além de todos os dados (relevantes ou não) que gravitam em torno deste episódio - a questão que aqui se gostaria de propor é: será arte ou provocação gratuita a exibição de violência ou pornografia? Seja num teledisco, quadro ou novela. O contexto que proponho para analisar esta questão é o da liberdade de expressão e de pensamento, mas também o da mais simples intenção humana de manipular em vez de persuadir. E se for mais um aceno interpelador...