"Antes de fugir para o Brasil, D. Maria I já se encontrava louca. Passava por períodos de frenesim e supunha que o seu próprio corpo estava oco. No Rio de Janeiro imaginava que o Diabo se escondia no Pão de Açúcar.
O Marquês de Pombal encontrar-se-ia tão obcecado com os jesuítas que só admitia conversas que os visassem. Entre os muitos que encarcerou e matou, conta-se o padre Malagrida. Qual dos dois era menos equilibrado?
Fernando Pessoa revelou, desde cedo, uma grande preocupação com a sua própria sanidade mental, adoptando diferentes classificações psiquiátricas para si mesmo. Estaria louco ou apenas com medo?
A psicóloga clínica Joana Amaral Dias traça o retrato psicológico destas e de outras personagens tidas como loucas. Baseada numa investigação histórica cuidada e na leitura de escritos e registos biográficos e auto-biográficos - cartas, diários, etc.- , a autora revela-nos a dor psíquica destas figuras, bem como o seu respectivo diagnóstico clínico.
Uma reflexão original sobre a forma como ao longo dos tempos a sociedade encarou a doença mental e acerca das alianças que a Psiquiatria estabeleceu com o poder e a própria loucura."
in, Maníacos de Qualidade
O livro está disponível na biblioteca.
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