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Revolucionarte



A Arte na Revolução

Pelo sonho é que vamos… - escreveu um dia o poeta Sebastião da Gama, e nós acreditamos nos sonhos, na vontade de querer construir, pela partilha de significados, perspectivas e abertura de horizontes.
É esta a fé que nos move e orienta, impulsionando-nos a agir e que, na semana entre o 25 de Abril e o 1º de Maio, nos levou a festejar a Revolução dos Cravos com arte. Não aquela arte erudita, acessível apenas a estudiosos e entendidos, mas a arte como manifestação espontânea de um dizer feito de emoções, sentimentos e afectos, por vezes, contraditórios, abruptos, desgovernados, reflexo do sentir colectivo vivido em momentos cruciais da história dos povos. Assim, trouxemos para a biblioteca da nossa escola cartazes, fotos, filmes, poemas, canções, livros, documentos ilustrativos de um acontecimento vivido pelos portugueses há 36 anos que, pela sua grandiosidade enquanto factor de mudança, continua vivo no eco do seu grito de liberdade em cada um de nós. E porque é importante que as novas gerações não deixem morrer esse eco, trouxemos também o testemunho de Carlos Michaelis de Vasconcellos através do seu filme A Arte na Revolução, a viola e voz contagiantes de Luís de Freitas Branco e a poesia dos nossos poetas, dita pelos tertulianos que, na noite de 29 de Abril, vieram festejar a Revolução, lembrando, como disse o escritor Mário de Carvalho numa entrevista recente, que «a mudança vem da generosidade e da construção da Humanidade e não da desumanidade». Gostámos muito!

professora Manuela Martins

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