A Evolução do Livro (2)
Das placas de argila à estrutura líquida dos textos
digitais
A história da desmaterialização da
biblioteca
Ler é uma função vital,
natural ao ser humano, a par do batimento cardíaco ou da respiração. Surge do
reconhecimento de que a um objeto (por exemplo, a carapaça de uma tartaruga),
lugar (a terra onde o arquiteto vai construir a sua casa) ou acontecimento (a
criança que, experimentando medo e alegria, aprende a andar) merece ser
atribuída uma significação, merece ser lido. Lemos para compreender o mundo.
A escrita surge depois e,
apesar de não ser um elemento indispensável ao homem – há sociedades sem
escrita – confere-lhe uma virtude essencial ao autoconhecimento e evolução: a
possibilidade de constituir uma memória comum.
Ao longo da história a
leitura de textos escritos fez-se a partir de diferentes suportes de escrita. A
pedra, a argila, a madeira, o papiro, o pergaminho, o papel e o digital foram
as principais superfícies de inscrição de signos linguísticos utilizadas. Estes
suportes conferiram ao texto lido diferentes formatos: a placa, o rolo, a tábua,
o códice, o livro impresso e o livro digital. Neste percurso, cada nova
tecnologia do texto escrito – o desenho, a gravação, o manuscrito, a imprensa e
o computador - veio acrescentar possibilidades à anterior, intensificando os
hábitos e o prazer da experiência de leitura. Os fatores que ditaram esta
evolução da leitura foram: a duração, o
manuseamento e a portabilidade do texto escrito.
Sob o ponto de vista dos
seus conteúdos, a história da leitura corresponde a uma crescente
dessacralização do livro e, no âmbito dos acessos, ela narra uma democratização
progressiva do acesso ao livro.
Em 2013 e no âmbito do
desenvolvimento do projeto, Nativos
Digitais Leem+, a biblioteca da Escola disponibiliza uma coleção para a
qual, pela primeira vez, não possui corpo físico visível: as licenças de eBooks descarregadas nos leitores
digitais. Intermediária entre os utilizadores e a informação disponível online, a biblioteca reforça o seu papel
de apoio pedagógico ao serviço da promoção
da leitura e do desenvolvimento curricular esperando contribuir para o
sucesso educativo dos alunos.
Nota: gostaríamos de deixar aqui uma palavra de agradecimento às professoras Teresa Sobral e Maria Joâo Castilho, à Viarco - Indústria de Lápis, Lda, e a Pedro Ferreira Artes Gráficas sem os quais a exposição não ficaria tão bem documentada. Bem hajam todos!
Nota: gostaríamos de deixar aqui uma palavra de agradecimento às professoras Teresa Sobral e Maria Joâo Castilho, à Viarco - Indústria de Lápis, Lda, e a Pedro Ferreira Artes Gráficas sem os quais a exposição não ficaria tão bem documentada. Bem hajam todos!
professora Liliana Silva
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