Jornadas (1)



No primeiro dia das JORNADAS, dia 29 de Abril, recebemos o Dr. Laborinho Lúcio* que veio à nossa escola trazer-nos reflexões bastante interessantes sobre “Educar para a Cidadania”. A inteligência, o conhecimento, a sensibilidade e o sentido de humor do conferencista inspiraram e contagiaram todos os que estiveram presentes.

Muito do que foi dito nos inspirou e implicou. Sublinho a distinção entre pensamento único/obediência e pensamento crítico/rebeldia e a relação entre solidariedade e egoísmo.

Por oposição ao pensamento único, segundo o qual a educação é educação para a obediência, o Dr. Laborinho Lúcio, de modo convicto, escolheu o pensamento crítico, aquele modelo de pensamento que é capaz de formar “rebeldes competentes”, segundo as palavras de Boaventura de Sousa Santos: “O que se deve pedir à escola é que forme rebeldes competentes”, isto é, que fomente o pensamento crítico, que ensine a dizer NÃO, NÃO à arrogância da tolerância condescendente.

Fez-nos assim perceber que a cidadania nos convoca hoje para a solidariedade, para o reconhecimento da igualdade do outro. Educar para a Cidadania é educar para os Direitos, o mesmo é dizer, educar para a liberdade, para a autonomia crítica, para o reconhecimento de que os deveres são a condição de possibilidade do exercício dos direitos.


professora Rosa Borges




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*Do seu vasto e rico currículo destacamos:
O Dr. Laborinho Lúcio é Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Integra o Conselho Superior de Magistratura. Foi secretário de Estado e Ministro da Justiça. Foi Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores.
Membro fundador da Associação de Apoio à Vítima.
Autor de várias obras, entre as quais, “Educação, Arte e Cidadania”.
Concebeu e coordenou, na Universidade Autónoma de Lisboa, o “Programa Malhoa”, no domínio do exercício activo da cidadania.

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