Aquela visita de estudo
Creio que tive o prazer, senão a sorte, de visitar
a cidade do Porto, nomeadamente, a casa e a cadeia onde Camilo Castelo Branco
permaneceu, no âmbito da disciplina de Português, no meu 11º ano.
Após esta, acredito que a obra será
entendida de forma diferente, dado que nós, estudantes, tivemos a oportunidade
de conhecer o ambiente da sua casa e da sua cela. De facto, Camilo escreve a
maior parte das suas obras nesses locais que, de certa forma, demonstram o
estado de espírito e as sensações aí transmitidas. Ou seja, as emoções tornam-se
familiares para os leitores. Por exemplo, quando, na obra Amor de Perdição, Simão Botelho é preso, todos os seus sentimentos
revelam-se íntimos para o leitor.
Deste modo, foi também possível partir à
descoberta do humor, da simplicidade e da gentileza do escritor. Num primeiro
impacto, todo o vocabulário utilizado pelo mesmo remete para um carácter mais
forte, autoritário, frio e até racional, que, ao longo da visita, é desmentido.
Principalmente, na divisão do seu quarto, onde o escritor ocupa a cama mais
próxima do escritório, de forma a não incomodar a mulher durante a noite,
quando se levanta para escrever.
Em suma, é de espantar a forma como uma
simples visita de estudo nos pode proporcionar tal manancial de aprendizagens,
de conhecimentos e até de curiosidades. Na minha opinião, esta foi muito
significativa para um crescente interesse tanto pela obra Amor de Perdição, como pelo próprio autor, Camilo Castelo Branco.
Catarina Cardoso, 11ºC3
Projeto desenvolvido
no âmbito de Português
professora Teresa
Lucas
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