Os 12 de Inglaterra
O
meu nome é Inês Soares, sou aluna do 12.º ano do Curso de Artes Visuais na Escola
Secundária Leal da Câmara.
Sinto
que devo começar por dizer que esta palestra foi, para mim, uma agradável
surpresa. Tenho de admitir que os meus conhecimentos em relação ao livro, Os Doze de Inglaterra publicado pela
editora Gradiva ou até a Guilherme d’Oliveira Martins e a José Ruy eram poucos.
Até à data sabia apenas que se tratava de um álbum de banda desenhada e de um administrador
da Fundação Gulbenkian e de um ilustrador, pintor e autor deste tipo de arte
gráfica. No entanto, acreditando que posso aprender em todas as minhas
vivências e também devido à insistência da nossa diretora de turma Fernanda
Filipe, ali estava eu, sentada na audiência com os ouvidos a postos.
Assim
que começou a palestra apercebi-me do esforço que houve, por parte da Escola e
da Biblioteca, em organizar uma iniciativa que despertasse interesse nos alunos
e, uma vez que os presentes espetadores podiam, tal como eu, ter pouco
conhecimento acerca da obra e dos convidados, foi feita a apresentação dos
oradores por parte de dois alunos Leonor Cavalheiro e Martim Machado e foi lido
um excerto do livro por parte da aluna Sara Fonseca e da professora Luísa
Supico.
Apreciei
muito toda a palestra. No entanto, a parte que mais me cativou, foi quando o
ilustrador José Ruy partilhou connosco algumas das suas experiências. Para mim
foi fascinante estar a ouvir alguém que, para além de ter vingado no desenho,
atingiu o meu maior objetivo de vida que é fazer aquilo que mais amo. Ainda
mais impressionante foi que iniciou a sua carreira aos 14 anos e conta agora
com 86 anos de idade.
Apesar
de estar em Artes, sinto alguma dificuldade na disciplina de Desenho. Dá-me
imensa ansiedade e dores de cabeça. No entanto, estava ali perante alguém que
desenhou durante toda a sua vida e que se sente, de facto, feliz em faze-lo.
Soube, por isso, de imediato que havia algo que eu podia aprender ao estar
perante alguém que apresentava em relação ao desenho um sentimento tão
diferente do meu.
Ao
terminar a palestra tivemos oportunidade de falar com José Ruy mais
pessoalmente, o que, para mim, foi muito importante.
Apesar
de não ser grande apreciadora de Banda Desenhada, senti necessidade de comprar
um exemplar d’ Os Doze de Inglaterra.
Pedi ao ilustrador que, como dedicatória, me escrevesse o que é para ele o
desenho e/ou o que sente ao desenhar. Inicialmente pensei
que ele iria escrever imenso, devido ao caráter vago da pergunta que lhe
dirigi. No entanto, este conseguiu escreve-lo em apenas duas frases que
partilho convosco: “O desenho representa para mim uma forma de respiração. É
uma oxigenação da arte que gostamos de realizar”.
Aprendi
muito com esta palestra. Espero que a Biblioteca e a Escola continue com
iniciativas destas, porque é assim que a Escola cultiva a cultura e o
conhecimento nos seus alunos e é devido a este tipo de iniciativas que posso
dizer “Gosto da minha escola!”
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Com o passar dos dias aprendo cada vez mais e viu-se isso mesmo hoje, dia
20 de abril, através da apresentação do livro Os Doze de Inglaterra desenhado
por Eduardo Teixeira Coelho
Quem nos veio falar sobre o livro foi Guilherme d' Oliveira Martins, membro
do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian e José Ruy, o
maior autor de Banda Desenhada escrita em português da atualidade.
Estive a ler algumas páginas do livro e adorei os desenhos, nomeadamente da
capa e contracapa.
Quanto ao que o Mestre José Ruy disse eu concordo plenamente... Precisamos
de repetir várias vezes, seja no desenho, seja na vida, os mesmos gestos para
que a nossa obra e a nossa vida se aproxime da perfeição.
Adorei a sessão!
João Fernandes Vicente 10.º A
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