Florbela Espanca
Vicente Alves do Ó, Florbela, 2011
Num Portugal atordoado pelo fim da I República, Florbela separa-se de forma
violenta de António. Apaixonada por Mário Lage, refugia-se num novo casamento
para encontrar estabilidade e escrever, mas a vida de esposa na província não é
conciliável com sua alma inquieta. Não consegue escrever nem amar. Ao receber
uma carta do irmão Apeles, oficial da aviação naval e de licença em Lisboa,
Florbela corre em busca de inspiração perto da elite literária que fervilha na
capital. Na cumplicidade do irmão aviador, Florbela procura um sopro em cada
esquina: amantes, revoltas populares, festas de foxtrot e o Tejo que em breve
verá o irmão partir num hidroavião. O marido tenta resgatá-la para a
normalidade, mas como dar norte a quem tem sede de infinito? Entre a realidade e
o sonho, os poemas surgem quando o tempo pára. Nesse imaginário febril de
Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e
apenas a sua poesia a mantém sã. Por isso, Florbela tem que escrever! Este
filme é o retrato íntimo de Florbela Espanca: não de toda a sua vida cheia de
sofrimento, mas de um momento no tempo, em busca de inspiração. Uma mulher que
viveu de forma intensa e não conseguiu amar tranquilamente.
O filme está disponível na biblioteca.
Cota: 597 DVD
Cota: 597 DVD
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