terça-feira, 29 de março de 2011

Revista e CD-R



As vantagens da diferença sexual na evolução humana


A diferença de comportamentos entre homem e mulher resulta fundamentalmente do seu património genético (hereditariedade) ou da educação/cultura e condições de vida/meio envolvente?

De acordo com os preconceitos herdados, criamos a expectativa de que os rapazes gostam de brincar com carros e de jogar futebol e as raparigas de brincar com bonecas e ir às compras e de que os homens são bons na realização de tarefas espaciais e as mulheres em habilidades verbais. Porém, se a experiência de ambos os sexos, desde o nascimento até à idade adulta, fosse outra, será que eles continuariam a manifestar essa preferência?

Depois dos movimentos sociais de Maio de 1968 em França, alguns jovens pais, querendo por termo aos papéis ancestrais atribuídos a ambos os sexos, proporcionaram aos seus filhos uma educação idêntica através da organização das próprias creches e escolas. Esta experiência permitiu verificar que, não obstante a sua educação, rapazes e raparigas orientavam-se por comportamentos sexuados: eles preferiam brincar com carros e elas com bonecas e, no geral, as diferenças de comportamento entre os dois sexos correspondiam aos clichés habituais das escolas clássicas ou, mesmo, eram mais acentuadas. Realizaram-se outras experiências, como por exemplo no kibutz de Israel (década de 1950) e estudos semelhantes, por exemplo os do antropólogo americano Melford Spiro (1956-58), tendo-se chegado sempre a idênticas conclusões. Daqui pode concluir-se que existem determinantes pré-culturais que têm um efeito notável sobre o comportamento humano. Podemos percebe-los em factores biológicos seleccionados pela evolução que correspondem a capacidades adaptativas do ser humano. Alguns exemplos:

    - A competência para representar tridimensionalmente os objectos – fundamental para o cálculo, trigonometria, física, engenharia e a ciência em geral - foi seleccionada dos nossos ancestrais pelo sexo masculino porque era ao homem que competia caçar, explorando novos territórios;

    - A determinação do comportamento que leva as meninas a brincarem às mamãs inscreve-se num mecanismo biológico que provém do facto de, em todas as culturas (inclusive na dos mamífero), serem as mulheres a prestarem cuidados às crianças;

    - A nível sexual o homem adopta uma estratégia quantitativa que vai no sentido de querer transmitir os seus genes a muitos parceiras, persuadindo-se do seu próprio valor - a competição e o desejo de domínio são comportamentos seleccionados do homem pré-histórico - e desenvolvendo estratégias de intimidação muito eficazes que já os rapazinhos praticam - no reino animal estas estão associadas a atributos próprios dos machos: juba (leão), plumas (pavão), hastes (veado), caninos (gorila)… Estas determinações biológicas fazem com que o homem seja mais resistente ao confronto e explica, em parte, porque é que é ele quem geralmente ocupa os postos mais elevados das empresas.

Homens e mulheres não nascem iguais, mas antes são complementares e inseparáveis. Há uma interacção entre inato e adquirido que confere ao cérebro um sexo: dimorfismo cerebral.
Estas são algumas das ideias em análise no artigo "Cerveau Homme/Femme – Quelles différences?" da revista L´Essentiel - Cerveau & Psycho, nº 5, Fevereiro/Abril de 2001, disponível na biblioteca. Sumário: aqui.

professora Liliana Silva

                               
Sobre este tema a  biblioteca disponibiliza ainda  o documentário em duas partes, A Guerra dos Sexos (2007), de Leisel Evans, 49 min. Em CD-R.

Fonte: Discovery/RTP2

Prémio UBI "Jovem Filósofo"


Estão abertas até 15 de Julho as candidaturas para a segunda edição do Prémio UBI “Jovem Filósofo”. Este prémio, que é uma iniciativa da Comissão do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade da Beira Interior, destina-se a todos os alunos do Ensino Secundário e tem como propósito reconhecer um trabalho de excelência, submetido anonimamente a concurso, sobre um problema filosófico considerado relevante.
Nesta segunda edição, o tema proposto é o seguinte: “Porque fazemos aquilo que fazemos?”. O prémio para esta edição será constituído pela publicação do ensaio vencedor, pela apresentação do trabalho na aula da área científica correspondente à questão que vai a concurso, por um fim-de-semana para duas pessoas num estabelecimento da rede “Pousadas da Juventude” e pela atribuição de um Certificado.
Está ainda prevista a atribuição de menções honrosas.

Consulta o  Regulamento da 2º edição do Prémio UBI "Jovem Filósofo",  aqui  e concorre!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bill Bryson


A hilariante biografia de Bill Bryson, um dos mais divertidos autores americanos da actualidade.

«No geral tive uma infância bastante boa. Os meus pais eram pacientes, gentis e aproximadamente normais. Não me acorrentavam na cave. Não me tratavam por "Aquilo". Nasci rapaz e deixaram que assim permanecesse. Tal como verão, certa vez a minha mãe mandou-me para a escola de calças curtas de menina mas, de resto, a minha educação foi isenta de traumas. Crescer foi simples. Não exigiu esforço, nem pensamento de minha parte. Ia mesmo acabar por acontecer. Assim, receio que o que se segue não esteja recheado de acontecimentos. Contudo, foi de longe a altura mais receosa, emocionante, interessante, instrutiva, espantosa, sensual, ansiosa, preocupante, despreocupada, confusa, serena e desanimadora da minha vida. Por coincidência, foi também tudo isso para a América.

Tudo o que aqui se encontra registado é verdadeiro e aconteceu mesmo, mais ou menos, mas quase todos os nomes e certos pormenores foram alterados, na esperança de poupar alguns embaraços. Parte da narrativa surgiu originalmente, de uma forma um tanto ou quanto diferente, na New Yorker.»

Bill Bryson é o autor de livros de viagens mais lidos do mundo. Dele se diz que é «um homem cujo sofrimento leva os leitores ao riso compulsivo». A sua Breve História de Quase Tudo foi devorada por meio milhão de leitores assim que chegou às livrarias. O autor descreve-se como um viajante relutante, embora seja uma pessoa que não consegue conter a curiosidade pelo mundo à sua volta, ainda que esse mundo seja o seu pacato lar.


Portugal Geográfico


TÍTULO: PORTUGAL GEOGRÁFICO

AUTOR: Suzanne Daveau
EDITOR: Edições João Sá da Costa
4ª edição 2005

COTA: 913 DAV

SINOPSE:

Livro com uma apresentação original, com a organização da matéria em duplas páginas, cada uma das quais dedicada a um só tema, independente, ainda que a ordem de apresentação corresponda a uma sucessão lógica. O livro pode assim utilizar-se em completa liberdade, ao sabor do interesse de cada um, sendo o leitor ajudado na sua escolha dos temas e no seu percurso pessoal pelas numerosas referências remissivas intra-textos, pelo Índice Geral do começo do livro e o Índice Temático do final.

É uma obra com uma exposição simples que permite a qualquer cidadão entender o próprio país.Utiliza uma linguagem clara, dando um lugar relevante à ilustração, da qual o texto não é mais, em vários casos, que um comentário. Dominam os mapas de desenho simplificado, que sintetizam a informação sobre determinado aspecto.

Portugal Geográfico abre na primeira parte, com a apreciação da posição do País no Mundo. Analisa-se o significado da sua situação planetária tanto no quadro do seu ambiente natural como das relações entre os homens.

Na segunda parte apresenta-se o enquadramento próximo de Portugal, nas duas vertentes peninsular e atlântica, e procura-se entender como surgiu e se individualizou a forte e persistente unidade nacional que o povo português elaborou.

A terceira parte é consagrada à diversidade interna do território e ao modo como os vários elementos do País se interligaram em conjuntos regionais de tipos diferentes, mais ou menos articulados e estáveis.

A quarta parte trata da vida rural e das suas marcas na paisagem, ou seja das formas e estruturas mais persistentes da fisionomia do País.

Finalmente, a quinta parte do livro é consagrada às áreas e aos eixos urbanizados.A sua estrutura é em parte herdada do passado mas conhece uma rápida e constante transformação, que decorre das importantes funções que estes espaços dinâmicos desempenham.

professor Mário Rui Simões

terça-feira, 22 de março de 2011

Semana da Leitura

SEMANA DA LEITURA 2011


A 5ª edição da Semana da Leitura é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura em parceria com a Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais e a Ordem dos Engenheiros que pretende explorar a relação LEITURA – ENERGIA – FLORESTA, com base na comemoração do Ano Internacional das Florestas e dos Dias Mundial da Árvore e da Floresta/da Poesia/da Primavera (21 de Março) e da Água (22 de Março).

A opção pelos temas do ambiente e da sustentabilidade resulta da consciência, cada vez mais fundamentada e generalizada, sobretudo nos países mais desenvolvidos, de que o ritmo de exploração dos recursos naturais, designadamente os não renováveis (petróleo, gás natural, carvão) e de interferência do homem na natureza, não é sustentável a médio e longo prazo. Importa, pois, conhecer e sensibilizar para a necessidade de realizar pequenas acções que, devidamente coordenadas e integradas, podem vir a ter um impacto significativo na saúde da Terra.

Alguns passos que podem ser dados na Escola: ir a pé, de bicicleta, de comboio, de autocarro ou partilhando o carro; levar lanche ou almoço utilizando recipientes, talheres e guardanapos reutilizáveis; escrever, fotocopiar e imprimir nos dois lados das folhas de papel (uma escola normal deita fora 38 toneladas de papel por ano!); utilizar canetas recarregáveis; comprar e vender livros escolares usados; desligar a luz sempre que não for necessário, optando por abrir as persianas; utilizar documentos da biblioteca e pesquisar informação em linha em vez de adquirir todos os documentos de que necessita; utilizar cadernos e dossiês feitos a partir de materiais reciclados e enviar documentos em suporte electrónico em vez de papel.

Na semana de 21 a 25 de Março a equipa da biblioteca, em colaboração com o núcleo Eco-escolas, propõe-se sensibilizar a comunidade para estas questões num ambiente festivo que inclui dizer poesia e textos em português e em outras línguas, danças, cantares, projecção de filmes…

Compilação de Poesias "Semana da leitura 2011", aqui.
Programação detalhada das actividades, aqui.
Boletim bibliográfico, aqui.

Livro de Pedra



Decorreu até ao passado dia 19, na biblioteca,  a Exposição “Livro de Pedra”.


O reconhecimento do valor cultural e científico da coleção de fósseis da nossa escola, conduziu o Litospaço a um projeto de estudo, valorização e divulgação da mesma através desta exposição interativa “Livro de Pedra”, garantindo o livre acesso ao conhecimento por parte de toda a comunidade escolar.

A disposição dos fósseis e de todo o equipamento expositivo tentam refletir uma viagem pelos já 4.600 M.a. que a Terra tem! Neste vasto período de tempo, a Terra e a Vida (desde que apareceu) não pararam de se transformar. Hoje conhecemos cada vez melhor a longa história do nosso planeta contada nas imensas páginas rochosas onde muitas das palavras são os fósseis.

Numa projeção retrospetiva poderá ter acesso a uma viagem que lhe permite conhecer alguns dos acontecimentos mais marcantes da história da Terra. Deixe-se derivar com os continentes, soerguer numa montanha ou assistir à abertura do oceano Atlântico. Presencie glaciações e períodos interglaciais, transgressões e regressões marinhas e um sem número de colisões de gigantes de pedra.

professor Fernando Bação

Alfredo Bensaude



Realidades Presentes, Futuros Possíveis


Projecto concebido pela professora Helena Oliveira, no âmbito da coordenação dos directores de turma de 10ºano e da sua direcção de turma - 10.º C2, cuja primeira sessão, dedicada às profissões de Geotécnico e de Técnico de Informática, teve lugar dia 25 de Fevereiro, às 18:30 horas, na biblioteca, com a presença dos alunos da referida turma e respectivos encarregados de educação.

Foram convidados para dinamizar a actividade dois encarregados de educação de alunos da turma, o Geotécnico António Miguel e o Técnico de Informática Paulo Lopes, a psicóloga do Gabinete de Inserção Profissional, Dra. Sandra Barros e a professora bibliotecária, Liliana Silva.

Os encarregados de educação convidados começaram por descrever o seu percurso profissional e as áreas da sua intervenção:

A Geotecnia constitui uma profissão recente em Portugal que observa o comportamento dos solos e materiais (deformação, rigidez, resistência…), procurando manter a qualidade e segurança e modernizar as obras públicas (aterros, aeroportos), os recursos hídricos (barragens), os transportes e vias de comunicação (metro, túneis) e a habitação. Constitui também uma área que desenvolve estudos e pareceres (cartas de risco) e investigação para um melhor aproveitamento dos recursos e diminuição do risco das construções.

Num mundo dominado pelo poder da informação e do conhecimento, a profissão de Técnico de Informática ocupa uma importância crescente, designadamente nas seguintes áreas: preservação e salvaguarda de dados - a capacidade global de armazenamento de informação ultrapassa os 300,000,000,000,000 megabytes (se fosse guardada em CD-ROM formaria uma pilha que ultrapassaria a distância da Terra à Lua); segurança, já que os dados disponíveis são dotados de uma forte mobilidade, circulando por ambientes de difícil controlo; transformação de toda a informação disponível em conhecimento útil para os objectivos do utilizador.

A Dra. Sandra Barros apresentou os diferentes percursos formativos existentes nas áreas da Geotecnia e de Técnico de Informática e mostrou os caminhos possíveis para estas profissões. No âmbito da formação de Geotécnico, não existe propriamente um curso técnico a seguir, mas, sim, cursos profissionais na área da Cartografia e dos Sistemas de Informação Geográfica; a nível universitário, esta profissão enquadra-se nos cursos de Engenharia Geológica, Engenharia Geológica e Minas e Geologia. No âmbito da formação de Técnico de Informática existem percursos formativos de nível profissional 3 e 4 nas áreas de Programador de Informática/Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, de Técnico de Informática – Instalação e Gestão de Redes e de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos. Ao nível do ensino superior, a Dra. Sandra Barros mencionou os cursos e respectivos processos de candidatura de Engenharia Informática ao nível do ISCTE, da Faculdade de Ciências da UL, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da UNL e de Engenharia Informática e de Computadores ao nível do ISEL e do IST.

Neste contexto e atendendo a que o tema do Plano Anual de Actividades 2010/2011 da Escola se intitula República, participação e cidadania num mundo interdependente, a professora Liliana Silva homenageou a figura de Alfredo Bensaude (1856-1941), convidado, em 1910, por Brito Camacho, Ministro do Fomento do Governo Provisório da República Portuguesa, a dirigir o Instituto Superior Técnico (IST). Assumir a direcção do IST num período em que 79% da população portuguesa era analfabeta e 1% da população activa em Portugal trabalhava na indústria não foi tarefa fácil. Bensaude fez os seus estudos na Alemanha e foi aí que se inspirou para revolucionar o ensino técnico e da engenharia em Portugal: recrutando professores nacionais e estrangeiros, introduzindo o método experimental que privilegia a observação objectiva dos factos científicos e valorizando a aplicação industrial dos trabalhos realizados em laboratórios e oficinas amplas que mandou construir. A adopção destas medidas fizeram do IST uma Escola de referência nacional e internacional que justifica a inauguração da exposição A génese do Técnico, Alfredo Bensaude.


A biblioteca agradece ao IST a oferta do catálogo sobre o centenário da instuição.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Concurso DN


Concurso DN nas escolas

O jornal 100 Letras participa com uma equipa de alunos no concurso DN nas escolas. A partir de dia 6 de Abril, irá estar disponível no site DN nas escolas: http://nescolas.dn.pt/ um conjunto de reportagens em concurso realizadas por diferentes escolas. A equipa do 100 Letras pede a todos os elementos da comunidade escolar que visitem o referido site e votem na melhor peça jornalística. Naturalmente, esperamos que a melhor seja a da Leal da Câmara.

Pedimos a todos os professores que divulguem junto dos seus alunos esta informação.

Obrigado a todos.

professor  António Narciso

Inteligência Emocional nas Organizações



Vivemos hoje dias difíceis com a tão propalada crise!

Crise financeira, económica, social, de valores … crise que se instalou no interior das próprias escolas.

Como referem Goleman, Boyatzis e McKee em situações de crise, todos os olhares se viram para o líder à procura de orientação emocional.

Como sabemos, na organização escolar, a liderança está distribuída entre o Director e outras pessoas nos vários níveis e estruturas.

Ainda assim, o papel emocional do líder escolar é primal, pois ele é um guia emocional do grupo. A sua função é encaminhar as emoções colectivas para direcções positivas e limpar a confusão orientada por emoções tóxicas.

Através da liderança primal, os líderes ao encaminharem as emoções de forma positiva, acendem as nossas paixões e inspiram o melhor que há em nós, num processo contínuo de ressonância.

Como seriam as nossas escolas – e os jovens – se a educação também incluísse as competências de inteligência emocional que promovem a ressonância. Haveria vantagens para o trabalho futuro, mas também benefícios pessoais para os jovens na redução dos problemas sociais - da violência à droga – que derivam em grande parte da falta de capacidade para lidar com impulsos e emoções turbulentas.

As próprias comunidades beneficiariam de níveis mais elevados de tolerância, de preocupação pelos outros e de responsabilidade pessoal / social.

 
professora Paula Costa

Balanço (2)




Professores requisitam mais 69,1% do que em 2008-09

Os alunos sempre foram utilizadores habituais da biblioteca preferindo utilizar a Zona Informática em detrimento da Zona de Leitura Geral que representa 40% da utilização da biblioteca. Esta situação justifica-se porque eles são “nativo-digitais”, filhos de um tempo em que a informação se encontra essencialmente em linha.

Até ao ano lectivo 2008-09 a adesão dos professores à utilização da biblioteca e seus recursos era fraca. Por este motivo, o total das suas requisições para aula e domicílio durante o 1.º Período, correspondeu a 7,2% do total das requisições da biblioteca.

No ano lectivo seguinte e em igual período de tempo as requisições dos professores subiram ligeiramente para 10,7%.

Em 2010-11, o volume total de requisições dos professores ascendeu os 77, 3% (com Kits incluídos) e os 14,7% (sem Kits incluídas). Este acréscimo tão significativo é compatível com as requisições efectuadas no 2.º e 3.º Períodos do ano lectivo anterior que registaram mais 54,9% (com maletas incluídas) de requisições do que em igual período de 2008-09.

Esta situação evidencia uma clara integração dos recursos e serviços da biblioteca nas actividades lectivas e o reconhecimento de que a biblioteca ajuda os professores a ensinar, para além de ser um centro de aprendizagem e conhecimento dos alunos.

professora Liliana Silva

terça-feira, 15 de março de 2011

8Dias



Ambientalismo sombrio? Ou do que não gostamos não falamos?

A provocação desta semana envolve um assunto que, à partida, reúne grande consenso e aprovação. O vídeo que proponho e o desafio que lanço esta semana visa, justamente, colocar em perspectiva esse consenso. Ao mesmo tempo que pretende suscitar interrogações e inquietações relativamente às crenças mais comuns.

Como pano de fundo, proponho que se considere a acção humana nas suas mais variadas vertentes (políticas, éticas ou científicas), bem como a análise e a discussão racional das suas consequências. 
 Será que uma acção – como o investimento e a utilização em larga escala da energia eólica (e dos seus moinhos monstruosos) –, só porque pretende ser alternativa à utilização de outras fontes energéticas, é isenta de consequências?
Será que essas consequências são do conhecimento de todos? E a decisão de investir nessas alternativas teve início na discussão livre e aberta de todas as alternativas? Ou ser ambientalista (e agir como tal) dispensa-nos de ponderar as consequências das nossas escolhas e das nossas acções?

 A ligação para o vídeo encontra-se aqui.
 
 Digam de vossa justiça.
 
 
professor Luís Vilela

Gigantes



Aqui está um livro que qualquer biblioteca escolar deve ter. Isto porque é um livro que contém cinco obras que mudaram a nossa visão sobre o mundo.
Aos ombros de Gigantes, de Stephen Hawking, é uma obra que nos aproxima das figuras que mais pensaram sobre o mundo que nos rodeia. Tem textos sobre a vida e obra de Copérnico, Galileu, Kepler, Newton e Einstein, bem como uma tradução Portuguesa das principais obras destes autores como:
- As revoluções das orbes Celestes de Nicolau Copérnico;
- Diálogos sobre as duas novas ciências de Galileu Galilei
-Harmonias do Mundo de Joahannes Kepler
- Princípios Matemáticos da Filosofia Natural de Isaac Newton;
- O Princípio da Relatividade de Albert Einstein

Quando pensamos em nós, qual o nosso papel neste pequenino e ínfimo ponto do Universo, podemos crer que não somos os únicos, já alguns dos nossos antecessores pensaram sobre o nosso pequeno grande Mundo, e mais, deram-nos uma visão de como o Mundo se gere. E esta obra reúne de uma forma simples cinco personagens que não só pensaram, como criaram leis que nos ajudam a entender a nossa posição no Universo.
O título desta obra deve-se a Newton. De facto, foi ele que um dia afirmou:
“Se vi mais longe, foi porque estava aos ombros de gigantes”.
Estes gigantes são precisamente Galileu e Kepler, e estes por sua vez estiveram aos ombros de um outro gigante que foi Copérnico, e podemos também dizer que Einstein se empoleirou então nestes quatro grandes pensadores para progredir no seu conhecimento.

Este livro reúne então as obras principais destes gigantes que nos mostraram a nossa posição no Universo.
E como o professor Carlos Fiolhais diz no prefácio do livro:
Este é um grande livro, a todos os títulos. É grande não apenas no tamanho, mas é grande por reunir num só volume as maiores ideias dos maiores génios que a Humanidade jamais teve. Este volume condensa aquilo que o Homem foi sabendo a respeito do mundo físico ao longo de quinhentos anos. O último meio milénio proporcionou um avanço enorme à física, um avanço conseguido por gigantes. Resta-nos sonhar com o próximo meio milénio: a «pirâmide» humana vai decerto continuar a subir…”

Concordo plenamente com o professor Carlos Fiolhais, e creio que, é importantíssimo termos uma obra destas na nossa escola, não só para os professores se documentarem, como também, para os alunos poderem ter nas mãos as obras primas dos grandes pensadores dos últimos quinhentos anos da nossa existência.

professora Maria Manuel Marques da Costa

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ciclo de Cinema (3)



Aproximando-se a Semana da Leitura, com a chegada da Primavera, associada ao Dia da Árvore e ao Dia da Água, o Núcleo de Cinema da BE/CRE, em colaboração com o Projecto Ecoescola, não podia deixar de marcar presença e partilhar com a comunidade escolar o visionamento de alguns filmes imperdíveis!

É neste contexto que decorrerá, entre os dias 14 e 29 de Março, segundas (13:15) e terças feiras (10:00), no auditório, o Ciclo de Cinema PLANETA COM VIDA.

Filmes como O urso, de Jean-Jacques Annaud, Microcosmos, de Luc Jacquet, A marcha dos pinguins, de Claude Nuridsany e Marie Perennou, entre outros, não deixarão de nos interpelar, tocar a nossa sensibilidade, fazer-nos pensar e, talvez, desenvolver um outro olhar sobre uma realidade que tomamos como adquirida.

Batalha em Seattle (2008), de Stuart Townsend, será o primeiro título deste ciclo.
Um filme sobre um mundo em crise em busca de soluções. Um filme sobre o poder nas suas múltiplas manifestações. O poder político, o poder económico, o poder da razão, o poder do descontentamento, da revolta, do medo, da incompreensão… o poder da esperança.

Um filme actual, obrigatório, em tempo útil! Um filme com sentido!

Ficamos à vossa espera.

professora Manuela Martins

Portugal Ambiental




Já se encontra disponível na biblioteca a colecção de DVD´s,
PORTUGAL AMBIENTAL em 3 apisódios.
DURAÇÃO: 1H30M (3x50m)
Fonte:RTP1

EPISÓDIO 1: POLÍTICA AMBIENTAL EM PORTUGAL
DURAÇÃO: 50m

RETRATO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DE PORTUGAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS:
- Caracterização da agricultura nacional;
- Caracterização da pesca nacional;
- Caracterização da indústria nacional (industrialização do país; poluição industrial);
- Grandes obras públicas durante o Estado Novo e depois da adesão à C.E.E.;
- Consumismo/Desperdício;
- Início das políticas de Ambiente depois do 25 de Abril;
- Associações de defesa do Ambiente;
- Encerramento de lixeiras; resíduos industriais; aterros industriais.

EPISÓDIO 2: DAS CATÁSTROFES ÀS FONTES DE ENERGIA
DURAÇÃO: 50m

1ª Parte do Episódio:
- O caos suburbano de Lisboa com construção desordenada em leito de cheia;
- Cheia torrencial (1967) mata centenas de pessoas às portas da capital;
- "Radioactividade";
- Marés "negras".

2º Parte do Episódio:
- Problema energético de Portugal: Dependência externa; Alterações climáticas;
- "Historial" dos incêndios que o desordenamento florestal das últimas décadas tornou cada vez mais dramático.

EPISÓDIO 3:  AS ÁGUAS
DURAÇÃO: 50m
- Qualidade das águas das praias;
- Qualidade lastimável da qualidade das águas dos nossos rios,
- Agentes poluidores dos rios: indústrias obsoletas; urbanizações clandestinas; escorrências de lixeiras e agro-químicos, etc.

professor Mário Rui Simões

Aparências



As aparências iludem e podem conduzir-nos a erros de juízo.


No nosso meio, nos dias que correm, damos por nós a construir do outro uma imagem em função da aparência, das atitudes, dos valores … que consideramos ser os mais lícitos, porque são os nossos. No nosso egotismo desmesurado, incorremos em juízos preconceituosos, julgamos o nosso semelhante à nossa imagem e esquecemo-nos de que a diferença não pode ser simplesmente encarada como sinal de desprestígio ou de inferioridade.

É necessário termos a humildade suficiente para aprender a valorizar a diferença como algo enriquecedor do ponto de vista do crescimento intelectual e artístico. É forçoso que encaremos o nosso semelhante sem tecer a priori juízos de valor, sob pena de nos vermos privados de momentos de grande beleza interior …

Num tempo em que nos escondemos por detrás das aparências e nos consumimos a obter evidências para mostrar aos outros aquilo que somos, aqui fica o exemplo de que, por vezes, as aparências podem iludir e conduzir a erros de juízo.

Sejamos sensatos, tolerantes e aprendamos a valorizar a diferença! Não sejamos preconceituosos!

professora Teresa Lucas



sexta-feira, 4 de março de 2011

Pausa


Publicado em 1931, O País do Carnaval foi o primeiro romance de Jorge Amado
 Considerado o melhor romance desse ano, revelava já o talento do novo escritor, na época com 18 anos. As suas dúvidas e descobertas de adolescente condensam-se neste livro sobre o cepticismo dos intelectuais, sobre um país sem princípios éticos e sem preocupações filosóficas ou políticas.


O livro está disponível na biblioteca.

nº 100



«Lobo Antunes devia ter ganho o Nobel com Saramago»

Revelações exclusivas de George Steiner

«José Saramago não é o maior escritor português da actualidade. Para mim, esse é, de longe, António Lobo Antunes. É um gigante. Teria algum pudor em me encontrar com ele para o conhecer, e, contudo, adoraria conhecê-lo. Ele é um grande e Portugal não lhe deu ainda o devido reconhecimento. Devia ter ganho o Nobel há já algum tempo. Mas não aconteceu. Por causa de Saramago. Deviam ter ganho ambos, em partilha. Mas não está completamente arredado dessa atribuição.»

Ensaísta, crítico e académico – autor de Gramáticas da Criação, A Ideia de Europa, O Silêncio dos Livros ou As Lições dos Mestres, entre outros livros –, um dos mestres do nosso tempo, George Steiner atravessa nesta entrevista, conduzida por José Eduardo Franco e Beata Cieszynska, os grandes temas da actualidade, como a encruzilhada da Europa, as novas potências, o Islão, o choque de civilizações, o ensino no século XX, a crise económica, a literatura portuguesa e a revolução das redes sociais. «Onde existir um iPad, a internet e as redes sociais não é possível o isolamento. As coisas estão a mudar rapidamente. A revolução da informação é também uma revolução política e ideológica. Já não é possível aniquilar grupos de homens, construir muros, barreiras de separação que funcionem realmente.»

in, Revista LER, número de Março, edição especial.